segunda-feira, 30 de junho de 2014

“Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?”

S. Pedro e S. Paulo: At 12,1-11; Sl 33(34); 2 Tm 4,6-8.17-18; Mt 16,13-19


As dimensões do testemunho – não esqueçamos que a palavra “mártir” significa originalmente “testemunha” – e da aliança marcam fortemente a celebração e as leituras de hoje.

O evangelho revela o segredo destes dois testemunhos, tanto o de Pedro como o de Paulo: a fé em Jesus, reconhecido como filho de Deus. Tal como o martírio, esta fé é um dom do próprio Deus - “não foi um ser humano que te revelou isto, mas o meu Pai que está no céu” – ao mesmo tempo que se torna a suprema forma de felicidade: “feliz és tu...”. Assim compreendida, a fé manifesta a dimensão de aliança que une indissoluvelmente o discípulo ao Senhor e o Senhor ao discípulo.

Mais do que obras, a contribuição destes dois apóstolos está na totalidade com que viveram o discipulado de Jesus e na aliança que estabeleceram com ele. É por isto que são chamados de colunas da Igreja.

Nesta celebração, como festa da aliança, estreitemos nossa intimidade e compromisso com o Senhor Jesus, a testemunha sempre fiel. Na memória da fidelidade dele, e renovados pelo testemunho dos santos apóstolos Pedro e Paulo, encontremos energia e força para continuar a obra que começaram!

(Extraído da revista Vida Pastoral)

Para refletir:

1. Você reconhece que a fé é um dom que recebemos de Deus através da Igreja?  Quais foram as pessoas que iniciaram você na fé cristã? 
2. Como você dá testemunho da sua fé cristã? 
    O que você faz de concreto que dá testemunho da sua fé? 
3. Como você procura crescer na fé?
4. Como a sua família e sua comunidade vivem a fé? 


Oração
Ó Deus, tu nos dás a alegria de festejar  o martírio dos apóstolos Pedro e Paulo.
Dá-nos a graça de seguir em tudo o ensinamento destes apóstolos
que nos deram os fundamentos da fé, para que sejamos, nós também,
testemunhas do teu nome.
Por Cristo, nosso Senhor. 
Amém






sábado, 14 de junho de 2014

"Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele."

Ss. Trindade (Ano A): Ex 34, 4b-6. 8-9; Cânt.: Dn 3; 2Cor 13, 11-13; Jo 3, 16-18


O evangelho faz parte do diálogo de Jesus com Nicodemos, cujo tema central é a vida nova que vem pela água e pelo Espírito. O texto de hoje enfatiza que Deus realiza a salvação por amor: Ele amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único, para que todo o que nele crer tenha a vida eterna (v.16). O Filho Jesus é enviado para manifestar o amor do Pai mediante a encarnação, o ministério em obras e em palavras até a morte e a glorificação. Jesus veio mostrar o caminho da salvação, da vida nova conduzida pelo Espírito de Deus. A ação de Deus é para salvar, não para condenar e destruir. A fidelidade de Jesus, que ama até o fim e doa a própria vida (13,1; 15,13), impulsiona a uma opção. Quem conhece Jesus e o acolhe, aderindo a ele pela fé, faz a experiência da salvação e compromete-se com seu projeto de amor.

A 1ª leitura reflete um contexto de renovação da aliança. A misericórdia e a compaixão infinita de Deus levam a perdoar as infidelidades do povo, restaurando assim a aliança violada. Paulo, na 2ª leitura, exorta a buscar a perfeição, o crescimento em Cristo, a ser manifestado na alegria, no mútuo encorajamento, na concórdia e na paz. Ele conclui a carta com uma bênção litúrgica solene em nome da Trindade: A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós (v.13).

O Deus, misericordioso e compassivo, vai ao encontro do ser humano por Cristo para lhe oferecer seu amor e a possibilidade de uma vida em plenitude. Que esse Deus uno e trino, Pai, Filho e Espírito Santo nos conceda a graça de vivermos em comunhão com todos os nossos irmãos e irmãs.

