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domingo, 3 de janeiro de 2016

' ... Ao verem de novo a estrela, os magos ficaram radiantes de alegria!'

Epifania do Senhor:  –  Isaías 60,1-6; Salmo 72(71); Efésios 3,2-6; Mateus 2,1-12

No evangelho, Jesus se manifesta como o Messias e Filho de Deus, o verdadeiro Rei que nasce em Belém (cf. Mq 5,1) para apascentar o povo (cf. 2Sm 5,2). Os magos ou sábios do Oriente que representam todos os povos que acolhem a chegada do Rei-Messias prefiguram a missão universal de fazer discípulos/as em todas as nações (28,19). A fé, o reconhecimento e a adoração desses sábios contrastam com a cegueira dos que ignoram a presença do Salvador. Temendo os movimentos messiânicos como ameaças a seus interesses de poder e riqueza, Herodes convoca os sumos sacerdotes e os escribas que conhecem as Escrituras (vv.5-6), mas não reconhecem Jesus (21,15). Na 1ª leitura, Jerusalém em vias de reconstrução, acolhe os povos que regressam do exílio babilônico e de outras partes, carregados de oferendas. A glória de Deus resplandece nos povos que se unem para construir uma nova cidade, solidificada no amor e na justiça. No salmo, o rei, como figura da justiça e paz divina, tem a responsabilidade de ser agente da libertação para o povo. A 2ª leitura acentua que o plano da salvação de Deus, destinado a todo ser humano, foi realizado plenamente em Cristo. Romperam-se as barreiras que dividiam os povos e assim também os gentios, como membros do mesmo corpo, tornaram-se participantes da mesma promessa de salvação.


A Epifania celebra a manifestação da universalidade da salvação em Cristo e impele os povos, unidos pela fé, a reconhecê-lo e adorá-lo como Deus vivo e verdadeiro. Ele é a luz, a palavra que ilumina o nosso caminho para que façamos resplandecer a sua presença amorosa de verdade e vida.

O Senhor Deus, hoje nos revela o seu Filho a todas as nações. Que Jesus, sempre nos guie e nos fortaleça em todas as iniciativas de unidade, de comunhão e de preservação da terra.

 (Extraído da Revista de Liturgia)
Para refletir e comentar:
01. Como a atitude dos magos em relação a Jesus se contrasta com a de Herodes?
02. Jesus se revela como luz para todas as nações, quais as barreiras que ainda precisam ser superadas nas comunidades e no mundo?

Oração 

Ó Deus de todos os povos, guiando os magos pela estrela,
tu revelaste hoje o teu filho Jesus a toda a humanidade.
Dá a nós, teus servos e servas, que já te conhecemos pela fé,
a graça de buscarmos sempre o teu rosto
e participarmos plenamente da tua luz.
Por Cristo, nosso Senhor! 
Amém.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

' ... Encontraram Maria e José, e o recém-nascido deitado na manjedoura!'

Santa Maria Mãe de Deus:  – Números 6, 22-27; Salmo 67 (66); Galátas 4, 4-7; Lucas 2,16-21

Após terem recebido o anúncio do anjo, os pastores vão comprovar a mensagem e votam glorificando a Deus. No oitavo dia, realiza-se a circuncisão do menino.  A circuncisão era o rito mediante o qual se começava a fazer parte do povo eleito (cf. Gn  17, 2-17), recebendo um nome que exprimia a missão que o novo membro assumina no conjunto do povo da aliança.  Jesus será, como no nome indica, o realizador da salvação.

Em meio a esta dinâmica, o evangelista registra o papel de Maria, que guarda tudo na memória e medita, talvez apontando para o papel dela como fonte última de informação.  Maria torna-se assim modelo da Igreja que contempla os mistérios da vinda de Cristo.  Venerada sob o título de Mãe de Deus pelos cristãos do Ocidente, Maria torna-se, desta forma, a nova Eva, a nova mãe dos viventes, gerando os novos filhos e filhas de Deus. Assim, santo Ambrósio, no século IV, dirigindo-se à comunidade, exprimia:  “Todo o que crê se engravida e gera o Verbo de Deus em seu coração.  [...] Se pela carne, uma só é a Mãe de Cristo, pela fé o Cristo é fruto de todos!”

