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segunda-feira, 21 de março de 2016

Hosana ao Filho de Davi!

Domingo de Ramos e Paixão (Ano C):
Lucas 19,28-40; Isaías 50,4-7; Salmo 22(21); Filipenses 2,6-11; Lucas 22,14-23,56


O relato [da Paixão] ressalta a humanidade de Jesus em profundo sofrimento, no lugar do Getsêmani. Na sua total solidão, derrama sua alma diante do Pai, em quem pode confiar plenamente. Manifesta-lhe toda sua fraqueza, pede-lhe socorro e dobra-se à vontade divina, mantendo-se firme na decisão de concluir sua tarefa com todas as consequências. Os discípulos, que deveriam vigiar com Jesus e apoiá-lo nessa hora de extrema dor, preferem abandonar-se ao sono. Jesus passou a vida fazendo o bem, fiel à missão que recebera do Pai. Sua fidelidade confronta-se com os grupos de poder, concentrados na capital, Jerusalém. 

O grupo da elite religiosa pertencente ao Sinédrio mantinha seu poder à custa da exploração do povo empobrecido, legitimando suas posturas com interpretações interesseiras da Sagrada Escritura. Apesar de anunciarem a vinda do Messias, conforme as Escrituras, não podiam conceber que essa promessa se cumpriria na figura de alguém despojado de poder e solidário com os fracos e pequeninos. Não só isso: Jesus não adotou a mesma maneira dos rabinos de interpretar a palavra de Deus e toda a tradição de Israel. Seu lugar social era outro. E, por isso, era outro o modo de conceber as coisas. Enquanto a teologia oficial, com base no sistema de pureza, excluía da salvação as pessoas “impuras”, Jesus revela aos “impuros” o seu amor prioritário e oferece-lhes a salvação divina.

(...) A comunidade cristã contempla a Jesus como o Servo sofredor, que, assumindo a perseguição, a condenação, a paixão e a morte que lhe impõem os seus inimigos, revela a plenitude de seu amor pela humanidade em total confiança no socorro de Deus Pai (Evangelho). Jesus “se despojou de sua condição divina, tomando a forma de escravo... Abaixou-se e foi obediente até a morte sobre uma cruz” (II leitura). A celebração do domingo de Ramos constitui momento propício para manifestar gratidão a Deus pelo seu amor sem limites e para refletir sobre nossa responsabilidade no mundo de hoje de nos empenhar, a exemplo de Jesus, pela causa da vida de todos, conforme refletimos ao longo desta Quaresma.

(Extraído da revista Vida Pastoral)

Para refletir e partilhar

01. O que a entrada de Jesus em Jerusalém nos ensina sobre a sua pessoa e missão?
02. De que forma Jesus se revela como o verdadeiro Messias? Em que se baseia sua autoridade?
03. Como a paixão, morte e ressurreição de Jesus se prolongam nos dias de hoje?

Oração

Ó Deus, com ramos de oliveira,
crianças e pobres aclamaram Jesus ao entrar na cidade santa.
Abençoa nossa comunidade aqui reunida,
com ramos nas mãos louvando o teu nome.
Que no meio deste mundo ameaçado
pela violência este sinal da vitória pascal do Cristo,
nos anime no trabalho pela paz.
Por Cristo, nosso Senhor. 
Amém.


domingo, 3 de janeiro de 2016

' ... Ao verem de novo a estrela, os magos ficaram radiantes de alegria!'

Epifania do Senhor:  –  Isaías 60,1-6; Salmo 72(71); Efésios 3,2-6; Mateus 2,1-12

