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sábado, 26 de fevereiro de 2011

Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça.





Jesus propõe uma opção radical em favor do Reino ao afirmar que ninguém pode servir a dois senhores (v.24). Não há como servir ao verdadeiro Deus e ao mamon, expressão grega que caracteriza o dinheiro, as riquezas, as posses, o lucro ganancioso. A excessiva preocupação com os bens terrenos escraviza e leva ao fechamento, tornando impossível a solidariedade. É necessário colocar o coração em Deus, confiar em sua salvação, para não ser escravo das preocupações cotidianas. Não fiquem preocupados com a vida, com o que comer; nem com o corpo, com o que vestir (v.25). A palavra de Jesus ensina a viver não uma confiança passiva na providência divina, nem o desprezo das exigências materiais. O convite a olhar os pássaros do céu e os lírios do campo ressalta o cuidado do Pai, dispensado a todos os seres criados. Orienta os discípulos/as a buscar o essencial, a não perder de vista a finalidade de uma vida colocada a serviço do Reino. A fé, o abandono nas mãos de Deus conduz a um engajamento ativo na construção de um mundo justo e fraterno.

Na 1ª leitura, o povo tem dificuldade de acreditar que chegou o tempo da graça, da libertação, da volta para sua terra natal. A Sião-Jerusalém, por tão longo tempo privada de seus filhos exilados, experimenta a consolação que vem de Deus. O salmo convida a confiar sempre no Senhor, pois ele é o rochedo, o refúgio e a salvação. A 2ª leitura acentua que somos servos de Cristo e administradores dos mistérios de Deus. Em meio aos desafios da missão, o que importa é a fidelidade ao evangelho de Cristo.

Deus revela-se como uma mãe e um pai, que cuida e providencia o necessário para os filhos viverem com dignidade. Ele nos acompanha com sua graça para que possamos colaborar na realização plena de seu Reino de amor e justiça. Com o salmista, coloquemos nossa confiança no Senhor.

 (Extraído da Revista de Liturgia)

Para refletir e partilhar:
01. O que chamou a atenção no evangelho?
02. O Reino de Deus é a busca essencial da sua vida? E da sua comunidade? 
      Como isto é manifestado concretamente?
03. Qual é a boa notícia que esta palavra traz para nós? Que atitude nos pede?


Oração 

Ó Deus, pai e mãe do universo,
que cuidas de todas as criaturas
e te preocupas com o sofrimento dos teus pobres!
Nesta celebração, nós te entregamos as preocupações
com nossa sobrevivência e com nosso futuro.
Renova em nós a confiança em tua providência e firma-nos na opção por ti.
Coloca em nossos corações o respeito e o cuidado por todas as tuas criaturas.
Conduze nossas ações, pensamentos e palavras,
para que sejam sinais da justiça do teu reino.
Oramos em nome de Jesus, nosso Senhor.

Amém.




sábado, 12 de fevereiro de 2011

Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas.

                               2ª Leitura - 1Cor 2, 6-10; Evangelho - Mt 5,17-37



Com a autoridade de Messias e Filho de Deus, Jesus conduz os ensinamentos antigos à prática perfeita. Os seus seguidores são impelidos a buscar a verdadeira justiça, agindo conforme a vontade amorosa de Deus. Jesus lembra o mandamento: Não cometerás homicídio (v. 21; Ex 20,13) para extrair um sentido mais radical. Compromete seus discípulos/as a preservar não apenas a vida física, mas também a integridade moral. Exige a superação da raiva como meio para conservar a fraternidade, sem necessidade de recorrer aos tribunais. Mostra que a reconciliação com o irmão é condição para celebrar o culto agradável a Deus. Jesus recorda ainda outro mandamento do Decálogo: Não cometerás adultério (v.27; Ex 20,14). Ele destaca que a pessoa deve centrar todo o ser em Deus, pois antes do ato físico, o adultério ocorre no coração. O Reino de Deus, a vida de justiça, cria relações diferentes entre homem e mulher. Por isso, ao retomar Dt 24,1-4, Jesus ressalta que o matrimônio é um pacto de amor e fidelidade (vv.31-32). Jesus afirma ainda que o empenho dos cristãos em viver a sinceridade e a caridade, torna inútil qualquer juramento.

