quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

' ... Encontraram Maria e José, e o recém-nascido deitado na manjedoura!'

Santa Maria Mãe de Deus:  – Números 6, 22-27; Salmo 67 (66); Galátas 4, 4-7; Lucas 2,16-21

Após terem recebido o anúncio do anjo, os pastores vão comprovar a mensagem e votam glorificando a Deus. No oitavo dia, realiza-se a circuncisão do menino.  A circuncisão era o rito mediante o qual se começava a fazer parte do povo eleito (cf. Gn  17, 2-17), recebendo um nome que exprimia a missão que o novo membro assumina no conjunto do povo da aliança.  Jesus será, como no nome indica, o realizador da salvação.

Em meio a esta dinâmica, o evangelista registra o papel de Maria, que guarda tudo na memória e medita, talvez apontando para o papel dela como fonte última de informação.  Maria torna-se assim modelo da Igreja que contempla os mistérios da vinda de Cristo.  Venerada sob o título de Mãe de Deus pelos cristãos do Ocidente, Maria torna-se, desta forma, a nova Eva, a nova mãe dos viventes, gerando os novos filhos e filhas de Deus. Assim, santo Ambrósio, no século IV, dirigindo-se à comunidade, exprimia:  “Todo o que crê se engravida e gera o Verbo de Deus em seu coração.  [...] Se pela carne, uma só é a Mãe de Cristo, pela fé o Cristo é fruto de todos!”

No começo de um novo ano, dia mundial da paz, último dia da oitava do Natal, confiamos à Mãe de Deus e mãe da Igreja tudo que experienciamos nestes dias e que o Senhor ternamente nos preparou. A atitude dos personagens deste evangelho é retomada por nossa assembléia hoje.  Como os pastores, glorificamos e louvamos a Deus por tudo isso que vivemos.  Tal como Maria, guardamos tudo no coração.  Dessa forma, a liturgia que celebramos torna-se fonte de vida e graça!

 (Extraído do Dia do Senhor)
Para refletir e partilhar:
01. O que a atitude de Maria nos ensina?
02. O que o Natal nos ensina sobre a paz?
03. O que você faz de concreto para minimizar a violência e promover a paz?

Oração 

Ó Deus, promessa de paz,
por Maria, mãe de teu filho Jesus,
deste a toda humanidade a vida plena e paz.
Nas lutas e desafios da vida,
dá-nos a graça de contar sempre com a sua intercessão e prece,
já que nos trouxeste o autor da vida,
Jesus Cristo, teu filho e nosso Senhor,
por quem te pedimos na unidade do Espírito Santo.
Amém 


quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

“Vence a indiferença e conquista a paz”

São Francisco, pintura de Sérgio Simonetti


Em sua mensagem para celebrar o 49º Dia Mundial da Paz (01 de janeiro de 2016), o Papa Francisco fala sobre a "globalização da indiferença" e afirma que a paz é fruto de uma cultura de solidariedade, misericórdia e compaixão. Abaixo alguns destaques da minha leitura da Mensagem do Papa, seguindo o conhecido método ver-julgar-agir da Igreja Latino-Americana (os negritos são meus). 

Algumas formas de indiferença [Ver]:
A indiferença para com o próximo assume diferentes fisionomias. Há quem esteja bem informado, ouça o rádio, leia os jornais ou veja programas de televisão, mas fá-lo de maneira entorpecida, quase numa condição de rendição: estas pessoas conhecem vagamente os dramas que afligem a humanidade, mas não se sentem envolvidas, não vivem a compaixão. Este é o comportamento de quem sabe, mas mantém o olhar, o pensamento e a acção voltados para si mesmo. Infelizmente, temos de constatar que o aumento das informações, próprio do nosso tempo, não significa, de por si, aumento de atenção aos problemas, se não for acompanhado por uma abertura das consciências em sentido solidário. Antes, pode gerar uma certa saturação que anestesia e, em certa medida, relativiza a gravidade dos problemas.
Noutros casos, a indiferença manifesta-se como falta de atenção à realidade circundante, especialmente a mais distante. Algumas pessoas preferem não indagar, não se informar e vivem o seu bem-estar e o seu conforto, surdas ao grito de angústia da humanidade sofredora. 
[...] A indiferença pelo ambiente natural, favorecendo o desflorestamento, a poluição e as catástrofes naturais que desenraízam comunidades inteiras do seu ambiente de vida, constrangendo-as à precariedade e à insegurança, cria novas pobrezas, novas situações de injustiça com consequências muitas vezes desastrosas em termos de segurança e paz social. Quantas guerras foram movidas e quantas ainda serão travadas por causa da falta de recursos ou para responder à demanda insaciável de recursos naturais?