No evangelho, Jesus se manifesta como o Messias e Filho de Deus, o verdadeiro Rei que nasce em Belém (cf. Mq 5,1) para apascentar o povo (cf. 2Sm 5,2). Os magos ou sábios do Oriente que representam todos os povos que acolhem a chegada do Rei-Messias prefiguram a missão universal de fazer discípulos/as em todas as nações (28,19). A fé, o reconhecimento e a adoração desses sábios contrastam com a cegueira dos que ignoram a presença do Salvador. Temendo os movimentos messiânicos como ameaças a seus interesses de poder e riqueza, Herodes convoca os sumos sacerdotes e os escribas que conhecem as Escrituras (vv.5-6), mas não reconhecem Jesus (21,15). Na 1ª leitura, Jerusalém em vias de reconstrução, acolhe os povos que regressam do exílio babilônico e de outras partes, carregados de oferendas. A glória de Deus resplandece nos povos que se unem para construir uma nova cidade, solidificada no amor e na justiça. No salmo, o rei, como figura da justiça e paz divina, tem a responsabilidade de ser agente da libertação para o povo. A 2ª leitura acentua que o plano da salvação de Deus, destinado a todo ser humano, foi realizado plenamente em Cristo. Romperam-se as barreiras que dividiam os povos e assim também os gentios, como membros do mesmo corpo, tornaram-se participantes da mesma promessa de salvação.


A Epifania celebra a manifestação da universalidade da salvação em Cristo e impele os povos, unidos pela fé, a reconhecê-lo e adorá-lo como Deus vivo e verdadeiro. Ele é a luz, a palavra que ilumina o nosso caminho para que façamos resplandecer a sua presença amorosa de verdade e vida.

O Senhor Deus, hoje nos revela o seu Filho a todas as nações. Que Jesus, sempre nos guie e nos fortaleça em todas as iniciativas de unidade, de comunhão e de preservação da terra.

 (Extraído da Revista de Liturgia)
Para refletir e comentar:
01. Como a atitude dos magos em relação a Jesus se contrasta com a de Herodes?
02. Jesus se revela como luz para todas as nações, quais as barreiras que ainda precisam ser superadas nas comunidades e no mundo?

Oração 

Ó Deus de todos os povos, guiando os magos pela estrela,
tu revelaste hoje o teu filho Jesus a toda a humanidade.
Dá a nós, teus servos e servas, que já te conhecemos pela fé,
a graça de buscarmos sempre o teu rosto
e participarmos plenamente da tua luz.
Por Cristo, nosso Senhor! 
Amém.

sábado, 20 de dezembro de 2014

'Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!'




A anunciação do nascimento de Jesus, situada em Nazaré, uma pequena aldeia, revela o plano da salvação de Deus em favor do povo oprimido. Maria, comprometida com José mediante um contrato matrimonial que durava por volta de um ano, espera a manifestação de Deus com uma fé ativa. As palavras da saudação expressam a alegria pela realização plena das profecias messiânicas (Is 12,6; Sf 3,14-20). Jesus é o Senhor, o Emanuel, a presença viva e operante de Deus no meio do seu povo (Is 7,14; Ex 3,12- 14). O menino recebe o nome de Jesus, que significa: o Senhor é salvação e será grande, sendo chamado Filho do Altíssimo. Ele reinará para sempre, realizando a promessa de Deus à casa de Davi, representada por José. Deus, que manifesta sua presença na história através de sinais, como o da nuvem luminosa (Ex 40,35 e Nm 9,18-22), plenifica Maria com seu Espírito, cobrindo-a com o poder de sua sombra.

A 1ª leitura ressalta a gratuidade do favor divino que estabelece Davi como rei e constrói uma casa, uma dinastia perene. A promessa de um reino estável para sempre, a esperança messiânica de restauração total realiza-se plenamente em Cristo Salvador, descendente de Davi. O/a salmista canta eternamente a bondade e a fidelidade do Senhor à sua aliança. Na 2ª leitura, Deus manifesta a salvação à humanidade através da obra redentora de Cristo.

Maria de Nazaré, agraciada para ser a mãe do Messias Salvador, nos ensina a acolher a vontade de Deus com uma fé ativa. Crendo como Maria, é possível construir um mundo melhor, fazendo resplandecer a presença libertadora do Senhor no seio da humanidade.

(Extraído da Revista de Liturgia)

Para refletir e partilhar:
01. A exemplo de Maria,  você busca acolher e participar ativamente na novidade de Deus revelada em Jesus?
02. Quais sinais manifestam o novo de Deus em sua vida e no mundo?
03. Como você, sua família e comunidade estão se preparando para celebrar o Natal de Jesus?