(Extraído da Revista de Liturgia)

Para refletir e partilhar:
01. Você faz parte de alguma comunidade? Conte como é a sua comunidade (quem são, quando se encontram, onde, o que faz...).
02. "A competição aborta a comunhão" (Agostinha Vieira). Comente esta afirmação e fale sobre como anda o espírito comunitário na sua família e no mundo.
03. O que significa celebrar a Santíssima Trindade no mundo de hoje?
04. Como promover o espírito comunitário no meio em que vivemos?

Oração

Ó Deus de compaixão e misericórdia,
enviaste o teu Filho Jesus ao mundo e derramaste sobre nós o Espírito Santo,
manifestando o maravilhoso mistério de tua vida.
Dá-nos a graça de crer e adorar o teu mistério de comunhão
e fazer de nossa vida uma busca de unidade e paz.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Domingo de Pentecostes

Invocação da Paz pelo Papa Francisco na tarde de Pentecostes com os presidentes de Israel, Shimon Peres, e da Palestina, Mahmoud Abbas e Bartolomeu I, patriarca da Igreja Ortodoxa. 



Ó Senhor, Deus da vida,
que cuidas de toda criação, dá-nos a paz!

Que a nossa segurança não venha das armas, mas do respeito.
Que a nossa força não seja a violência, mas o amor.
Que a nossa riqueza não seja o dinheiro, mas a partilha.

Que o nosso caminho não seja a ambição, mas a justiça.
Que a nossa vitória não seja a vingança, mas o perdão.

Desarmados e confiantes, queremos defender
a dignidade de toda criação, partilhando,
hoje e sempre, o pão da solidariedade e da paz.

Por Jesus Cristo teu Filho divino, nosso irmão,
que, feito vítima da nossa violência,
ainda do alto da cruz, deu a todos o teu perdão.
Amém!
(CF 2005)


Domingo de Pentecostes: At 2, 1-11; Sl 103 (104); 1Cor 12, 3b-7.12-13; Jo 20, 19-23


As hostilidades e perseguições, sobretudo da parte do império romano, geram medo e dificuldades no anúncio da mensagem da salvação. O encontro dos discípulos com o Ressuscitado os liberta e suscita profunda alegria. As marcas da paixão de Jesus, suas mãos e o lado, revelam os sinais vitoriosos da vida sobre a morte. Do lado aberto de Jesus fluem rios de vida nova, o Espírito (7, 37-39). A palavra de Jesus, o enviado do Pai, ilumina a missão dos discípulos. Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio: Recebei o Espírito Santo! (vv.21-22). O Espírito que os discípulos recebem é o sopro divino, que lembra Gn 2,7, quando Deus infundiu o dom da vida ao ser humano. Assim, o sopro de Jesus caracteriza a vida nova que surge de sua ressurreição, capacitando os discípulos para a missão de libertar dos pecados e da opressão.

Na 1ª leitura, o Espírito de Deus plenifica as pessoas de todas as nações. A força unificadora do Espírito reconstrói a unidade e leva a viver a fé em Jesus Cristo, na diversidade de línguas e culturas. O salmista bendiz o Senhor, pois ele concede a existência às criaturas através de seu espírito ou sopro vital: Se o sopro lhes tiras, morrem. Envias teu espírito, são criadas e assim renovas a face da terra. A 2ª leitura enfatiza que fomos batizados num único Espírito para formarmos um único corpo. Os diversos ministérios provêm do mesmo Espírito, do mesmo Senhor, do mesmo Deus que realiza tudo em todos.

A ação perene do Espírito manifesta no mundo a salvação de Deus, destinada a todo o ser humano. Como os discípulos, o Espírito nos liberta de todas as formas de opressões e nos plenifica da presença de Deus, capacitando-nos para sermos anunciadores da Boa Nova de Jesus.
(Extraído da Revista de Liturgia)

Para refletir e partilhar:
1. Onde percebo a ação do Espírito Santo hoje?
2. O que devemos fazer para promover a paz, a unidade e a comunhão entre os cristãos?


Oração

Ó Deus, mãe da consolação,
na alegria desta festa em que iluminas com o fogo do teu amor
as comunidades de todos os povos e nações,
derrama, sobre o universo inteiro,
o dom generoso do teu Espírito
e realiza agora no coração da Igreja
as maravilhas que operaste no início da pregação do evangelho.
Por Cristo, nosso Senhor. 
Amém.