Da indiferença à misericórdia: a conversão do coração [Julgar]:
Caim diz que não sabe o que aconteceu ao seu irmão, diz que não é o seu guardião. Não se sente responsável pela sua vida, pelo seu destino. Não se sente envolvido. É-lhe indiferente o seu irmão, apesar de ambos estarem ligados pela origem comum. Que tristeza! Que drama fraterno, familiar, humano! Esta é a primeira manifestação da indiferença entre irmãos. Deus, ao contrário, não é indiferente: o sangue de Abel tem grande valor aos seus olhos e pede contas dele a Caim. Assim, Deus revela-Se, desde o início da humanidade, como Aquele que se interessa pelo destino do homem. Quando, mais tarde, os filhos de Israel se encontram na escravidão do Egipto, Deus intervém de novo. Diz a Moisés: «Eu bem vi a opressão do meu povo que está no Egipto, e ouvi o seu clamor diante dos seus inspectores; conheço, na verdade, os seus sofrimentos. Desci a fim de o libertar da mão dos egípcios e de o fazer subir desta terra para uma terra boa e espaçosa, para uma terra que mana leite e mel» (Ex 3, 7-8). É importante notar os verbos que descrevem a intervenção de Deus: Ele observa, ouve, conhece, desce, liberta. Deus não é indiferente. Está atento e age.
[Jesus] toca as pessoas, fala com elas, age em seu favor e faz bem a quem precisa. Mais ainda, deixa-Se comover e chora (cf. Jo 11, 33-44). E age para acabar com o sofrimento, a tristeza, a miséria e a morte.
[...] Nós somos chamados a fazer do amor, da compaixão, da misericórdia e da solidariedade um verdadeiro programa de vida, um estilo de comportamento nas relações de uns com os outros.

Fomentar uma cultura de solidariedade e misericórdia para se vencer a indiferença [Agir]:
[As famílias] constituem o primeiro lugar onde se vivem e transmitem os valores do amor e da fraternidade, da convivência e da partilha, da atenção e do cuidado pelo outro. São também o espaço privilegiado para a transmissão da fé [..]
[...] Quantas famílias, no meio de inúmeras dificuldades laborais e sociais, se esforçam concretamente, à custa de muitos sacrifícios, por educar os seus filhos «contracorrente» nos valores da solidariedade, da compaixão e da fraternidade!
[...] Os agentes culturais e dos meios de comunicação social têm responsabilidades no campo da educação e da formação, especialmente na sociedade actual onde se vai difundindo cada vez mais o acesso a instrumentos de informação e comunicação. Antes de mais nada, é dever deles colocar-se ao serviço da verdade e não de interesses particulares.
Também os Estados são chamados a cumprir gestos concretos, actos corajosos a bem das pessoas mais frágeis da sociedade, como os reclusos, os migrantes, os desempregados e os doentes. 
[...] Os líderes dos Estados são chamados também a renovar as suas relações com os outros povos, permitindo a todos uma efectiva participação e inclusão na vida da comunidade internacional, para que se realize a fraternidade também dentro da família das nações. 
[...] Cada um é chamado a reconhecer como se manifesta a indiferença na sua vida e a adoptar um compromisso concreto que contribua para melhorar a realidade onde vive, a começar pela própria família, a vizinhança ou o ambiente de trabalho.