Oração 

Derrama, Deus da vida, em nossos corações, a tua graça,
para que, conhecendo pela anunciação do anjo
 a encarnação de Jesus Cristo, teu Filho,
cheguemos, por sua paixão e morte, à glória da ressurreição.
Por Cristo, Nosso Senhor. 
Amém.



domingo, 1 de maio de 2011

Como o Pai me enviou, também eu vos envio.

II Dom. Tempo Pascal (A): At 2,42-47; Sl 117(118); 1Pd 1, 3-9; Jo 20,19-31


Na tarde do primeiro dia da semana, Jesus entra, coloca-se no meio dos discípulos e comunica o dom da paz, que liberta do medo e da opressão. O Ressuscitado mostra-lhes nas mãos e no lado as marcas da paixão. Os discípulos se alegram por verem o Senhor e reconhecerem que a força de sua ressurreição provém da entrega na cruz por amor. Jesus transmite o Espírito Santo, que havia prometido (Jo 16,7). O sopro lembra o dom da vida (cf. Gn 2,7) e indica a nova criação, pela ressurreição de Jesus. Com a força do Espírito de Jesus, os discípulos são enviados para libertar do pecado e construir a comunhão. Oito dias depois, Jesus aparece novamente aos discípulos, desta vez na presença de Tomé, repreendido por causa de sua incredulidade. Tomé, como representante de todos os cristãos que aderem ao Senhor, faz uma profunda profissão de fé: Meu Senhor e meu Deus! (v.28). Jesus afirma que são felizes aqueles que creem sem ter visto.

A 1ª leitura mostra que a palavra, a eucaristia, a oração e a comunhão fraterna sustentavam a vida e a missão das comunidades cristãs primitivas. Assim, todos os que abraçavam a fé viviam unidos e colocavam tudo em comum (v. 44). O salmo, relido na perspectiva cristã, convida a dar graças a Deus pela vitória de Cristo, a pedra angular do edifício, o alicerce da vida cristã. Na 2ª leitura, os cristãos reafirmam sua fé e esperança em Cristo, em meio a provações e discriminações.

Como Tomé, somos chamados a professar a fé no Senhor, presente na comunidade reunida, na palavra e na eucaristia. O Ressuscitado nos envia em missão com a força do seu Espírito, para que sejamos instrumentos de libertação, construtores de um mundo novo de paz e de fraternidade.

(Extraído da  Revista de Liturgia)


Para refletir e partilhar:

01. Como você procura viver a missão que Jesus confiou a comunidade dos seus discípulos (cf. Evangelho?
02. A sua comunidade vive a maneira das primeiras comunidades descritas na primeira leitura dos Atos dos Apóstolos? De que forma?

Oração

Ó Deus da Vida, dai-nos a graça de fazer a experiência pascal
e, assim, ver o vosso Filho ressuscitado presente no meio de nós e
professar nEle nossa fé.
Isto vos pedimos, pelo mesmo Cristo,
Nosso Senhor. Amém.


sábado, 12 de fevereiro de 2011

Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas.

                               2ª Leitura - 1Cor 2, 6-10; Evangelho - Mt 5,17-37



Com a autoridade de Messias e Filho de Deus, Jesus conduz os ensinamentos antigos à prática perfeita. Os seus seguidores são impelidos a buscar a verdadeira justiça, agindo conforme a vontade amorosa de Deus. Jesus lembra o mandamento: Não cometerás homicídio (v. 21; Ex 20,13) para extrair um sentido mais radical. Compromete seus discípulos/as a preservar não apenas a vida física, mas também a integridade moral. Exige a superação da raiva como meio para conservar a fraternidade, sem necessidade de recorrer aos tribunais. Mostra que a reconciliação com o irmão é condição para celebrar o culto agradável a Deus. Jesus recorda ainda outro mandamento do Decálogo: Não cometerás adultério (v.27; Ex 20,14). Ele destaca que a pessoa deve centrar todo o ser em Deus, pois antes do ato físico, o adultério ocorre no coração. O Reino de Deus, a vida de justiça, cria relações diferentes entre homem e mulher. Por isso, ao retomar Dt 24,1-4, Jesus ressalta que o matrimônio é um pacto de amor e fidelidade (vv.31-32). Jesus afirma ainda que o empenho dos cristãos em viver a sinceridade e a caridade, torna inútil qualquer juramento.

