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sábado, 13 de dezembro de 2014

“Estai sempre alegres!” (1Ts 5, 16)



João Batista é enviado por Deus para dar testemunho da luz, a fim de conduzir o povo à fé em Cristo (vv.6-7). Esse testemunho essencial da chegada da luz verdadeira começa diante dos representantes das autoridades político religiosas de Jerusalém que insistem em perguntar: Quem és? João declara que não é o Messias. Muitos aguardavam alguém como Elias para restaurar e preparar a vinda do Senhor. Apoiados na promessa de Dt 18,15.18, esperavam o Messias como o novo Moisés, o Profeta por excelência, que renovaria os prodígios do Êxodo. João é a voz que clama no deserto para aplainar o caminho do Senhor (v.23; Is 40,3). Sua voz profética anuncia: no meio de vós está alguém que não conheceis (v.26). Seu batismo com água, nas margens do Jordão, relembra a passagem no fim do Êxodo (Js 3), prepara para fazer a travessia e celebrar a salvação de Deus em Cristo. Como sua missão está voltada para o Cristo Salvador, João afirma: É necessário que ele cresça, e eu diminua (3,30).

Na 1ª leitura, o profeta é ungido pelo Espírito para anunciar a alegre notícia da libertação ao povo humilde, que vivia na opressão em Judá, após o exílio na Babilônia. A proclamação do tempo da graça do Senhor suscita louvor e ação de graças (vv.10- 11). O salmo é o cântico de Maria que exulta de alegria em Deus Salvador, pois estende sua misericórdia a todos os que o temem. A 2ª leitura convida a ser alegres e orar sem cessar, buscando o auxílio do Espírito para discernir sempre o que é bom.

Celebramos hoje o domingo da alegria, porque Jesus está em nosso meio e continua atuando através da nossa dedicação em construir o seu Reino. Recebemos do próprio Senhor o dom da alegria de entrarmos hoje no mistério do seu natal e a graça da vigilância na oração e na ação (Prefácio Advento, II). Na partilha da mesa eucarística somos felizes porque somos convidados para participar do banquete nupcial do Cordeiro, que já está no meio de nós.
   
 (Extraído da Revista de Liturgia)
Para refletir e partilhar:
1. O que chama a atenção no evangelho?
2. João parece bem ciente da sua missão. E você, qual a sua missão no mundo? "Quem és tu?"
3. Qual a boa-notícia que hoje vos enche de alegria?

Oração 

Ó Deus do universo, tu vês o teu povo preparando,
fervoroso, o Natal do Senhor.
Dá-nos a graça de trilhar com alegria o caminho que ele nos abriu
e celebrar sempre o teu louvor.
Por Cristo, nosso Senhor. 
Amém.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Eis o Cordeiro de Deus.

II Dom. TC (Ano A): Is 49,3.5-6; Sl 39; 1Cor 1,1-3; Jo 1,29-34


Jesus é apresentado por João Batista como o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (v.29). Lembrando o Servo Sofredor (Is 52,13-53,12), Jesus oferece a vida pela salvação. Ele é o Cordeiro Pascal (19,14), aquele que sela a aliança com seu sangue, inaugurando uma nova Páscoa, um novo êxodo. De sua morte redentora na cruz nasce o Espírito (7,37-39), que liberta do pecado e plenifica de vida. João é o precursor, enviado para dar testemunho da luz (1,6-8). Ele batiza com água, apontando para aquele que batiza com o Espírito Santo (v.33). Com a ressurreição, Jesus comunica o dom do Espírito a seus discípulos (20,19-23), para que continuem a sua missão libertadora. Assim, o batismo no Espírito do Cordeiro implica em cooperar na libertação do mundo do mal. João reconhece Jesus por revelação da graça de Deus. Ele caracteriza o caminho progressivo de fé do discípulo/a, pois passa do não conhecimento a ver em Jesus o Messias, o Cordeiro libertador, o Filho de Deus. 

A 1ª leitura, tirada do segundo cântico do Servo, reflete a expectativa do povo exilado na Babilônia de voltar à pátria. O Servo é chamado para exercer uma missão profética, universal, sendo luz das nações. O salmo ensina a cumprir a vontade de Deus, proclamando a sua justiça com fidelidade. 

Paulo, na 2ª leitura, saúda os cristãos de Corinto como apóstolo de Cristo. Mostra que a comunidade foi santificada e escolhida por Deus em Cristo mediante sua vida, morte e ressurreição.

A força do Espírito Santo nos impele a continuarmos a missão de Jesus, Servo e Cordeiro, doando a nossa vida para que o amor reine no mundo. Com a saudação litúrgica de Paulo (cf. 1Cor 1,3), demos graças ao Pai que revela sua paz em Jesus Cristo e nos chama a viver em comunhão..