A 1ª leitura salienta que o Senhor dirige seu olhar para os que o temem (v.20). O ser humano, dotado de liberdade, tem a capacidade de escolher entre o bem e o mal. O Senhor deseja que todos escolham o caminho da vida, da salvação.

O salmo, o mais longo do saltério, está organizado em forma de acróstico, conforme o alfabeto hebraico. Expressa a fé e a confiança na palavra de Deus, ensinando a cumpri-la e a guardá-la no coração.

Na 2ª leitura, Paulo fala da misteriosa sabedoria de Deus, destinada para a nossa glória desde a eternidade.

Jesus revela a vontade do Pai e pede uma adesão total ao evangelho. Os seus ensinamentos apontam para o caminho da vida, libertando-nos de uma observância superficial dos mandamentos. É impossível honrar e prestar culto verdadeiro a Deus, se o irmão é desrespeitado em sua dignidade.

(Extraído da Revista de Liturgia)

Para refletir e partilhar:

1. Qual o sentido mais profundo das leis que Jesus nos desafia a seguir?
2. Como a vida e os gestos de Jesus encarnam o que ele diz, "Não vim para abolir (a Lei e os Profetas), mas para dar-lhes pleno cumprimento"?
3. A partir destas leituras, o que devemos fazer? Como devemos agir?


Oração

Deus, energia de salvação,
tu não nos abandonaste aos nossos próprios caprichos,
mas, por teus mandamentos, nos guiastes no teu amor.
Dirige teu olhar a nós,
teus consagrados e tuas consagradas,
e a todos que, nas diversas religiões e culturas, buscam a tua face.
Afasta-nos de toda hipocrisia e ambiguidade
e faze-nos ouvintes e praticantes dos teus ensinamentos.
Oramos em nome de Jesus, nosso Senhor.
Amém.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.

IV Dom. TC (Ano A): Sf 2,3; 3,12-13; Sl 145; 1Cor 1, 26-3; Mt 5,1-12a


O evangelho apresenta as bem-aventuranças, que marcam o início do chamado “Sermão da Montanha” (caps. 5 a 7). Jesus sobe à montanha, lembrando Moisés no Sinai, quando deu ao povo a Lei ou Instrução de Deus. Ele senta-se, como mestre, rodeado pelos discípulos, para proclamar a nova justiça do Reino. Em meio a uma realidade que considerava a prosperidade e o sucesso como sinais da bênção de Deus, Jesus proclama felizes os pobres, os aflitos, os mansos, os famintos (vv.3-6). Ele enaltece as pessoas marginalizadas, não as situações de injustiça, que precisam ser transformadas. Consola os pequenos, os que abrem o coração para acolher a sua benevolência. Propõe um compromisso radical em favor do Reino mediante ações misericordiosas, através da pureza ou retidão de intenções e promoção da paz (vv.7-9). Os discípulos, como verdadeiros profetas, são perseguidos por causa da justiça do Reino (vv.10-12). Mas desde já experimentam a alegria como recompensa de sua fidelidade ao evangelho.

Na 1ª leitura, o profeta Sofonias vê nos humildes e pobres a esperança de continuar a obra da salvação. As deportações e o exílio na Babilônia causaram sofrimento e mortes ao povo. Os poucos sobreviventes de Israel e Judá seguem com fidelidade o projeto de Deus, garantindo a realização das promessas de libertação. O salmo é um hino de louvor, que celebra a fidelidade eterna de Deus.

A 2ª leitura, considerada a partir do v.18, ressalta que Deus manifestou sua sabedoria e poder de salvação no Cristo crucificado. Deus escolhe o que é fraco, o que no mundo não tem nome nem prestígio, para que o glorifique.

As bem-aventuranças convidam a descobrir os valores do Reino em meio aos desafios da missão; impelem a acolher o dom da salvação, na abertura confiante à vontade de Deus; motivam a seguir Jesus, cooperando para que todos tenham uma vida digna, feliz.