A 1ª leitura salienta que o Senhor dirige seu olhar para os que o temem (v.20). O ser humano, dotado de liberdade, tem a capacidade de escolher entre o bem e o mal. O Senhor deseja que todos escolham o caminho da vida, da salvação.

O salmo, o mais longo do saltério, está organizado em forma de acróstico, conforme o alfabeto hebraico. Expressa a fé e a confiança na palavra de Deus, ensinando a cumpri-la e a guardá-la no coração.

Na 2ª leitura, Paulo fala da misteriosa sabedoria de Deus, destinada para a nossa glória desde a eternidade.

Jesus revela a vontade do Pai e pede uma adesão total ao evangelho. Os seus ensinamentos apontam para o caminho da vida, libertando-nos de uma observância superficial dos mandamentos. É impossível honrar e prestar culto verdadeiro a Deus, se o irmão é desrespeitado em sua dignidade.

(Extraído da Revista de Liturgia)

Para refletir e partilhar:

1. Qual o sentido mais profundo das leis que Jesus nos desafia a seguir?
2. Como a vida e os gestos de Jesus encarnam o que ele diz, "Não vim para abolir (a Lei e os Profetas), mas para dar-lhes pleno cumprimento"?
3. A partir destas leituras, o que devemos fazer? Como devemos agir?


Oração

Deus, energia de salvação,
tu não nos abandonaste aos nossos próprios caprichos,
mas, por teus mandamentos, nos guiastes no teu amor.
Dirige teu olhar a nós,
teus consagrados e tuas consagradas,
e a todos que, nas diversas religiões e culturas, buscam a tua face.
Afasta-nos de toda hipocrisia e ambiguidade
e faze-nos ouvintes e praticantes dos teus ensinamentos.
Oramos em nome de Jesus, nosso Senhor.
Amém.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Eis o Cordeiro de Deus.

II Dom. TC (Ano A): Is 49,3.5-6; Sl 39; 1Cor 1,1-3; Jo 1,29-34


Jesus é apresentado por João Batista como o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (v.29). Lembrando o Servo Sofredor (Is 52,13-53,12), Jesus oferece a vida pela salvação. Ele é o Cordeiro Pascal (19,14), aquele que sela a aliança com seu sangue, inaugurando uma nova Páscoa, um novo êxodo. De sua morte redentora na cruz nasce o Espírito (7,37-39), que liberta do pecado e plenifica de vida. João é o precursor, enviado para dar testemunho da luz (1,6-8). Ele batiza com água, apontando para aquele que batiza com o Espírito Santo (v.33). Com a ressurreição, Jesus comunica o dom do Espírito a seus discípulos (20,19-23), para que continuem a sua missão libertadora. Assim, o batismo no Espírito do Cordeiro implica em cooperar na libertação do mundo do mal. João reconhece Jesus por revelação da graça de Deus. Ele caracteriza o caminho progressivo de fé do discípulo/a, pois passa do não conhecimento a ver em Jesus o Messias, o Cordeiro libertador, o Filho de Deus. 

A 1ª leitura, tirada do segundo cântico do Servo, reflete a expectativa do povo exilado na Babilônia de voltar à pátria. O Servo é chamado para exercer uma missão profética, universal, sendo luz das nações. O salmo ensina a cumprir a vontade de Deus, proclamando a sua justiça com fidelidade. 

Paulo, na 2ª leitura, saúda os cristãos de Corinto como apóstolo de Cristo. Mostra que a comunidade foi santificada e escolhida por Deus em Cristo mediante sua vida, morte e ressurreição.

A força do Espírito Santo nos impele a continuarmos a missão de Jesus, Servo e Cordeiro, doando a nossa vida para que o amor reine no mundo. Com a saudação litúrgica de Paulo (cf. 1Cor 1,3), demos graças ao Pai que revela sua paz em Jesus Cristo e nos chama a viver em comunhão..

(Extraído da Revista de Liturgia)

Para refletir e partilhar:

1. O que significa para nós hoje professar a fé em Jesus, o Cordeiro Deus que tira o pecado do mundo, que liberta o mundo do mal? Quais são os males presentes no mundo, na comunidade cristã, em nossa família e em nós mesmos que precisam ser eliminados?