(Extraído da Revista de Liturgia)

Para refletir e partilhar:

1. O que significa para nós hoje professar a fé em Jesus, o Cordeiro Deus que tira o pecado do mundo, que liberta o mundo do mal? Quais são os males presentes no mundo, na comunidade cristã, em nossa família e em nós mesmos que precisam ser eliminados?

2. Como Jesus tira o pecado do mundo? O que devemos também nós fazer?

3. Rezemos pelas vítimas das chuvas no Brasil e nos perguntemos o que podemos fazer para aliviar o seu sofrimento e impedir que situações como estas não voltem a ocorrer no nosso país.



Oração

Deus das promessas, teu filho Jesus assumiu nossa condição
para que fôssemos livres das forças da morte.
Derrama sobre nós o teu Espírito.
Que ele nos dê ânimo para continuarmos sua missão
de tirar o pecado do mundo,
lutando contra tudo o que fere a beleza do universo, a paz universal
e a dignidade das tuas criaturas.
Por Cristo, nosso Senhor.
Amém.


 

sábado, 8 de janeiro de 2011

Este é o meu Filho amado.



Mateus faz questão de mostrar por que Jesus se incorpora ao povo que está para receber o batismo de João: o que para outros era sinal de arrependimento, para ele é a plenittude da justiça. Estruturando sua narração como uma revelação ou epifania de Deus em Jesus Cristo, mostra um claro ritmo trinitário: o Pai fala, o Espírito se manifesta, Jesus recebe o título de Filho. Os céus se abrem – e havia a crença entre os judeus de que os céus tinham se fechado e Deus havia esquecido seu povo – para que o Espírito de Deus repouse novamente na humanidade. A figura da pomba recorda a esposa do Cântico dos Cânticos e possui nitidamente esta dimensão esponsal de Deus que casa novamente com a humanidade e com ela refaz sua aliança. Jesus, como o amado do Pai, é consagrado para a missão, assumindo a missão do servo proclamada por Isaías, encarregado de estabelecer o reino.

A comunidade cristã, corpo de Cristo, continua esta missão de ser, ao mesmo tempo, filho de Deus e servo da confiança de Deus, expressão do amor de Deus por toda a humanidade. A sua missão continua hoje na entrega das pessoas e dos grupos que lutam contra a fome no mundo e estão a serviço dos mais fracos. Celebrando, hoje, a memória do dia em que Jesus foi batizado, nós também descemos com ele às águas e anunciamos as maravilhas daquele que nos chamou das trevas à sua luz. Participamos desse cargo de confiança, vivemos, nós também, esta experiência de ver o céu se abrindo e o Pai se manifestando a nós pelo seu Espírito.

(Extraído do Dia do Senhor)

Para refletir e partilhar:

1. Como a celebração do Batismo do Senhor pode nos ajudar a viver o nosso próprio batismo?
2. Consagrado nas águas do Jordão, Jesus abraça com fidelidade a sua missão e inaugura o seu ministério. Você tem consciência da sua missão no mundo? De que forma a sua comunidade-Igreja continua a missão de Jesus?
3. Você já visitou a pia batismal ou a Igreja onde você foi batizada/o e renovou como adulto o seu batismo, mais consciente do seu significado? Como foi esta experiência?


Oração

Ó Deus do universo, força de consolação,
quando o teu filho Jesus mergulhou nas águas do Jordão
e o Espírito desceu sobre ele,
tu o proclamaste teu filho amado.
Dá aos teus filhos e filhas,
renascidos da água e do Espírito Santo,
a graça de permanecerem sempre na tua comunhão.
Por Cristo, nosso Senhor.
Amém.


sábado, 11 de dezembro de 2010

Os cegos recuperam a vista!




O primeiro a se posicionar a respeito de Jesus foi João Batista. Ele estava preso por ordem de Herodes Antipas (Mt 4,12). Da prisão ouve falar do que Jesus está fazendo e se decepciona. Conforme os profetas, ele tinha anunciado um Messias como juiz escatológico, armado de pá e fogo que viria trazendo ao mundo o julgamento de Deus, conforme Mt 3,10. Agora, na prisão, os discípulos contam a João notícias de um Jesus benéfico, acolhedor, disposto a perdoar. E João entra em crise de fé e de respeitabilidade por ter anunciado coisas que não se cumprem, como um falso profeta. Por isso João manda seus discípulos perguntarem a Jesus: “és tu o que devia vir, ou devemos esperar outro?”

Jesus não responde diretamente à pergunta de João. Mostra suas ações e manda que João as interprete. Jesus se baseia em outras passagens da escritura, como Is 35 e 61, que prometem um Messias manifestação do amor misericordioso de Deus. O cumprimento de profecias messiânicas confirma a missão.