(Extraído da Revista de Liturgia)

Para refletir e partilhar:

01. Qual bem-aventurança que mais tocou você hoje? Por quê?

02. Quais os sentimentos que as bem-aventuranças trazem para você e sua comunidade? Partilhe.

03. Como as bem-aventuranças se contrapõem aos valores propagados na sociedade em que vivemos?


Oração

Ó Deus dos pequeninos, no Cristo, teu filho,
tu nos abres um caminho de vida e felicidade.
Escuta a oração dos teus pobres:
concede-nos pureza e mansidão de coração,
fortalece-nos na prática da misericórdia,
confirma-nos na luta pela paz,
aumenta nossa fome e sede de justiça,
consola-nos nas dificuldades,
para que vivamos na alegria
dos herdeiros e herdeiras do teu reino.
Por Cristo, nosso Senhor.
Amém.


domingo, 31 de outubro de 2010

Hoje a salvação entrou nesta casa… (XXXI DTC - Ano C)

Em Jericó, havia um homem de pequena estatura, chamado Zaqueu. Por causa da multidão que acorria para ver Jesus, ele saiu correndo à frente e subiu numa árvore, um sicômoro, por onde, certamente, Jesus iria passar. Ao entrar em Jericó, Jesus viu Zaqueu, que estava sobre a árvore e lhe disse para descer porque iria hospedar-se em sua casa. Naquele momento, o cobrador de impostos foi chamado a ser seu discípulo. Zaqueu queria ver Jesus, mas é Jesus quem o vê. Para o judeu, o crer consistia no ouvir, interpretar; para o cristão, o ver. Por isso, os milagres de Jesus comprovavam a eficácia de sua ação.
 Zaqueu, nome que significa Deus se recorda ou também aquele que é puro, dependendo da etimologia, era um rico e odiado chefe dos cobradores de impostos. Um parceiro dos romanos na exploração do povo. Os judeus não gostavam dos compatriotas que assumiam tal função. Eles os viam como infiéis à Lei e, por isso, os consideravam pagãos e impuros.
Jesus diz a Zaqueu que iria se hospedar, entrar na sua casa. O substantivo casa vem do grego, oikos, e significa a casa do mundo e de cada ser humano no seu próprio corpo e no lugar onde ele habita. Oikos é a casa natal. Casa é invólucro de cada um de nós, a construção material onde ocorrem relações sociais e econômicas em função de uma família. Quanto melhor estiverem organizadas essas relações, melhor será a vida familiar. Os gregos, ao mencionar a casa, falam das relações econômicas domésticas, caseiras, que gerenciam a casa. E é daí que vem um outro termo grego, oikonomia, que significa a lei (nomos) que rege a casa (oikos), isto é, economia (Jacir de Freitas Faria, Economia e vida na casa da Bíblia, Vida Pastoral, 271, São Paulo: Paulus, 2010, p. 3-10).
 A função primeira de Zaqueu era cuidar da economia, do dinheiro do povo, que seria enviado para os romanos. Jesus, ao convidá-lo para ser o seu discípulo, estava ensinando que toda a economia que não estiver a serviço da vida não é querida por Deus. E Zaqueu logo compreendeu o sentido do chamado, ao afirmar que daria a metade dos seus bens para os pobres, bem como restituiria em quádruplo àqueles que ele defraudara. Desse modo, Zaqueu se declara um ladrão público.
 Os fariseus estavam preocupados com o fato de Jesus comer na casa de um pecador. E Jesus, de forma categórica, afirma que a salvação tinha entrado naquela casa e que Zaqueu era também filho de Abraão, como eles, os fariseus. A salvação é para todos os povos, todos que acreditam na proposta de Jesus e se convertem, como Zaqueu. 
(Extraído da revista Vida Pastoral)

Para refletir e partilhar:
1. Como a atitude de Zaqueu pode iluminar a vida cristã? O que o seu encontro com Jesus nos ensina?
2. "Hoje a salvação entrou nesta casa." Quando esta palavra de Jesus se realizou em sua vida? Ela continua se realizando? Como?
3. "A salvação é para todos os povos..." A sua comunidade busca acolher a todos/as, manifestando a salvação universal revelada em Jesus Cristo?

Oração 

Ó Deus, força que move e orienta nossas vidas,
escuta as nossas orações
e multiplica o pouco que somos,
segundo a medida do teu amor.
Como nada podemos em nossa fraqueza,
dá-nos o socorro da tua graça,
para que possamos agir sempre conforme a tua vontade
e caminhar com alegria na estrada dos teus mandamentos.
Por Cristo, nosso Senhor.
Amém.