No começo de um novo ano, dia mundial da paz, último dia da oitava do Natal, confiamos à Mãe de Deus e mãe da Igreja tudo que experienciamos nestes dias e que o Senhor ternamente nos preparou. A atitude dos personagens deste evangelho é retomada por nossa assembléia hoje.  Como os pastores, glorificamos e louvamos a Deus por tudo isso que vivemos.  Tal como Maria, guardamos tudo no coração.  Dessa forma, a liturgia que celebramos torna-se fonte de vida e graça!

 (Extraído do Dia do Senhor)
Para refletir e partilhar:
01. O que a atitude de Maria nos ensina?
02. O que o Natal nos ensina sobre a paz?
03. O que você faz de concreto para minimizar a violência e promover a paz?

Oração 

Ó Deus, promessa de paz,
por Maria, mãe de teu filho Jesus,
deste a toda humanidade a vida plena e paz.
Nas lutas e desafios da vida,
dá-nos a graça de contar sempre com a sua intercessão e prece,
já que nos trouxeste o autor da vida,
Jesus Cristo, teu filho e nosso Senhor,
por quem te pedimos na unidade do Espírito Santo.
Amém 


sábado, 20 de dezembro de 2014

'Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!'




A anunciação do nascimento de Jesus, situada em Nazaré, uma pequena aldeia, revela o plano da salvação de Deus em favor do povo oprimido. Maria, comprometida com José mediante um contrato matrimonial que durava por volta de um ano, espera a manifestação de Deus com uma fé ativa. As palavras da saudação expressam a alegria pela realização plena das profecias messiânicas (Is 12,6; Sf 3,14-20). Jesus é o Senhor, o Emanuel, a presença viva e operante de Deus no meio do seu povo (Is 7,14; Ex 3,12- 14). O menino recebe o nome de Jesus, que significa: o Senhor é salvação e será grande, sendo chamado Filho do Altíssimo. Ele reinará para sempre, realizando a promessa de Deus à casa de Davi, representada por José. Deus, que manifesta sua presença na história através de sinais, como o da nuvem luminosa (Ex 40,35 e Nm 9,18-22), plenifica Maria com seu Espírito, cobrindo-a com o poder de sua sombra.

A 1ª leitura ressalta a gratuidade do favor divino que estabelece Davi como rei e constrói uma casa, uma dinastia perene. A promessa de um reino estável para sempre, a esperança messiânica de restauração total realiza-se plenamente em Cristo Salvador, descendente de Davi. O/a salmista canta eternamente a bondade e a fidelidade do Senhor à sua aliança. Na 2ª leitura, Deus manifesta a salvação à humanidade através da obra redentora de Cristo.

Maria de Nazaré, agraciada para ser a mãe do Messias Salvador, nos ensina a acolher a vontade de Deus com uma fé ativa. Crendo como Maria, é possível construir um mundo melhor, fazendo resplandecer a presença libertadora do Senhor no seio da humanidade.

(Extraído da Revista de Liturgia)

Para refletir e partilhar:
01. A exemplo de Maria,  você busca acolher e participar ativamente na novidade de Deus revelada em Jesus?
02. Quais sinais manifestam o novo de Deus em sua vida e no mundo?
03. Como você, sua família e comunidade estão se preparando para celebrar o Natal de Jesus?

Oração 

Derrama, Deus da vida, em nossos corações, a tua graça,
para que, conhecendo pela anunciação do anjo
 a encarnação de Jesus Cristo, teu Filho,
cheguemos, por sua paixão e morte, à glória da ressurreição.
Por Cristo, Nosso Senhor. 
Amém.



sexta-feira, 11 de abril de 2014

Eu sou a ressurreição e a vida.

V Dom. Quaresma (A): Ez 37, 12-14; Sl 129 (130); Rm 8, 8-11; Jo 11, 1-45

O evangelho coloca a ressurreição de Lázaro, como o sétimo sinal, a plenitude dos demais. Jesus manifesta-se como o Senhor da vida, apontando para o grande sinal de sua ressurreição. Lázaro, Marta e Maria representam a comunidade, que gera vida nova através do amor fraterno. Jesus chega à comunidade quatro dias após a morte de Lázaro, quando não havia mais esperança de vida. Com sua prática, Jesus transforma a doença e a morte considerados castigo de Deus em vida e ressurreição. Reavivada pela esperança de renascimento da vida, Marta professa a fé: Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Cristo, o Filho de Deus (v.27). Jesus solidariza-se com os que choram e se compadece diante do sofrimento. Lázaro, o amigo de Jesus que estivera morto, obedece à ordem dada por Jesus, levanta-se do sepulcro e volta para a vida. Jesus, o Filho de Deus, faz jorrar a vida onde reina a morte. A comunidade, mediante o amor e a solidariedade, ajuda Lázaro a encontrar o caminho da vida. 

