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sábado, 10 de maio de 2014

Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.

IV DT Pascal (Ano A): At 2, 14a. 36-41; Sl 22 (23); 1Pd 2, 20b-25; Jo 10, 1-10

Normalmente, as ovelhas eram reunidas num redil comum para passarem a noite. Pela manhã, cada pastor fazia sair suas ovelhas chamando-as pelo nome a fim de conduzi-las às pastagens. Jesus usa esta imagem para falar da sua missão. Ele é o pastor que conhece as suas ovelhas e caminha à sua frente guiando-as no caminho. Ele é, ao mesmo tempo, o pastor e a porta das ovelhas, o caminho que conduz à salvação. Quem segue a Cristo encontra segurança e vida plena. Jesus salva, dá a vida em plenitude em contraste com aqueles que oprimem e exploram o povo.

A 1ª leitura sublinha que Jesus foi constituído Senhor e Cristo, títulos essenciais da fé cristã. O acolhimento da mensagem de salvação leva à conversão e ao batismo em nome de Jesus Cristo. Assim, os cristãos tornam-se aptos para receber o dom do Espírito Santo, a vida nova como filhos e filhas de Deus. O salmo usa a imagem do pastor que, no mundo antigo, indicava principalmente a liderança e a providência do rei por seu povo. O salmista confia no pastor divino até mesmo quando o caminho leva para um vale de sombra e de morte. Na 2ª leitura, os cristãos encontram em Cristo, o Servo sofredor, o modelo para transformar o sofrimento que lhes é imposto em testemunho de fé. Sob o cuidado do pastor, somos chamados a ser solidários com os que sofrem, com os excluídos.

Cristo ressuscitado é o Bom Pastor que nos conhece pelo nome e nos guia no caminho para Deus. Quem passa por Cristo, pelo seu projeto de libertação, encontra a vida em plenitude. A comunhão com Cristo Pastor, a escuta de sua palavra impele a doar a vida para cuidar e defender o rebanho.

(Extraído da Revista de Liturgia)

Para refletir e partilhar:

01. Num mundo marcado por relações impessoais, o que significa ouvir de Jesus que o pastor "conhece suas ovelhas, elas escutam a sua voz; ele chama as ovelhas pelo nome..."?

02. Disse Jesus, "Eu sou a porta. Quem entrar por mim, será salvo; entrará e sairá e encontrará pastagem." Em que sentido Jesus é a porta? Como ele veio trazer a vida em abundância?

03. Quais são as características de um/a lider que seja no mundo de hoje bom/boa pastor/a?


Oração

Deus de ternura,
conduze à alegria do teu reino 
todos os homens e mulheres que buscam teu rosto,
para que o pequeno rebanho dos discípulos e discípulas de Jesus
possa atingir, apesar da sua fraqueza, 
a estatura da maturidade de Cristo, nosso pastor,
por quem te pedimos na unidade do Espírito Santo.
Amém.

sábado, 19 de março de 2011

Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo meu agrado. Escutai-o

II Dom. Quaresma (Ano A): Gn 12, 1-4ª; Sl 32 (33); 2Tm 1, 8b-10; Mt 17, 1-9


Escrito sobre o pano de fundo do relato da conclusão da aliança no Sinai (Ex 24,1-18), no qual aparece o símbolo da shekiná para designar a presença e a habitação de Deus junto ao seu povo, o relato da transfiguração foi organizado para mostrar que Jesus, por sua paixão e ressurreição, é a nova shekiná, tenda e morada de Deus para os seus discípulos. Daí o jogo simbólico com o qual se tece o texto: Jesus resplende de luz; a nuvem cobre o monte tal como antes invadia a tenda da reunião; Moisés e Elias, figuras-símbolo da lei e dos profetas, se fazem presentes para atestar que Jesus veio completar a história da salvação. Mateus apresenta plasticamente aquilo que João, mais tarde, iria expressar poeticamente: “A palavra se fez carne, armou sua tenda entre nós e nós vimos sua glória” (Jo 1,14).