Acesse a Mensagem completa:
http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/messages/peace/documents/papa-francesco_20151208_messaggio-xlix-giornata-mondiale-pace-2016.html


 Oração:

Ó Deus Misericordioso,
que não nos é indiferente
mas observa, ouve e liberta o vosso Povo.
Arrancai-nos da indiferença e da inércia 
e, neste ano que se inicia, 
dai-nos um coração verdadeiramente humano e compassivo
para assumir um estilo de vida mais solidário
com o próximo e com todos os seres da criação.
Por Cristo, nosso irmão.
Amém.



quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Deus está conosco! Feliz e Abençoado Natal!



O Povo que andava na escuridão viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte uma luz resplandeceu... Porque nasceu para nós um menino, foi-nos dado um filho; ele traz aos ombros a marca da realeza; o nome que lhe foi dado é: Conselheiro admirável, Deus forte, Pai dos tempos futuros, Príncipe da paz.
Isaías 9, 1.5

Queridos/as amigos/as, leitores e leitoras deste blog,

Fraternidade, comunhão e paz!

Ao celebramos o Natal de Jesus Cristo, voltemos o nosso coração à Belém e demos graças à Deus pelo dom admirável do seu Filho, nascido de Maria, na pobreza de uma gruta, entre os marginalizados do mundo. 

"Após espera tão longa", entoemos hoje hinos de louvor e cantos de alegria, pois o Messias esperado já está no meio de nós.  Ele é verdadeiramente Emanuel, Deus com a gente! Ele se fez povo: carne em nossa carne, pobre entre os pobres. Voltemos o nosso olhar para criança deitada no cocho de Belém, na solitude da noite, na companhia de José e Maria, dos pastores e dos animais.  Vejamos no recém nascido a faísca de Deus, luz que aquece nossa vida e enche de esperança nosso coração. Em comunhão com toda a criação, exaltemos de alegria, pois a Palavra de fez carne e armou sua tenda entre nós! O Cristo esperado está no meio de nós! Ouçamos novamente com alegria o anúncio do Natal, "Não tenham medo! Eu anuncio para vocês a Boa Notícia, que será uma grande alegria para todo o povo: hoje, na cidade de Davi, nasceu para vocês um Salvador, que é o Messias, o Senhor"! 

Que a celebração do Natal de Jesus nos anime a continuar a encarnar na vida a Boa-Notícia do Deus sempre conosco, no meio de nós!

Que a Páscoa do Natal revigore nossos sonhos, renove nossas esperanças, fortaleça nossas lutas e transforme nossa vida. 

E que a Palavra de Deus - encarnada em Jesus Cristo - continue a iluminar nossos caminhos, orientar nossos projetos e dar forças às nossas comunidades.


Um feliz e santo Natal!


Pe. Jonas D. Christal

Charlestown, MA, EUA - Natal 2015.





sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Bem-aventurada aquela que acreditou.


IV Dom do Advento (Ano C):  – Mq 5,1- 4a; Sl 80(79); Hb 10,5-10; Lucas 1,39-45

Maria dirige-se apressadamente à região montanhosa da Judeia para visitar e servir Isabel. O encontro das duas mães agraciadas por Deus coincide com o encontro do precursor e Jesus. João, chamado por Deus desde o ventre materno, como os antigos profetas (cf. Is 49,1; Jr 1,5), exulta de alegria diante do Salvador. A alegria do precursor sinaliza o cumprimento da promessa de Deus em Jesus, o Messias. A força do Espírito capacita Isabel a bendizer o Senhor, com palavras que recordam a libertação do povo: Bendita és tu entre as mulheres e Bendito é o fruto do teu ventre (v.42; cf. Jz 5,24; Jt 13,18). Maria é bendita entre todas as mulheres, porque carrega dentro de si o Filho de Deus. Ela se torna como a arca da aliança (cf. 2Sm 6,9), portadora da presença do Senhor para o povo. Maria é bem-aventurada, porque crê e acolhe a vontade de Deus: Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido (v.45). Ela é feliz porque acredita na força eficaz da Palavra e coloca-se nas mãos do Senhor como serva fiel.