A 1ª leitura mostra que o povo exilado na Babilônia encontra-se numa situação de morte, sem esperança de vida, como ossos secos na sepultura (cf. Ez 37,11). Mas, Ezequiel anuncia que a ação de Deus se manifestará através do Espírito, fazendo o povo sair das sepulturas, do exílio para se estabelecer em sua terra. Na 2ª leitura, a comunhão com Cristo morto e ressuscitado nos possibilita viver segundo o Espírito, que habita em nós de forma renovada pela justiça.

Graças a Cristo, ressurreição e vida, a morte não é o fim do caminho, a última palavra. Em Cristo, somos chamados a viver, segundo o Espírito, uma existência nova para Deus. Testemunhamos nossa fé batismal transformando as situações de morte, de exclusão, em vida plena.

(Extraído da Revista de Liturgia)

Para refletir e partilhar:

01. Diante da tragédia na escola do Rio de Janeiro e outras tragédias humanas (guerra, fome, violência etc), como o Evangelho de hoje é boa notícia para o mundo?

02. De que maneira a fé em Jesus que se manifesta como a ressurreição e a vida nos dá força e coragem para enfrentar os sinais de morte presentes em nosso meio?

03. Destaque o trecho das leituras deste domingo que mais chamou a sua atenção.


Oração

Ó Pai, Senhor, nosso Deus,
dá-nos a graça de caminhar com alegria
no mesmo amor que levou teu filho a entregar sua vida
pela salvação da humanidade.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém

sábado, 1 de outubro de 2011

A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular


O evangelho faz, por meio da imagem da vinha, uma releitura da história da salvação, desde a aliança no Sinai até a formação das comunidades cristãs primitivas. Os dirigentes têm a responsabilidade de cuidar do povo, proporcionando-lhe os meios de crescimento e fecundidade espiritual. Um modo de vida agradável a Deus consiste nos frutos que os profetas recolhem no tempo da colheita. Deus, o proprietário da vinha, envia o seu Filho ao mundo para anunciar o seu Reino, mas ele é morto no Gólgota, fora dos muros de Jerusalém. Jesus é a pedra rejeitada e crucificada, que ressuscita e se torna o fundamento sobre o qual se apóia toda a construção. A profissão de fé no Senhor ressuscitado fortalece a missão da comunidade. Trata-se de anunciar a novidade do reinado de Deus revelado de modo especial na prática libertadora em favor dos excluídos.

O cântico da vinha, na 1ª leitura, descreve a relação amorosa de Deus com o povo. Mas apesar do cuidado de Deus, o povo foi infiel, não produziu os frutos de bondade e justiça esperados. O salmista recorda as grandes maravilhas do Senhor, realizadas em favor de Israel: a saída do Egito, a conquista e a posse da terra, o crescimento e a expansão do povo.

Na 2ª leitura, Paulo aconselha a praticar os valores e as virtudes segundo os ensinamentos e exemplo de Cristo, que possibilitam viver uma vida nova. Praticando o que aprendemos, o Deus da paz estará conosco.

O Reino é confiado aos trabalhadores libertos de toda forma de dominação, violência e exploração, capazes de produzir frutos de amor, justiça e solidariedade. Que o Espírito nos ilumine para que sejamos pessoas renovadas, plenas de todas as virtudes e valores cristãos.

(Extraído da Revista de Liturgia)

Para refletir e partilhar:
01. Qual a sua relação com a vinha do Senhor? Até que ponto zelo e serviço não se transformam em direito e posse?
02. Quais frutos você e a sua comunidade buscam produzir no mundo de hoje? E que obstáculos enfrentam para produzir estes frutos?
03. Onde e em que situações Jesus se manifesta como "pedra angular e rejeitada" no mundo de hoje?
04. Como prevenir para que o povo não seja explorado por lideranças déspotas e possessivas?