2. Como Jesus tira o pecado do mundo? O que devemos também nós fazer?

3. Rezemos pelas vítimas das chuvas no Brasil e nos perguntemos o que podemos fazer para aliviar o seu sofrimento e impedir que situações como estas não voltem a ocorrer no nosso país.



Oração

Deus das promessas, teu filho Jesus assumiu nossa condição
para que fôssemos livres das forças da morte.
Derrama sobre nós o teu Espírito.
Que ele nos dê ânimo para continuarmos sua missão
de tirar o pecado do mundo,
lutando contra tudo o que fere a beleza do universo, a paz universal
e a dignidade das tuas criaturas.
Por Cristo, nosso Senhor.
Amém.


 

domingo, 26 de dezembro de 2010

Levanta-te, pega o menino e sua mãe e volta.

Sagrada Família (Ano A): Eclo 3,3-7.14-17a;  Sl 127; Cl 3,12-21; Mt 2,13-15.19-23


O evangelho ressalta que a presença constante de Deus Pai protege a vida e a missão de seu Filho, rejeitado pelos poderosos desde seu nascimento. Herodes sente-se ameaçado pela Boa Nova da salvação, trazida pelo Messias Salvador. Ele determina que todos os recém-nascidos sejam mortos. Deus age através de José, iluminando-o para que se deixe conduzir pelos sinais de vida. Realiza-se em Jesus, desde a infância, a experiência do povo de Israel: Ele vai para o Egito, como o patriarca José e seu exílio no Egito evoca o Êxodo. Do Egito chamei o meu filho (v.15). Como em Os 11,1, Deus chama Jesus do Egito para formar um novo povo através do seu ministério na Galiléia (4,12ss).

A 1ª leitura é um texto sapiencial que trata das relações familiares cotidianas. Evocando Ex 20,12 e Dt 5,16, acentua o dever de honrar e respeitar os pais, socorrê-los e compadecer-se deles na velhice. A fidelidade ao quarto mandamento do Decálogo, “honrar pai e mãe”, assegura felicidade e alegria.

Na 2ª leitura, o apelo é para nos revestirmos dos sentimentos de Jesus Cristo, deixando que a sua palavra habite em nós com abundância. É necessário revestir-se, sobretudo do amor, pois é o vínculo da perfeição que nos une fraternalmente.

A Sagrada Família de Nazaré é modelo de comunhão e amor para todas as nossas famílias. Com ela aprendemos a caminhar na fé, na constante sintonia com o plano divino, procurando viver com fidelidade mesmo dentro das vicissitudes e dificuldades da vida.

Damos graças a Deus que nos une numa fraternidade que supera diferenças e limites e nos faz crescer juntos, pela sabedoria e força que nos vem da palavra e do pão partilhados. No encontro pascal, à mesa da família possamos atingir a plena maturidade do Corpo do Cristo.
(Extraído da Revista de Liturgia)

Para refletir e partilhar:

1. "E a família, como vai?" Partilhe quais os maiores desafios que as famílias enfretam no mundo atual. Quais são as raizes destes desafios?

2. Embora enfrentando grandes desafios, no Evangellho de hoje, a Sagrada Família se mostra fiel ao plano de Deus.  Como a fé ajuda a viver o plano de Deus? Qual é afinal o plano de Deus que toda família é chamada a seguir?

3. Concretamente, quais as atitutes fundamentais para se viver em  comunhão com os diversos membros da família?


Oração

Ó Deus de bondade,
a santa família de Nazaré
é para todos nós um exemplo de obediência à tua vontade.
Dá-nos a graça de vivermos em nossos lares
a mesma comunhão de fé
para que, unidos pelos laços do amor,
possamos morar para sempre em tua casa,
com todos os que te são fiéis.
Por Cristo, nosso Senhor!
Amém.

















sábado, 25 de dezembro de 2010

Mensagem de Natal - 2012

Emanuel - Deus está conosco! - Feliz Natal!