 
ODC
Deus vos salve, Deus
Deus vos salve, Deus
Deus salve esta casa (as pessoas, o universo...)
onde mora Deus, vos salve Deus.


sábado, 16 de outubro de 2010

E Deus não faria justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? (XXIX DTC - Ano C)


A parábola, contada como um ensinamento de Jesus sobre a oração, tem dois personagens que atuam e interagem: a viúva e o juiz. A viúva representa uma das classes mais oprimidas do tempo da bíblia, por ser mulher e por ser sozinha para sustentar os filhos. Tinha, por isso, uma proteção especial da lei. No entanto, constituíam um grupo especialmente exposto a abusos legais e judiciais, porque não podiam pagar nem subornar. O juiz em questão não temia a Deus nem respeitava as pessoas. Foi audaz atribuir a Deus a imagem de um juiz iníquo, mas a conclusão da parábola é clara: se um juiz injusto atende a causa de uma viúva indefesa, por que Deus não fará justiça aos seus, que o invocam?
Para os cristãos do tempo de Lucas, que esperavam para logo a vinda do Senhor, essa palavra tinha um sentido especial, pois o reino demorava a chegar. Diante dessa demora, era preciso perseverar na oração e invocar, com toda confiança, a chegada do dia do Senhor. A viúva insistente era a figura de um ideal muito caro às primeiras comunidades: a oração contínua, perseverante, sem nunca cessar.
O núcleo fundamental da nossa fé, não é a oração, mas o amor feito entrega e doação gratuita. Contudo, a oração é um sinal importante e indispensável, sem a qual todo o nosso serviço pode ficar reduzido à mera exterioridade. É nela que se expressa a intensidade da nossa relação gratuita e vital com Deus, fonte de todo amor, que nos faz, sempre de novo, ir ao seu encontro como pobres e pedir a ele, nossa última esperança, que faça sua justiça e nos liberte.
(Extraído da Revista de Liturgia)
Para refletir e partilhar:
1. De que maneira a atitude da viúva continua a nos inspirar hoje? Quem seria hoje as pessoas que como a viúva buscam valer a justiça?
2. A sua oração é fonte de sustentação na busca por justiça?  Ela está ligada com a dinâmica do Reino de Deus?
3. Com o tempo, você tem aprendido a rezar melhor? Explique.

Oração

Ó Deus da vida,
dá-nos, a cada dia,
a graça de estar sempre a teu dispor
e te servir com um coração indiviso.
Por Cristo, nosso Senhor.
Amém.


Irmãs, vinde à oração, irmãos, vinde à oração.

sábado, 25 de setembro de 2010

Se eles não escutam a Moisés e aos profetas, mesmo que um dos mortos ressuscite, eles não ficarão convencidos. (XXVI DTC - Ano C)

A narrativa do evangelho apresenta um homem muito rico e um pobre mendigo, Lázaro. A finalidade do texto é principalmente ilustrar a necessidade de conversão e de fé. A escuta, a adesão à palavra de Deus é fundamental para acolher os sinais de salvação. Por meio da vida, morte e ressurreição, Jesus indicou o caminho a seguir, centrado no amor a Deus e ao próximo. A palavra de Deus leva a abrir o coração para a partilha e a solidariedade. Faltava ao “homem rico” observar os ensinamentos de Deus, que desde Moisés e os Profetas apresentam as exigências de amar e socorrer os pobres. A vida oposta ao projeto de Deus, a falta de comunhão e partilha o conduziu ao abismo profundo, à separação da felicidade plena.
A profecia de Amós, na 1ª leitura, está situada no século VIII a.C. O profeta exorta os que buscam apenas o próprio bem- estar, “indiferentes ao sofrimento de José”, ou seja, dos irmãos necessitados. O contraste entre ricos e pobres impedia a formação de uma sociedade igualitária, com sua própria autonomia. Por meio do Salmo, louvemos ao Senhor, pois ele ampara os que confiam em seu amor, abrindo-lhes os olhos, levantando-os do chão. A 2ª leitura orienta a cultivar as boas virtudes: “a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança, a mansidão” (v.11). É necessário conservar a fidelidade a Cristo, assumindo a missão com radicalidade, na solidariedade do “bom combate”.
Como no tempo do profeta Amós, de Jesus e das primeiras comunidades cristãs, as riquezas do mundo, que são destinadas a todos, continuam acumuladas, usufruídas por uma minoria de afortunados. A escuta atenta da palavra de Deus nos impele a ajudar os pobres Lázaros sentados no chão junto às portas, à margem da sociedade.