Como uma espécie de anúncio pascal antecipado, revelando e confirmando a identidade profunda de Jesus, o filho amado de Deus, o fato da transfiguração antecipa aos olhos dos discípulos a glória do Cristo e os encoraja em sua missão, mas não tira nada da radicalidade do seguimento. Jesus é servo e sua glória passa pela cruz. A palavra de ordem é seguir e ouvir. Neste caminho, há exigências radicais, envolvendo a entrega da própria vida. O relato da transfiguração aponta para o nosso destino vitorioso e nos ensina a não ter medo e a não fugir dos sofrimentos que a nossa missão exige. A glória revelada está em estreita conexão com a obediência à palavra. Escutar a sua palavra passa a ser a forma suprema de adorá-lo e reverenciá-lo. O caminho cristão é um caminho de seguimento e identidade com Jesus, de aprender com ele, de ser filhos no Filho. O discípulo, iluminado pela palavra do Cristo, torna-se um ícone vivo e permanente da glória do Senhor.

Na tradição das Igrejas, os catecúmenos são chamado de “iluminandos”, isto é, os que se deixam transfigurar pela luz que vem de Deus. Paulo aos romanos (Rm 13,11), assumindo este simbolismo batismal, fala da armadura luminosa que o discípulo deve vestir. Não é à toa que, na celebração do batismo, o(a) batizado(a) recebe a luz de Cristo. O símbolo da luz, presente em todas as celebrações da comunidade, aponta para este aspecto de nossa identidade cristã: em Jesus nos tornamos filhos e filhas da luz, para a glória de Deus Pai.
(Extraído do Dia do Senhor)

Para refletir e partilhar:
01. Você acredita que hoje as pessoas, a exemplo de Jesus, revelam sua identidade mais profunda? Por quê?
02. Como discípulo/a de Jesus você e sua comunidade têm buscando ouvir sua Palavra? Como esta experiência ajuda a seguir o seu caminho? Partilhe.
03. Qual a palavra que mais chamou a sua atenção este Evangelho? Comente.


Oração

Ó Senhor, nosso Deus,
que nos mandaste ouvir o teu Filho muito amado,
alimenta-nos sempre com a tua palavra,
para que, com fé firme e pura,
tenhamos nossa alegria na glória de Cristo,
por quem te pedimos, na unidade do Espírito Santo.
Amém.


sábado, 5 de março de 2011

Quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática...

IX Dom. TC (Ano A): 1ª Leitura - Dt 11,18.26-28.32; Salmo - Sl 30
                               2ª Leitura - Rm 3,21-25a.28; Evangelho - Mt 7,21-27


O evangelho encerra o Sermão da Montanha (caps. 5 a 7), focalizando a relação entre a palavra e a ação. Senhor! Senhor! É uma aclamação litúrgica, que expressa a fé da comunidade reunida em oração. Mas a fé deve ser integrada com a vida através de ações misericordiosas e transformadoras, como as que foram reveladas ao longo do sermão. Cumprir a vontade do Pai (v.21) é a condição indispensável para fazer parte do Reino de Deus. A fé coerente e verdadeira de quem realiza a vontade de Deus é acentuada por Jesus mediante a imagem da construção de duas casas. O primeiro construtor é sábio, pois edifica a casa sobre fundamentos sólidos, capazes de resistir às chuvas torrenciais e aos ventos impetuosos. Já o segundo é insensato, porque constrói a casa sobre o terreno que desmorona com facilidade. A comparação mostra que os verdadeiros discípulos constroem sobre a rocha, sobre Cristo e sua Palavra. 

A 1ª leitura recorda o discurso de Moisés para salientar a necessidade de gravar a palavra do Senhor no coração, deixando-a sempre diante dos olhos. O povo escolhe o caminho da bênção, seguindo com fidelidade os mandamentos de Deus. O salmo revela a bondade e a compaixão de Deus, que socorre os oprimidos. Paulo, na 2ª leitura, destaca que a humanidade pecadora é salva pela graça de Deus, em virtude da redenção realizada em Jesus Cristo.

