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sábado, 12 de março de 2011

Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus.

I Dom. Quaresma (Ano A): 1ª Leitura - Gn 2,7-9; 3,1-7; Salmo - Sl 50
                                            2ª Leitura - Rm 5,12-19; Evangelho - Mt 4,1-11


Jesus, pleno do Espírito Santo, é provado, mas mantém-se fiel à vontade do Pai. Ele revela ser o Messias Servo, solidário com os pobres e excluídos, rejeitando o poder, a glória política e religiosa, as soluções fáceis. Os quarenta dias simbolizam especialmente os quarenta anos passados por Israel no deserto (Nm 14,34). Jesus revive a experiência da fome e da confiança do povo na providência divina. Ele é tentado a transformar as pedras em pães, como no tempo do maná, mas vence a provação, demonstrando a necessidade essencial de alimentar-se da palavra de Deus (v.4; Dt 8,3). No ponto mais alto do templo de Jerusalém, Jesus rejeita todo o desejo de prestígio e afirma que Deus não deve ser colocado à prova (v.7; Dt 6,16). Numa montanha muito alta, Jesus vence a tentação de poder e domínio sobre o mundo, afirmando que somente o Senhor deve ser adorado e servido (v.10; Dt 6,13). O diabo, opositor da obra de Deus Pai e do Filho, retira-se derrotado. Deus envia seus mensageiros para alimentar o Filho, que segue com fidelidade o seu plano.

Na 1ª leitura, o ser humano é ressaltado como criatura de Deus, modelado com amor e animado por seu sopro vital. Colocado no jardim do universo, tem a possibilidade de conhecer o bem e o mal e de escolher o caminho da vida. O salmista ensina a abrir o coração para acolher a misericórdia do Senhor. A 2ª leitura, ao comparar Jesus Cristo com a humanidade pecadora, salienta que onde se multiplicou o pecado, a graça transbordou.

Jesus nos ensina a vencer as tentações de prestígio, poder, riqueza sem compromisso com a justiça e a ética. Recebemos o sopro da vida para mantermos uma relação filial, amorosa com Deus e com sua palavra.

(Extraído da Revista de Liturgia)


Para refletir e partilhar:
01. De que forma hoje nós e nossas comunidades são colocadas à prova? O que nos mantém firmes no caminho do Reino e nos ajudam a resistir as provações do acúmulo, do prestígio e do poder?
02. Como viver a vida de acordo com este Evangelho? O que ele nos ensina sobre o cuidado da vida do Planeta?

Oração

Deus das misericórdias,
dá-nos a graça de crescer, ao longo desta quaresma,
no seguimento de Jesus Cristo e de corresponder ao seu amor
com uma vida segundo o seu evangelho.
Por Cristo, nosso Senhor.
Amém.


sábado, 5 de março de 2011

Quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática...

IX Dom. TC (Ano A): 1ª Leitura - Dt 11,18.26-28.32; Salmo - Sl 30
                               2ª Leitura - Rm 3,21-25a.28; Evangelho - Mt 7,21-27


O evangelho encerra o Sermão da Montanha (caps. 5 a 7), focalizando a relação entre a palavra e a ação. Senhor! Senhor! É uma aclamação litúrgica, que expressa a fé da comunidade reunida em oração. Mas a fé deve ser integrada com a vida através de ações misericordiosas e transformadoras, como as que foram reveladas ao longo do sermão. Cumprir a vontade do Pai (v.21) é a condição indispensável para fazer parte do Reino de Deus. A fé coerente e verdadeira de quem realiza a vontade de Deus é acentuada por Jesus mediante a imagem da construção de duas casas. O primeiro construtor é sábio, pois edifica a casa sobre fundamentos sólidos, capazes de resistir às chuvas torrenciais e aos ventos impetuosos. Já o segundo é insensato, porque constrói a casa sobre o terreno que desmorona com facilidade. A comparação mostra que os verdadeiros discípulos constroem sobre a rocha, sobre Cristo e sua Palavra. 