(Extraído da Revista de Liturgia)

Para refletir e partilhar:
1.Como a Palavra de Deus (“Moisés e os Profetas”) pode nos ajudar a viver em comunhão com Deus e com o próximo?
2.Sua vida é centrada na Palavra de Deus? Isso faz diferença nas suas decisões pessoais? De que maneira?
3.Como os cristãos podem combater o abismo que existe entre os ricos e os pobres? Você conhece algum grupo e/ou pessoa que faz isso?

Oração

Ó Deus, amigo dos pobres,
reúne os que estão dispersos e sem orientação,
sustenta os abandonados,
liberta os prisioneiros, restitui a luz aos cegos,
acolhe os órfãos e as viúvas,
ouve o clamor do teu povo que sofre.
Por Cristo, nosso Senhor.
Amém.



L: Adolfo Temme M: popular Maranhão
Quem ouvir e praticar a Palavra da Escritura, (bis)
Fez a casa no rochedo, uma obra que pertudura; (bis)
Contra chuva, contra vento esta casa é segura. (bis)


Mas aquele que ouvir e não praticar na vida, (bis)
Fez a casa na areia, uma construção perdida; (bis)
Pela chuva, pelo vento vai ser logo destruída. (bis)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Façam todo o esforço para entrarem pela porta estreita. (XXI DTC - Ano C)






Aprofundando os textos bíblicos: Isaías 66,18-21; Jesus, caminhando para Jerusalém, atravessa cidades e povoados e enquanto ensina alguém lhe pergunta: Senhor, são poucos os que se salvam? (v.23). Mediante palavras e ações, Jesus revela a salvação de Deus, destinada a todas as pessoas. Ele exorta a empenhar todas as forças na busca do Reino. Esforçai-vos por entrar pela porta estreita (v.24). Os que se comprometem com a proposta de libertação de Jesus, entram pela porta estreita. A condição para viver em comunhão com o Senhor é a prática da justiça (v.27). Virão muitos do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e tomarão lugar à mesa no Reino de Deus (v.29). A Boa Nova de Jesus desfaz os limites estabelecidos por privilégios, pertença étnica, cultural ou religiosa. Mas ele espera o esforço da fé, transformado em amor fraterno e solidário, como resposta à sua palavra, como exigência para participar do seu banquete. 


Na 1ª leitura, o profeta mantém viva a esperança do povo na reconstrução das cidades e da vida. Após o exílio na Babilônia, ele ajuda os repatriados a não se fecharem em seu egoísmo, pois Deus oferece a salvação a todos os povos. A esperança, o sonho messiânico é congregar num só povo todas as nações dispersas, desde o tempo da torre de Babel (Gn 11). 


A 2ª leitura mostra que Deus, na sua solicitude paternal, conduz a vida e a história da humanidade com amor. Como um Pai, ele educa os filhos que ama. O Senhor corrige a quem ele ama (v.6; cf. Pr 3,12). 


A confiança em Deus, a fidelidade aos seus ensinamentos fortalece a fé, produz frutos de paz e de justiça. Deus oferece a salvação gratuitamente, mas espera a nossa resposta, o nosso compromisso com os valores do evangelho. Ele nos educa como um Pai para que possamos crescer na fé e no amor solidário. Somos chamados a participar do banquete do Reino, cooperando para que todos tenham vida plena.

Para refletir e partilhar:

1. Qual é o critério fundamental para entrar na porta estreita?
2. Partilhe o trecho do Evangelho que mais gostou e porque.




Oração

Ó Deus, força dos fracos,
tu unes o teu povo com o laço do teu amor.
Dá a teus filhos e filhas a graça de cumprir teus mandamentos
e ter o coração fixo nas tuas promessas,
e, assim, viver na alegria plena que Jesus Cristo,
teu filho, veio nos trazer.
Por ele, nós te pedimos,
na unidade do Espírito Santo.
Amém