Oração

Ó Senhor, vós que cuidas de nós, vosso povo,
nos alertando para atitudes coerentes com a vossa Palavra de vida e salvação.
Enxertados em Cristo, que veio para salvar a todos,
sejamos fortalecidos para produzirmos frutos de justiça e de bondade.
Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.



sábado, 18 de junho de 2011

Deus amou tanto o mundo...

Ss. Trindade (Ano A): Ex 34, 4b-6. 8-9; Cânt.: Dn 3; 2Cor 13, 11-13; Jo 3, 16-18



O evangelho faz parte do diálogo de Jesus com Nicodemos, cujo tema central é a vida nova que vem pela água e pelo Espírito. O texto de hoje enfatiza que Deus realiza a salvação por amor: Ele amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único, para que todo o que nele crer tenha a vida eterna (v.16). O Filho Jesus é enviado para manifestar o amor do Pai mediante a encarnação, o ministério em obras e em palavras até a morte e a glorificação. Jesus veio mostrar o caminho da salvação, da vida nova conduzida pelo Espírito de Deus. A ação de Deus é para salvar, não para condenar e destruir. A fidelidade de Jesus, que ama até o fim e doa a própria vida (13,1; 15,13), impulsiona a uma opção. Quem conhece Jesus e o acolhe, aderindo a ele pela fé, faz a experiência da salvação e compromete-se com seu projeto de amor.

A 1ª leitura reflete um contexto de renovação da aliança. A misericórdia e a compaixão infinita de Deus levam a perdoar as infidelidades do povo, restaurando assim a aliança violada. Paulo, na 2ª leitura, exorta a buscar a perfeição, o crescimento em Cristo, a ser manifestado na alegria, no mútuo encorajamento, na concórdia e na paz. Ele conclui a carta com uma bênção litúrgica solene em nome da Trindade: A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós (v.13).

O Deus, misericordioso e compassivo, vai ao encontro do ser humano por Cristo para lhe oferecer seu amor e a possibilidade de uma vida em plenitude. Que esse Deus uno e trino, Pai, Filho e Espírito Santo nos conceda a graça de vivermos em comunhão com todos os nossos irmãos e irmãs.

(Extraído da Revista de Liturgia)

Para refletir e partilhar:
01. Você faz parte de alguma comunidade? Conte como é a sua comunidade (quem são, quando se encontram, onde, o que faz...).
02. "A competição aborta a comunhão" (Agostinha Vieira). Comente esta afirmação e fale sobre como anda o espírito comunitário na sua família e no mundo.
03. O que significa celebrar a Santíssima Trindade no mundo de hoje?
04. Como promover o espírito comunitário no meio em que vivemos?

Oração

Ó Deus de compaixão e misericórdia,
enviaste o teu Filho Jesus ao mundo e derramaste sobre nós o Espírito Santo,
manifestando o maravilhoso mistério de tua vida.
Dá-nos a graça de crer e adorar o teu mistério de comunhão
e fazer de nossa vida uma busca de unidade e paz.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

domingo, 31 de outubro de 2010

Hoje a salvação entrou nesta casa… (XXXI DTC - Ano C)