O Povo que andava na escuridão viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte uma luz resplandeceu... Porque nasceu para nós um menino, foi-nos dado um filho; ele traz aos ombros a marca da realeza; o nome que lhe foi dado é: Conselheiro admirável, Deus forte, Pai dos tempos futuros, Príncipe da paz.
Isaías 9, 1.5

Queridos/as amigos/as, leitores e leitoras deste blog,

Fraternidade, comunhão e paz!

Ao celebramos o natal de Jesus Cristo, voltemos o nosso coração à Belém e demos graças à Deus pelo dom admirável do seu Filho, nascido de Maria, na pobreza de uma gruta, entre os marginalizados do mundo. 

"Após espera tão longa", entoemos hoje hinos de louvor e cantos de alegria, pois o Messias esperado já está no meio de nós.  Ele é verdadeiramente Emanuel, Deus com a gente! Ele se fez povo: carne em nossa carne, pobre entre os pobres. Voltemos o nosso olhar para criança deitada no cocho de Belém, na solitude da noite, na companhia de José e Maria, dos pastores, gente pobre, e dos animais.  Vejamos no recém nascido a faísca de Deus, luz que aquece nossa vida e enche de esperança nosso coração. Em comunhão com toda a criação, exaltemos nosso coração, pois a Palavra de fez carne e armou sua tenda entre nós! O Cristo esperado está conosco! Ouçamos novamente com alegria o anúncio do Natal: Não tenham medo! Eu anuncio para vocês a Boa Notícia, que será uma grande alegria para todo o povo: hoje, na cidade de Davi, nasceu para vocês um Salvador, que é o Messias, o Senhor! 

Que a celebração do Natal de Jesus nos anime a continuar a encarnar na vida esta Boa-Notícia do Deus sempre conosco, no meio de nós!

Que a Páscoa do Natal revigore nossos sonhos, renove nossas esperanças e fortaleça nossas lutas.

E que a Palavra de Deus - encarnada em Jesus Cristo - continue a iluminar nossos caminhos, orientar nossos projetos e guiar a jornada de fé de nossas comunidades.

Obrigado pelo carinho e amizade.

Nos encontramos sempre por aqui para ler, rezar, atualizar, viver e anunciar o mistério da Palavra feito carne em Jesus Cristo!

Um feliz e santo Natal para cada um/a e todos/as vocês!

Um grande abraço,

Jonas D. Christal

Lowell, MA, EUA - Natal 2010.

















sábado, 11 de dezembro de 2010

Os cegos recuperam a vista!




O primeiro a se posicionar a respeito de Jesus foi João Batista. Ele estava preso por ordem de Herodes Antipas (Mt 4,12). Da prisão ouve falar do que Jesus está fazendo e se decepciona. Conforme os profetas, ele tinha anunciado um Messias como juiz escatológico, armado de pá e fogo que viria trazendo ao mundo o julgamento de Deus, conforme Mt 3,10. Agora, na prisão, os discípulos contam a João notícias de um Jesus benéfico, acolhedor, disposto a perdoar. E João entra em crise de fé e de respeitabilidade por ter anunciado coisas que não se cumprem, como um falso profeta. Por isso João manda seus discípulos perguntarem a Jesus: “és tu o que devia vir, ou devemos esperar outro?”

Jesus não responde diretamente à pergunta de João. Mostra suas ações e manda que João as interprete. Jesus se baseia em outras passagens da escritura, como Is 35 e 61, que prometem um Messias manifestação do amor misericordioso de Deus. O cumprimento de profecias messiânicas confirma a missão.

O importante é que João não rompe a sua relação de adesão a Jesus. Mateus mostra a continuidade entre João e Jesus sublinhando que os dois têm a mesma mensagem (Mt 3,2 e 4,17) . O próprio Jesus confirma que João é profeta. Por sua conduta ascética é como o primeiro dos profetas, Elias, que se retirava ao deserto e enfrentava o rei e sua corte (1Rs 17-18).

Neste domingo alegramo-nos com esta boa notícia de que Deus se manifesta em Jesus, não como Juiz, mas como a manifestação amorosa de Deus, acolhendo os fracos, curando os doentes, anunciando a boa notícia aos pobres e pequenos.