Somos chamados/as a manifestar nossa fé em Jesus não só por palavras, mas esforçando-nos para cumprir a vontade de Deus. É preciso alicerçar a vida e a comunidade sobre Jesus, a rocha firme, confiando em sua graça para superar as adversidades e desafios decorrentes da missão.

(Extraído da Revista de Liturgia)
Para refletir e partilhar:


1. Qual o lugar que a Palavra de Deus ocupa em sua vida? Ouvir e praticar os ensinamentos de Jesus constituem um desafio para a Igreja hoje? Compartilhe.
2. O que significa, afinal, construir a casa sobre a rocha?
3. Destaque um ensinamento do sermão da montanha (Mt 5-7) que é particularmente uma boa-notícia para o mundo atual.


Oração

Ó Deus, pai e libertador nosso,
o teu amor por nós não falha nunca.
Olha o teu povo aqui reunido
e afasta de nós tudo o que nos oprime e humilha.
Ajuda-nos a experimentar o teu amor por nós,
em comunhão com Jesus, teu filho,
na unidade do Espírito Santo.
Amém.

sábado, 17 de julho de 2010

Uma só coisa é necessária. (XVI DTC - Ano C)

No evangelho, o episódio de Marta e Maria ressalta que a escuta da palavra de Deus, a fé, o amor contemplativo é fundamental para fortalecer o compromisso no serviço ao próximo. A escuta atenta de Maria e o serviço generoso de Marta são duas atitudes de adesão ao evangelho. Maria senta-se aos pés do Senhor para escutar a sua palavra em atitude de discípula (v.39; cf. 8,35 e At 22,3). Marta trabalha, preocupada em bem servir bem o Mestre. Jesus afirma que uma só coisa é necessária (v. 42) e elogia Maria por escolhido a melhor parte, que não lhe será tirada. E diz isso a Marta, para que também ela, na condição de servidora nos afazeres cotidianos, aprenda a buscar o essencial. O seu trabalho não pode tornar-se empecilho para o crescimento na fé.
Na 1ª leitura, Abraão e Sara acolhem os mensageiros de Deus, enviados para visitar, anunciar a salvação. No carvalho de Mambré, onde Abraão havia construído um altar (v.1; cf. 13,18), Deus manifesta sua presença de amor. O acolhimento, a gratuidade do patriarca Abraão é recompensada com um dom muito mais valioso: a promessa do nascimento do filho esperado.
A 2ª leitura destaca que, através das alegrias e sofrimentos decorrentes do anúncio do evangelho, participamos do ministério de Cristo. Por meio da vida, morte e ressurreição, o mistério escondido desde séculos e gerações foi revelado. Agora, Cristo está em nosso meio como a esperança da glória, da vida nova. Ele nos impele a anunciar a sua mensagem, a exortar e a ensinar com sabedoria, a crescer em comunhão com seu projeto de salvação.
A escuta atenta da palavra do Senhor é condição para que a evangelização seja realizada com sucesso. O anúncio da palavra e o serviço generoso e solidário ao próximo devem ser integrados com equilíbrio. Maria, Marta, Abraão nos ensinam a acolher com gratuidade o Senhor, que nos visita continuamente através da Palavra e dos irmãos necessitados. 
(Extraído da Revista de Liturgia)

Para reflexão e partilha: 
1. Você acha que as pessoas têm dificuldade de se silenciar e escutar o outro? Por quê? 
2.Qual é o lugar que a Palavra de Deus ocupa em sua vida cotidiana? E na comunidade onde você participa?
3. Comente o que disse Jesus: "...Uma só coisa é necessária."


Oração 

Ó Deus, amigo dos pobres e peregrinos,
 nós te agradecemos porque,
 neste domingo,
 nos acolheste em tua casa
e partilhaste conosco tua palavra e tua força.
 Renovados pela graça da intimidade contigo,
 fiquemos sempre atentos à tua palavra de salvação,
 e sensíveis às necessidades de nossos irmãos e irmãs.
Por Cristo, nosso Senhor.
 Amém.