segunda-feira, 25 de abril de 2016

Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros.


V Domingo do Tempo Pascal (Ano C): At 14,21b-27; Sl144(145); Ap 21,1-5a; Jo 13,31- 33a.34-35.



O evangelho faz parte dos discursos de despedida (caps. 13-17) e apresenta o novo mandamento do amor fraterno no contexto da última ceia. O Pai é glorificado no Filho exaltado na cruz, com sua vitória sobre a morte pela ressurreição. Como um pai que deixa um testamento aos filhos, Jesus se dirige aos discípulos, dizendo: Eu vos dou um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei (13,34). Assim, o Mestre Jesus oferece um sentido novo ao mandamento do amor ao próximo (cf. Mc 12,31; Lv 19,18), mediante a entrega da própria vida por amor. O amor mútuo torna-se o sinal distintivo dos seguidores/as de Cristo: Nisto conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros (13,35). Trata- -se de um amor gratuito, recíproco, manifestado em gestos concretos de solidariedade. Antes de manifestar o amor extremo na cruz, Jesus ora pela fidelidade dos discípulos, para que o amor com que o Pai o amou esteja neles, e ele mesmo esteja neles (17,26). Na 1ª leitura, Paulo e Barnabé visitam as novas comunidades e instituem lideranças locais, para que permaneçam firmes na fé. Concluindo a primeira viagem missionária, eles retornam à Antioquia da Síria e narram as maravilhas que Deus realizou através deles, abrindo a porta da fé para os gentios. O salmo é um canto de louvor a Deus, pois ele é bom e compassivo com todas as criaturas. Deus permanece conosco, para manter vivo o sonho de um novo céu e uma nova terra, uma nova Jerusalém (2ª leitura). A salvação se manifesta realizando a nova criação, a vitória completa da vida sobre a morte, o caos, a destruição.

A entrega de Cristo por amor fortalece a nossa missão de discípulos/as diante dos desafios e sofrimentos por causa do evangelho. Amando-nos mutuamente como Jesus nos tem amado, cooperamos para criar um mundo novo e glorificar o Pai que veio morar conosco.

Ao redor das mesas da Palavra e da Eucaristia antecipamos o sonho de novos céus e nova terra, onde não haverá luto, nem choro, nem dor. Com fé anunciamos a uma só voz a morte do Senhor, proclamamos sua ressurreição com a certeza de sua vinda definitiva.
(Extraído da Revista de Liturgia)

Oração

Deus, Pai de bondade, que nos redimistes e adotastes como filhos e filhas,
concedei aos que creem no Cristo a liberdade verdadeira e a herança eterna.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém.



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