Nesta celebração, sentindo a proximidade da festa, reacendemos a lâmpada da nossa espera e deixamos que ecoe em toda a nossa existência o grito insistente e fervoroso: Vem Senhor Jesus! Que ele venha para ativar as mãos enfraquecidas e firmar os joelhos vacilantes e dar esperança a toda pessoa que busca um sentido e luta por tempo novo de justiça e paz.

(Extraído do Dia do Senhor, Ano A)

Para refletir e partilhar:

1. A passagem de hoje indica que os gestos concretos de Jesus ("os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam etc") revelam a sua verdadeira identidade messiânica. Qual é a imagem que hoje as pessoas têm de Jesus? Ela é a imagem do Messias que vem trazer concretamente Boa-Notícia aos pobres e esquecidos/excluídos?

2. Como a sua comunidade prolonga os gestos de Jesus no mundo atual? Há cegos sendo curados, mortos ressuscitando, surdos ouvindo, pobres recebendo boa-notícias?

3. Qual a imagem você tem de Jesus? Ela é parecida com a imagem do Evangelho de hoje? Ela te traz alegria?

Oração

Ó Deus do universo,
tu vês o teu povo preparando,
fervoroso, o natal do Senhor.
Dá-nos a graça de trilhar com alegria
o caminho que ele nos abriu
e celebrar sempre o teu louvor.
Por Cristo Jesus, nosso Senhor!
Amém.

Agostinha Vieira de Melo
Desça como a chuva a tua Palavra,
que se espalhe como orvalho,
como chuvisco na relva,
como aguaceiro na grama. Amém!


sábado, 4 de dezembro de 2010

Convertei-vos (II Advento - Ano A)


As palavras de João retomavam as advertências dos profetas, usando imagens como a da fogueira que queima e limpa tudo e a do machado que corta as árvores. Escolhe uma citação do profeta do retorno (Is 40,3) ou seja, do segundo êxodo. João tem um aspecto de asceta como o grande profeta Elias em 2Rs 1,8, cuja volta a comunidade judaica espera até o dia de hoje como sinal do Messias (cf. Mt 11,15).

João goza de credibilidade de um profeta. Por seu estilo de vida e por sua atividade devidamente reconhecida, atraiu o povo. A ele vinham as autoridades religiosas e sociais de Israel. João se dirige a todos: judeus e não judeus, pobres e ricos... Pede conversão e justiça. Exige arrependimento, confissão pública e a conversão como fruto. Mas João não se considera a realização das promessas e as aponta no que “virá depois”. O êxodo, o deserto e o mar Vermelho apontam para a páscoa que vai se realizar em Jesus. Jesus foi discípulo de João, recebeu dele a formação de profeta e é ele o cumprimento de todas as promessas.

João acolhe e batiza o povo como sinal de abertura à vinda do Senhor. Ao mesmo tempo, desmascara os ouvintes impenitentes que não estão dispostos a uma mudança de vida. O papel do Batista é apontar o caminho da conversão. Ele tem consciência de ser apenas a voz que clama no deserto. Por isso, o apelo deste segundo domingo do advento é: "Preparai os caminhos do Senhor".

A nossa conversão não é uma condição para que Deus venha. O Senhor vem independentemente da nossa conversão e a sua chegada é tão certa como a aurora. Nossa conversão é sinal de que estamos abrindo os braços para a sua vinda. Por isso, na celebração deste domingo, ao acender a vela da coroa, deixemo-nos iluminar pela alegria da sua chegada, e que o Senhor mesmo nos purifique com o batismo do Espírito e do fogo.
(Extraído do Dia do Senhor, Ano A)



Para refletir e partilhar:
1. Entender conversão como sinal de acolhida ao Senhor que vem, o que nos ensina? Para nos voltarmos àquele que vem, o precisamos abandonar, deixar para trás?
2. Qual aspecto da vida de João Batista (palavra, gesto, atitude) que mais fala à você neste tempo do Advento?
3. Quem são e onde estão os "João Batista" de hoje?


Oração

Deus das misericórdias,
liberta-nos de tudo o que pode impedir
e atrapalhar nossa intimidade e comunhão
com o Cristo que vem ao nosso encontro.
Tua sabedoria nos conduza e guie,
para que participemos plenamente
da vida que veio nos dar.
Por Cristo, nosso Senhor.
Amém