A 1ª leitura mostra que a promessa de salvação vem da pequena Belém, através de um novo rei messiânico. Ele apascentará com a força de Deus e estabelecerá o seu reinado até os confins da terra. Ele mesmo será a paz. Essa profecia de Miquéias se realiza plenamente no nascimento de Jesus. O/a salmista recorda as maravilhas do Senhor ao longo da história da salvação e suplica com confiança: Vem visitar a vinha, que plantaste. A 2ª leitura destaca que Jesus realiza o sentido do salmo 40, entregando toda a existência, segundo a vontade do Pai, pela salvação e santificação da humanidade.

Deus manifesta a salvação no meio dos pobres e excluídos como Maria, Isabel, Zacarias, João, que exultam de alegria e gratidão. É da pequena Belém que resplandece a luz para toda a humanidade. Com Jesus, possamos dizer ao Pai: estamos aqui para fazer a vossa vontade.
(Extraído da Revista de Liturgia)
Para refletir e partilhar:
o1. O que mais chamou a atenção no Evangelho? 
02. Por que Maria é chamada bem-aventurada?
03. O que a gravidez de Maria tem a ver com as nossas esperanças? Quais são suas esperanças?

Oração 

Derramai, ó Deus,
a vossa graça em nossos corações para que,
conhecendo pela mensagem do anjo a encarnação do vosso Filho,
cheguemos, por sua paixão e cruz,
 à glória da ressurreição!
Amém.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Dia de Ação de Graças

"Um deles, vendo-se curado, voltou atrás... e agradeceu Jesus." (Lc 17, 15-16)

Durante sua jornada para Jerusalém, dez leprosos vão ao  encontro de Jesus e parando a uma certa distância gritam: "Jesus, mestre, tem piedade de nós". Ao vê-los, Jesus pede para irem se apresentarem aos sacerdotes. Eles obedecem a palavra de Jesus e, no caminho, percebem que estão limpos. Se parasse aqui, esse episódio poderia ser visto apenas como mais um dos sinais poderosos realizados por Jesus no evangelho de Lucas.  Mas a história continua. Um dos dez leprosos, ao perceber-se curado, volta atrás glorificando a Deus em alta voz. E, ao aproximar-se de Jesus, num gesto que para nós hoje parece extravagante, ele se joga por terra e, prostrado aos pés de Jesus, lhe agradece (εὐχαριστῶν). Há ainda um elemento surpresa. O que volta e agradece é um samaritano, um marginalizado! Então Jesus faz três questionamentos: "Não foram dez os purificados? Onde estão os outros? Ninguém voltou para dar glória a Deus, salvo esse estrangeiro?" E diz ao samaritano: "Levante-se e vá! sua fé o salvou".  

O encontro com os dez leprosos se dá durante a viagem de Jesus com seus discípulos para Jerusalém, quando ele vai instruindo os seus seguidores sobre o discipulado cristão. Nesse caminho, o samaritano, um estrangeiro marginalizado, torna-se modelo de uma fé que salva, pois sabe louvar a Deus, fonte de todo bem, e agradecer a Jesus que o curou. Ser discípulo/a de Jesus não é algo que construímos meramente com nossos esforços. Antes, seguir a Jesus é uma resposta alegre e gratuita a misericórdia de Deus que em Jesus Cristo nos salva. A comunidade dos seguidores de Jesus é chamada a continuamente "voltar atrás" e "dar graças a Jesus", reconhecendo seus gestos de vida e libertação, que nos purificam e restauram nossa vida. Voltar e agradecer é reconhecer a Deus como centro de tudo que somos e temos. A fé alicerçada na gratidão salva. 

