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sábado, 9 de outubro de 2010

Um deles voltou atrás, jogou-se aos pés de Jesus e lhe agradeceu. (XXVIII DTC - Ano C)


Jesus, durante o ministério, que culmina em Jerusalém com a morte e a ressurreição, encontra e cura dez leprosos. Segundo Levítico 13,46, os leprosos moravam em lugares afastados e eram considerados impuros. Por isso, eles param à distância e de longe gritam: Jesus, Mestre, tem compaixão de nós! (v.13). Jesus vê os leprosos e os liberta da situação de exclusão que se encontram. Reintegrados à vida normal (Lv 14), podem a partir de então participar do culto. Assim, com a cura dos leprosos, Jesus propõe o resgate da vida social do povo. Somente um samaritano, ou seja, um estrangeiro reconheceu a misericórdia e a compaixão de Deus atuando em Jesus. Com sua atitude, expressa a fé em Jesus. O elogio de Jesus ao samaritano transforma-se em apelo a uma vida nova de compromisso com o evangelho. Deus oferece a graça da salvação a todas as pessoas. Mas é necessário abrir o coração para acolher com fé o dom de Deus manifestado a toda a humanidade. “Levanta-te e vai! Tua fé te salvou (v.19).
Na 1ª leitura, Naamã, general do exército da Síria, é curado da lepra através da obediência à palavra profética e do banho ritual. Naamã retorna com sua comitiva ao profeta Eliseu, o homem de Deus, para agradecer-lhe a cura. Eliseu não aceita presentes, pois a cura, a salvação é dom gratuito de Deus. Naamã deixa-se transformar pelo Senhor, passando a adorá-lo como o Deus único e Salvador da vida. Com o salmista, louvemos ao Senhor, pois ele manifesta continuamente seu amor e salvação em todo o universo. A 2ª leitura acentua, através de um hino cristão primitivo, que a comunhão no sofrimento de Cristo leva a participar da glória de sua ressurreição.
Com uma atitude profunda de ação de graças experimentamos a salvação que é dada não somente a nós, mas a todos os povos e nações. Participando do mistério pascal do Senhor, somos transportados da morte à vida e habilitados a sermos sinais da graça divina para todas as pessoas.
 (Extraído da Revista de Liturgia)
Para refletir e partilhar:
1. Num mundo marcado por tantas notícias ruins e pelo vale-tudo dos interesses egoístas, as pessoas conseguem perceber a compaixão e misericórdia de Deus atuando no mundo? Onde elas continuam a atuar?
2. Você se sente tocado/a e cheio/a de gratidão pela graça de Deus atuando na sua vida e no mundo? Como você dá graças à Deus? Partilhe.

Oração

Ó Deus,
manifestas o teu poder, não pela força,
mas tratando-nos com imensa ternura e misericórdia,
continua a derramar sobre nós os dons da tua graça,
para que os nossos corações se encham da verdadeira alegria
que vem do teu Espírito.
Por Cristo, nosso Senhor.
Amém.


Taizé 
Cantarei ao Senhor, enquanto viver.
Louvarei o meu Deus enquanto existir.
Nele encontro a minha alegria. (bis)

sábado, 11 de setembro de 2010

Alegrem-se comigo! (XXIV DTC - Ano C)


Hoje escutamos três parábolas de Jesus: um homem no campo e sua ovelha extraviada; uma mulher em casa e sua moeda perdida e a terceira a parábola do pai amoroso e seus dois filhos. As três parábolas, hoje proclamadas, foram contadas aos fariseus em vista de suas críticas às relações de amizade e proximidade de Jesus com os cobradores de impostos e com os pecadores públicos. Através delas, Jesus quer chamar a atenção para a misericórdia do Pai, anunciando alegria a coletores e pecadores e causando mal-estar aos fariseus, bem representados na figura do filho mais velho da terceira parábola.
Na comunidade humana, cada um é único e original, independentemente daquilo que faz ou deixa de fazer, e não pode ser excluído ou descartado. Sua falta deixa uma grande lacuna, assim como o pastor ressente a ovelha que fugiu, a dona de casa se aflige pela moeda que perdeu e o pai sofre com a ausência do filho que partiu. O filho mais velho da terceira parábola – e se esta fosse só a parábola do filho pródigo, poderia ter acabado quando o filho rebelde voltasse – tem a função de sinalizar, para todos nós, o papel que assumimos ao valorizarmos em demasia a lei e a moral, em detrimento da ternura ao necessitado, do respeito ao outro, da acolhida ao diferente.
Estas três parábolas nos ajudam a evangelizar nossas relações, tornando nossas comunidades cristãs ícones da misericórdia, escolas de compaixão, alegres testemunhas de um Deus que possui um amor de predileção pelos pequenos e uma preocupação extravagante pela pessoa na sua individualidade.
A celebração litúrgica, sendo lugar de reunião sem discriminação e de atenção às pessoas, é sacramento do cuidado de Deus para conosco. Nela, a ação do Espírito opera em nós a transformação de nossas atitudes de indiferença para uma atitude de adesão à Palavra e fidelidade aos mandamentos de Deus,  colocada em prática na relação com aqueles e aquelas que a sociedade descartou.
 (Extraído da Revista de Liturgia)
Para reflexão e partilha:

1. Como nestas parábolas e através da sua ação Jesus revela e coloca em prática a ternura e a misericórdia de Deus? 
2. De que maneira você busca manifestar o amor misericordioso de Deus?
3. A exemplo das parábolas de hoje, sua comunidade é acolhedora? Procura quem se perdeu e acolhe bem quem retorna?
Oração

Ó Deus, tu fizeste festa para nós,
pobres e pecadores, e nos deste,
 nesta celebração,
tantas provas de carinho para conosco.
Esta certeza nos anime nas lidas
e lutas desta semana e nos torne, cada vez mais
consagrados e consagradas ao teu reino.
Por Cristo, nosso Senhor.
Amém.



Misericordias domini in aeternum cantabo
(A misericórdia do Senhor, sempre, sempre eu cantarei)

Cantarei eternamente as misericórdias do Senhor.
Para sempre proclamarei a sua fidelidade.
Os céus celebram as tuas maravilhas, Senhor!
Feliz o povo que sabe louvar e bendizer e caminhar à luz do teu rosto