Em Jericó, havia um homem de pequena estatura, chamado Zaqueu. Por causa da multidão que acorria para ver Jesus, ele saiu correndo à frente e subiu numa árvore, um sicômoro, por onde, certamente, Jesus iria passar. Ao entrar em Jericó, Jesus viu Zaqueu, que estava sobre a árvore e lhe disse para descer porque iria hospedar-se em sua casa. Naquele momento, o cobrador de impostos foi chamado a ser seu discípulo. Zaqueu queria ver Jesus, mas é Jesus quem o vê. Para o judeu, o crer consistia no ouvir, interpretar; para o cristão, o ver. Por isso, os milagres de Jesus comprovavam a eficácia de sua ação.
 Zaqueu, nome que significa Deus se recorda ou também aquele que é puro, dependendo da etimologia, era um rico e odiado chefe dos cobradores de impostos. Um parceiro dos romanos na exploração do povo. Os judeus não gostavam dos compatriotas que assumiam tal função. Eles os viam como infiéis à Lei e, por isso, os consideravam pagãos e impuros.
Jesus diz a Zaqueu que iria se hospedar, entrar na sua casa. O substantivo casa vem do grego, oikos, e significa a casa do mundo e de cada ser humano no seu próprio corpo e no lugar onde ele habita. Oikos é a casa natal. Casa é invólucro de cada um de nós, a construção material onde ocorrem relações sociais e econômicas em função de uma família. Quanto melhor estiverem organizadas essas relações, melhor será a vida familiar. Os gregos, ao mencionar a casa, falam das relações econômicas domésticas, caseiras, que gerenciam a casa. E é daí que vem um outro termo grego, oikonomia, que significa a lei (nomos) que rege a casa (oikos), isto é, economia (Jacir de Freitas Faria, Economia e vida na casa da Bíblia, Vida Pastoral, 271, São Paulo: Paulus, 2010, p. 3-10).
 A função primeira de Zaqueu era cuidar da economia, do dinheiro do povo, que seria enviado para os romanos. Jesus, ao convidá-lo para ser o seu discípulo, estava ensinando que toda a economia que não estiver a serviço da vida não é querida por Deus. E Zaqueu logo compreendeu o sentido do chamado, ao afirmar que daria a metade dos seus bens para os pobres, bem como restituiria em quádruplo àqueles que ele defraudara. Desse modo, Zaqueu se declara um ladrão público.
 Os fariseus estavam preocupados com o fato de Jesus comer na casa de um pecador. E Jesus, de forma categórica, afirma que a salvação tinha entrado naquela casa e que Zaqueu era também filho de Abraão, como eles, os fariseus. A salvação é para todos os povos, todos que acreditam na proposta de Jesus e se convertem, como Zaqueu. 
(Extraído da revista Vida Pastoral)

Para refletir e partilhar:
1. Como a atitude de Zaqueu pode iluminar a vida cristã? O que o seu encontro com Jesus nos ensina?
2. "Hoje a salvação entrou nesta casa." Quando esta palavra de Jesus se realizou em sua vida? Ela continua se realizando? Como?
3. "A salvação é para todos os povos..." A sua comunidade busca acolher a todos/as, manifestando a salvação universal revelada em Jesus Cristo?

Oração 

Ó Deus, força que move e orienta nossas vidas,
escuta as nossas orações
e multiplica o pouco que somos,
segundo a medida do teu amor.
Como nada podemos em nossa fraqueza,
dá-nos o socorro da tua graça,
para que possamos agir sempre conforme a tua vontade
e caminhar com alegria na estrada dos teus mandamentos.
Por Cristo, nosso Senhor.
Amém.

 
ODC
Deus vos salve, Deus
Deus vos salve, Deus
Deus salve esta casa (as pessoas, o universo...)
onde mora Deus, vos salve Deus.


sábado, 23 de outubro de 2010

Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador! (XXX DTC - Ano C)

O evangelho de hoje, na mesma linha do domingo anterior, é um ensinamento sobre a oração e a relação com Deus, tendo dois personagens profundamente diferentes: o fariseu e o publicano.

O farisaísmo, palavra que quer dizer “separado”, surgiu cerca de trezentos anos antes de Jesus e constituiu-se em um movimento de renovação profunda no judaísmo, pelo resgate da palavra de Deus na vida concreta das pessoas. Visto que a lei exprimia a vontade de Deus, ele não só a estuda nos mínimos detalhes, como a observa minuciosamente, escrupulosamente, todos os mandamentos e proibições, e até mais do que estava prescrito. O fariseu representa o justo, reconhecido como tal no judaísmo, não sendo egoísta nem preocupado consigo mesmo, mas atento ao futuro e às necessidades do povo.

Os publicanos ou coletores de imposto surgiram quando da dominação romana na Palestina e estão a serviço deste mesmo poder. São eles que coletam os impostos a serem enviados a Roma como forma de tributação. Eram considerados, pelos habitantes locais, como traidores do povo, com fama de ambiciosos e desonestos.

A conclusão da parábola, ao contar que o publicano, reconhecendo-se pecador, voltou justificado para a sua casa, e não o fariseu, quer ensinar que a oração e a relação com Deus não dependem dos nossos méritos e erros, mas da autenticidade e transparência com que conseguimos articulá-la. O publicano reconheceu sua pequenez e fez de sua própria pobreza a sua prece e uma entrega ao mistério de Deus, enquanto o fariseu, apesar de todos os seus méritos, tornou sua oração uma justificação de si mesmo.