A dinâmica da vida moderna nos empurra freneticamente para frente, na ânsia permanente de realizar os nossos desejos sempre mais ambiciosos. Sem tempo, consciência e coragem de voltar atrás e agradecer, esquecemos que chegamos onde chegamos graças à muitos que vieram antes de nós. Ainda mais grave, somos levados a acreditar que tudo que somos e conquistamos é resultado apenas de nosso esforço individual. Com isso, esquecemos que neste mundo a gente não apenas vive, mas convive.  A vida humana só é possível numa rede delicada de relações que nos une e nos sustenta no universo e na história. A vida é pura gratuidade e agradecer é reconhecê-la como χάρις, graça. A história da cura dos dez leprosos nos indica que o caminho cristão percorre-se no louvor e na gratidão. A "fé que salva" nunca cessa de dar graças e reconhecer a Deus como fundamento de todas as coisas. Em outras palavras, a fé cristã é sempre εὐχαριστία (eucaristia), ou seja, ação de graças.  Agradecer a Jesus como o samaritano, é renunciar a toda pretenção egoísta e abrir-se a uma vida vivida na profunda gratidão e na liberdade de quem reconhece ter sido amado, acolhido e restaurado por ele. 

"Grande, eu proclamo, és meus Deus,
Sempre irei te louvar.
Teu nome eu vou bendizer,
Todo dia eu vou cantar! Sl 145 (144) 

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

“...Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz.”


Cristo Rei (Ano B):  –  Dn 7,13-14; Sl 93(92); Ap 1,5-8; João 18,33b-37


O evangelho pertence ao relato da paixão de Jesus Cristo e acentua que sua realeza se manifesta na entrega por amor. A pergunta de Pilatos, “Tu és o rei dos judeus?”, coloca o processo na dimensão política. Havia a expectativa de um rei Messias, que iria restaurar a soberania de Israel. O título “rei dos judeus” (19,19) é fixado no alto da cruz, como causa da sentença de sua morte. Mas Jesus é o Messias Servo, que morre na cruz em consequência de seu compromisso com a justiça do Reino. Enviado pelo Pai a serviço da vida (10,10), ele manifesta que seu Reino não é deste mundo. Jesus testemunha a verdade através da doação total da vida por amor. Pertencer à verdade de Cristo consiste em crer e praticar a Palavra, reconhecendo sua realeza no serviço aos necessitados. A verdade que o Filho de Deus manifestou é um apelo à conversão: se permanecerdes na minha palavra conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres (8,31-32).

A 1ª leitura utiliza linguagem apocalíptica para falar da ação de Deus, com rosto humano, oposta aos reinos opressores. A figura do Filho do Homem foi associada, pela tradição cristã, a Jesus como Messias. O salmo celebra a realeza do Senhor que criou o universo e o governa com soberania. A 2ª leitura sintetiza a missão de Jesus por meio de três títulos messiânicos: Testemunha fiel, Primogênito dos mortos e Príncipe dos reis da terra. Jesus deu a vida para formar um povo sacerdotal, pois é o princípio e o fim de toda a criação.

Cristo é o Senhor do universo, pois instaurou o reinado da verdade, com a doação da própria vida. Como povo sacerdotal, continuadores do amor fiel de Jesus, recebemos a missão de servir o Reino da justiça, amor e paz, oposto a toda forma de ambição, poder, riqueza e privilégio.

(Extraído da Revista de Liturgia)
Para refletir e partilhar:
01. O que mais lhe chamou atenção no Evangelho? Comente a figura acima: qual é a sua relação com o Evangelho?
02. Que tipo de rei é Jesus? Como ele é diferente dos poderosos deste mundo?
03. O que significa seguir Jesus Rei, que "instaurou o reinado na verdade, com a doação da própria vida"?
04. Sinto-me parte do Reino que Jesus veio inaugurar? O que faço? O que poderia fazer mais ou melhor pelo Reino de Deus?

Oração 

Deus da vida,
tu quiseste reunir e reconciliar toda a tua criação no teu filho Jesus,
a quem proclamamos amigo e servidor dos pobres,
Senhor do universo e da história. Escuta nossas preces
e concede a todas as criaturas, libertas de toda escravidão,
a graça de servir ao teu reino e glorificar sempre teu nome santo,
bendito pelos séculos dos séculos. 
Amém.