Adélia Prado fala sobre a linguagem religiosa e poética:
A missa é a coisa mais absurdamente poética que existe. É o absolutamente novo sempre. É Cristo se encarnando, tendo a sua Paixão, morrendo e ressuscitando. Nós não temos de botar mais nada em cima disso, é só isso.
Adélia Prado
... a Liturgia é simultâneamente a meta para a qual se encaminha a ação da Igreja e a fonte de onde promana toda a sua força. (SC n. 10)
1. O lugar da Sagrada Escritura
É enorme a importância da Sagrada Escritura na celebração da Liturgia. Porque é a ela que se vão buscar as leituras que se explicam na homilia e os salmos para cantar; com o seu espírito e da sua inspiração nasceram as preces, as orações e os hinos litúrgicos; dela tiram a sua capacidade de significação as acções e os sinais. Para promover a reforma, o progresso e adaptação da sagrada Liturgia, é necessário, por conseguinte, desenvolver aquele amor suave e vivo da Sagrada Escritura de que dá testemunho a venerável tradição dos ritos tanto orientais como ocidentais. (SC n. 24)
2. A participação do povo
Para fomentar a participação ativa, promovam-se as aclamações dos fiéis, as respostas, a salmodia, as antífonas, os cânticos, bem como as acções, gestos e atitudes corporais. Não deve deixar de observar-se, a seu tempo, um silêncio sagrado. (SC n. 30)
3. Ambiente
E o que é o sagrado? É a presença do próprio Deus. Dando um exemplo, neste contexto de sagrado, o silêncio é fundamental. Na Basílica de Aparecida está escrito: "Silêncio, estamos orando". Eu disse para mudarmos essa placa e escrever: "O silêncio é oração". Quando você faz silêncio, você dá espaço para Deus falar. Quando tem só o essencial, você dá espaço para Deus entrar. Se você começa a encher com florzinhas, uma estátua aqui e outra ali, uma cortina acolá, não sobra espaço para Deus. A Igreja tem um jeito de ser e existir desde Jesus que se impõe no tempo e no espaço. Quando eu faço uma obra de arte, eu nunca penso nas pessoas, em como as pessoas vêem isso, mas eu estou interessado numa fidelidade, numa profundidade e numa espiritualidade séria. Depois é o Cristo que vai falar.
Cláudio Pastro
Nós temos sempre que nos perguntar se o centro sou eu, ou se o centro é Jesus Cristo. Se é Jesus Cristo a coisa tem vida, caminha, se sou eu é limitada. O mistério da redenção faz com que a gente possa julgar a sociedade com outros olhos, partir sempre com olhos do Cristo. Então, esta centralidade no mistério do Cristo, a tal ponto que debaixo desta grande cúpula onde vamos ter a árvore da vida pende uma grande cruz com o Cristo. É uma cruz vazada, que já foi colocada sobre o altar. É uma cruz em aço, e a figura do Cristo está vazada. A minha idéia é esta: lá onde não tenho nada, tenho tudo. Porque onde eu não pus a imagem do Cristo, pus só a silhueta vazada, pois o Cristo vivo e invisível no nosso meio está lá presente.
Cláudio Pastro
Que todos os povos te celebrem, ó Deus,
Que todos os Povos te celebrem!
Salmo 67,4
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