Este gesto do publicano diante de Deus se atualiza em nossa celebração ao reconhecermos nosso pecado, no ato penitencial, e ao escutar e acolher a palavra que nos desvela e nos converte. A oração litúrgica nos educa a uma constante abertura ao mistério de Deus e a uma atenta vigilância, para que não nos fechemos em nós mesmos. Só Deus é justo e capaz de nos justificar diante dele. A salvação não depende da nossa santidade, mas da sua misericórdia.

(Extraído da Revista de Liturgia)

Para refletir e partilhar:
1. A partir deste Evangelho, como podemos caracterizar uma oração verdadeira? Qual deve ser a atitude de quem reza diante de Deus?
2. Como é a oração em sua comunidade?
3. Comente, "A salvação não depende da nossa santidade, mas da misericórdia de Deus". 


Oração

Senhor que vieste, não para condenar, mas para salvar, tem piedade de nós.
Senhor tem piedade de nós.
Cristo, que acolhes quem confia em tua misericórdia, tem piedade de nós.
Cristo, tem piedade de nós.
Senhor, que muito perdoas a quem muito ama, tem piedade de nós.
Senhor tem piedade de nós.

Deus todo amoroso,
tenha compaixão de nós,
perdoe os nossos pecados
e nos conduza à vida eterna.
Amém.


Misericordias domini in aeternum cantabo

(A misericórdia do Senhor, sempre, sempre eu cantarei)

Cantarei eternamente as misericórdias do Senhor.
Para sempre proclamarei a sua fidelidade.
Os céus celebram as tuas maravilhas, Senhor!
Feliz o povo que sabe louvar e bendizer e caminhar à luz do teu rosto

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Façam todo o esforço para entrarem pela porta estreita. (XXI DTC - Ano C)






Aprofundando os textos bíblicos: Isaías 66,18-21; Jesus, caminhando para Jerusalém, atravessa cidades e povoados e enquanto ensina alguém lhe pergunta: Senhor, são poucos os que se salvam? (v.23). Mediante palavras e ações, Jesus revela a salvação de Deus, destinada a todas as pessoas. Ele exorta a empenhar todas as forças na busca do Reino. Esforçai-vos por entrar pela porta estreita (v.24). Os que se comprometem com a proposta de libertação de Jesus, entram pela porta estreita. A condição para viver em comunhão com o Senhor é a prática da justiça (v.27). Virão muitos do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e tomarão lugar à mesa no Reino de Deus (v.29). A Boa Nova de Jesus desfaz os limites estabelecidos por privilégios, pertença étnica, cultural ou religiosa. Mas ele espera o esforço da fé, transformado em amor fraterno e solidário, como resposta à sua palavra, como exigência para participar do seu banquete. 


Na 1ª leitura, o profeta mantém viva a esperança do povo na reconstrução das cidades e da vida. Após o exílio na Babilônia, ele ajuda os repatriados a não se fecharem em seu egoísmo, pois Deus oferece a salvação a todos os povos. A esperança, o sonho messiânico é congregar num só povo todas as nações dispersas, desde o tempo da torre de Babel (Gn 11). 


A 2ª leitura mostra que Deus, na sua solicitude paternal, conduz a vida e a história da humanidade com amor. Como um Pai, ele educa os filhos que ama. O Senhor corrige a quem ele ama (v.6; cf. Pr 3,12). 


A confiança em Deus, a fidelidade aos seus ensinamentos fortalece a fé, produz frutos de paz e de justiça. Deus oferece a salvação gratuitamente, mas espera a nossa resposta, o nosso compromisso com os valores do evangelho. Ele nos educa como um Pai para que possamos crescer na fé e no amor solidário. Somos chamados a participar do banquete do Reino, cooperando para que todos tenham vida plena.

Para refletir e partilhar:

1. Qual é o critério fundamental para entrar na porta estreita?
2. Partilhe o trecho do Evangelho que mais gostou e porque.




Oração

Ó Deus, força dos fracos,
tu unes o teu povo com o laço do teu amor.
Dá a teus filhos e filhas a graça de cumprir teus mandamentos
e ter o coração fixo nas tuas promessas,
e, assim, viver na alegria plena que Jesus Cristo,
teu filho, veio nos trazer.
Por ele, nós te pedimos,
na unidade do Espírito Santo.
Amém