A 1ª leitura recorda o discurso de Moisés para salientar a necessidade de gravar a palavra do Senhor no coração, deixando-a sempre diante dos olhos. O povo escolhe o caminho da bênção, seguindo com fidelidade os mandamentos de Deus. O salmo revela a bondade e a compaixão de Deus, que socorre os oprimidos. Paulo, na 2ª leitura, destaca que a humanidade pecadora é salva pela graça de Deus, em virtude da redenção realizada em Jesus Cristo.

Somos chamados/as a manifestar nossa fé em Jesus não só por palavras, mas esforçando-nos para cumprir a vontade de Deus. É preciso alicerçar a vida e a comunidade sobre Jesus, a rocha firme, confiando em sua graça para superar as adversidades e desafios decorrentes da missão.

(Extraído da Revista de Liturgia)
Para refletir e partilhar:


1. Qual o lugar que a Palavra de Deus ocupa em sua vida? Ouvir e praticar os ensinamentos de Jesus constituem um desafio para a Igreja hoje? Compartilhe.
2. O que significa, afinal, construir a casa sobre a rocha?
3. Destaque um ensinamento do sermão da montanha (Mt 5-7) que é particularmente uma boa-notícia para o mundo atual.


Oração

Ó Deus, pai e libertador nosso,
o teu amor por nós não falha nunca.
Olha o teu povo aqui reunido
e afasta de nós tudo o que nos oprime e humilha.
Ajuda-nos a experimentar o teu amor por nós,
em comunhão com Jesus, teu filho,
na unidade do Espírito Santo.
Amém.

sábado, 25 de setembro de 2010

Se eles não escutam a Moisés e aos profetas, mesmo que um dos mortos ressuscite, eles não ficarão convencidos. (XXVI DTC - Ano C)

A narrativa do evangelho apresenta um homem muito rico e um pobre mendigo, Lázaro. A finalidade do texto é principalmente ilustrar a necessidade de conversão e de fé. A escuta, a adesão à palavra de Deus é fundamental para acolher os sinais de salvação. Por meio da vida, morte e ressurreição, Jesus indicou o caminho a seguir, centrado no amor a Deus e ao próximo. A palavra de Deus leva a abrir o coração para a partilha e a solidariedade. Faltava ao “homem rico” observar os ensinamentos de Deus, que desde Moisés e os Profetas apresentam as exigências de amar e socorrer os pobres. A vida oposta ao projeto de Deus, a falta de comunhão e partilha o conduziu ao abismo profundo, à separação da felicidade plena.
A profecia de Amós, na 1ª leitura, está situada no século VIII a.C. O profeta exorta os que buscam apenas o próprio bem- estar, “indiferentes ao sofrimento de José”, ou seja, dos irmãos necessitados. O contraste entre ricos e pobres impedia a formação de uma sociedade igualitária, com sua própria autonomia. Por meio do Salmo, louvemos ao Senhor, pois ele ampara os que confiam em seu amor, abrindo-lhes os olhos, levantando-os do chão. A 2ª leitura orienta a cultivar as boas virtudes: “a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança, a mansidão” (v.11). É necessário conservar a fidelidade a Cristo, assumindo a missão com radicalidade, na solidariedade do “bom combate”.
Como no tempo do profeta Amós, de Jesus e das primeiras comunidades cristãs, as riquezas do mundo, que são destinadas a todos, continuam acumuladas, usufruídas por uma minoria de afortunados. A escuta atenta da palavra de Deus nos impele a ajudar os pobres Lázaros sentados no chão junto às portas, à margem da sociedade.

(Extraído da Revista de Liturgia)

Para refletir e partilhar:
1.Como a Palavra de Deus (“Moisés e os Profetas”) pode nos ajudar a viver em comunhão com Deus e com o próximo?
2.Sua vida é centrada na Palavra de Deus? Isso faz diferença nas suas decisões pessoais? De que maneira?
3.Como os cristãos podem combater o abismo que existe entre os ricos e os pobres? Você conhece algum grupo e/ou pessoa que faz isso?