O importante é que João não rompe a sua relação de adesão a Jesus. Mateus mostra a continuidade entre João e Jesus sublinhando que os dois têm a mesma mensagem (Mt 3,2 e 4,17) . O próprio Jesus confirma que João é profeta. Por sua conduta ascética é como o primeiro dos profetas, Elias, que se retirava ao deserto e enfrentava o rei e sua corte (1Rs 17-18).

Neste domingo alegramo-nos com esta boa notícia de que Deus se manifesta em Jesus, não como Juiz, mas como a manifestação amorosa de Deus, acolhendo os fracos, curando os doentes, anunciando a boa notícia aos pobres e pequenos.

Nesta celebração, sentindo a proximidade da festa, reacendemos a lâmpada da nossa espera e deixamos que ecoe em toda a nossa existência o grito insistente e fervoroso: Vem Senhor Jesus! Que ele venha para ativar as mãos enfraquecidas e firmar os joelhos vacilantes e dar esperança a toda pessoa que busca um sentido e luta por tempo novo de justiça e paz.

(Extraído do Dia do Senhor, Ano A)

Para refletir e partilhar:

1. A passagem de hoje indica que os gestos concretos de Jesus ("os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam etc") revelam a sua verdadeira identidade messiânica. Qual é a imagem que hoje as pessoas têm de Jesus? Ela é a imagem do Messias que vem trazer concretamente Boa-Notícia aos pobres e esquecidos/excluídos?

2. Como a sua comunidade prolonga os gestos de Jesus no mundo atual? Há cegos sendo curados, mortos ressuscitando, surdos ouvindo, pobres recebendo boa-notícias?

3. Qual a imagem você tem de Jesus? Ela é parecida com a imagem do Evangelho de hoje? Ela te traz alegria?

Oração

Ó Deus do universo,
tu vês o teu povo preparando,
fervoroso, o natal do Senhor.
Dá-nos a graça de trilhar com alegria
o caminho que ele nos abriu
e celebrar sempre o teu louvor.
Por Cristo Jesus, nosso Senhor!
Amém.

Agostinha Vieira de Melo
Desça como a chuva a tua Palavra,
que se espalhe como orvalho,
como chuvisco na relva,
como aguaceiro na grama. Amém!


sábado, 4 de dezembro de 2010

Convertei-vos (II Advento - Ano A)


As palavras de João retomavam as advertências dos profetas, usando imagens como a da fogueira que queima e limpa tudo e a do machado que corta as árvores. Escolhe uma citação do profeta do retorno (Is 40,3) ou seja, do segundo êxodo. João tem um aspecto de asceta como o grande profeta Elias em 2Rs 1,8, cuja volta a comunidade judaica espera até o dia de hoje como sinal do Messias (cf. Mt 11,15).

João goza de credibilidade de um profeta. Por seu estilo de vida e por sua atividade devidamente reconhecida, atraiu o povo. A ele vinham as autoridades religiosas e sociais de Israel. João se dirige a todos: judeus e não judeus, pobres e ricos... Pede conversão e justiça. Exige arrependimento, confissão pública e a conversão como fruto. Mas João não se considera a realização das promessas e as aponta no que “virá depois”. O êxodo, o deserto e o mar Vermelho apontam para a páscoa que vai se realizar em Jesus. Jesus foi discípulo de João, recebeu dele a formação de profeta e é ele o cumprimento de todas as promessas.

João acolhe e batiza o povo como sinal de abertura à vinda do Senhor. Ao mesmo tempo, desmascara os ouvintes impenitentes que não estão dispostos a uma mudança de vida. O papel do Batista é apontar o caminho da conversão. Ele tem consciência de ser apenas a voz que clama no deserto. Por isso, o apelo deste segundo domingo do advento é: "Preparai os caminhos do Senhor".

A nossa conversão não é uma condição para que Deus venha. O Senhor vem independentemente da nossa conversão e a sua chegada é tão certa como a aurora. Nossa conversão é sinal de que estamos abrindo os braços para a sua vinda. Por isso, na celebração deste domingo, ao acender a vela da coroa, deixemo-nos iluminar pela alegria da sua chegada, e que o Senhor mesmo nos purifique com o batismo do Espírito e do fogo.
(Extraído do Dia do Senhor, Ano A)



Para refletir e partilhar:
1. Entender conversão como sinal de acolhida ao Senhor que vem, o que nos ensina? Para nos voltarmos àquele que vem, o precisamos abandonar, deixar para trás?
2. Qual aspecto da vida de João Batista (palavra, gesto, atitude) que mais fala à você neste tempo do Advento?
3. Quem são e onde estão os "João Batista" de hoje?


Oração

Deus das misericórdias,
liberta-nos de tudo o que pode impedir
e atrapalhar nossa intimidade e comunhão
com o Cristo que vem ao nosso encontro.
Tua sabedoria nos conduza e guie,
para que participemos plenamente
da vida que veio nos dar.
Por Cristo, nosso Senhor.
Amém