Oração

Ó Deus, amigo dos pobres,
reúne os que estão dispersos e sem orientação,
sustenta os abandonados,
liberta os prisioneiros, restitui a luz aos cegos,
acolhe os órfãos e as viúvas,
ouve o clamor do teu povo que sofre.
Por Cristo, nosso Senhor.
Amém.



L: Adolfo Temme M: popular Maranhão
Quem ouvir e praticar a Palavra da Escritura, (bis)
Fez a casa no rochedo, uma obra que pertudura; (bis)
Contra chuva, contra vento esta casa é segura. (bis)


Mas aquele que ouvir e não praticar na vida, (bis)
Fez a casa na areia, uma construção perdida; (bis)
Pela chuva, pelo vento vai ser logo destruída. (bis)

sábado, 17 de julho de 2010

Uma só coisa é necessária. (XVI DTC - Ano C)

No evangelho, o episódio de Marta e Maria ressalta que a escuta da palavra de Deus, a fé, o amor contemplativo é fundamental para fortalecer o compromisso no serviço ao próximo. A escuta atenta de Maria e o serviço generoso de Marta são duas atitudes de adesão ao evangelho. Maria senta-se aos pés do Senhor para escutar a sua palavra em atitude de discípula (v.39; cf. 8,35 e At 22,3). Marta trabalha, preocupada em bem servir bem o Mestre. Jesus afirma que uma só coisa é necessária (v. 42) e elogia Maria por escolhido a melhor parte, que não lhe será tirada. E diz isso a Marta, para que também ela, na condição de servidora nos afazeres cotidianos, aprenda a buscar o essencial. O seu trabalho não pode tornar-se empecilho para o crescimento na fé.
Na 1ª leitura, Abraão e Sara acolhem os mensageiros de Deus, enviados para visitar, anunciar a salvação. No carvalho de Mambré, onde Abraão havia construído um altar (v.1; cf. 13,18), Deus manifesta sua presença de amor. O acolhimento, a gratuidade do patriarca Abraão é recompensada com um dom muito mais valioso: a promessa do nascimento do filho esperado.
A 2ª leitura destaca que, através das alegrias e sofrimentos decorrentes do anúncio do evangelho, participamos do ministério de Cristo. Por meio da vida, morte e ressurreição, o mistério escondido desde séculos e gerações foi revelado. Agora, Cristo está em nosso meio como a esperança da glória, da vida nova. Ele nos impele a anunciar a sua mensagem, a exortar e a ensinar com sabedoria, a crescer em comunhão com seu projeto de salvação.
A escuta atenta da palavra do Senhor é condição para que a evangelização seja realizada com sucesso. O anúncio da palavra e o serviço generoso e solidário ao próximo devem ser integrados com equilíbrio. Maria, Marta, Abraão nos ensinam a acolher com gratuidade o Senhor, que nos visita continuamente através da Palavra e dos irmãos necessitados. 
(Extraído da Revista de Liturgia)

Para reflexão e partilha: 
1. Você acha que as pessoas têm dificuldade de se silenciar e escutar o outro? Por quê? 
2.Qual é o lugar que a Palavra de Deus ocupa em sua vida cotidiana? E na comunidade onde você participa?
3. Comente o que disse Jesus: "...Uma só coisa é necessária."


Oração 

Ó Deus, amigo dos pobres e peregrinos,
 nós te agradecemos porque,
 neste domingo,
 nos acolheste em tua casa
e partilhaste conosco tua palavra e tua força.
 Renovados pela graça da intimidade contigo,
 fiquemos sempre atentos à tua palavra de salvação,
 e sensíveis às necessidades de nossos irmãos e irmãs.
Por Cristo, nosso Senhor.
 Amém.