sábado, 15 de outubro de 2011

“Dai a Deus o que é de Deus.”



No evangelho de Mateus, esta passagem marca o início de uma série de confrontos de Jesus com seus adversários. Dois grupos, aparentemente opostos nos seus interesses, se fazem representar: um grupo marcadamente religioso, os fariseus, e outro grupo conhecido por sua explícita simpatia ao dominador romano.

Mais do que uma simples evasiva a uma cilada, a resposta de Jesus aponta para a soberania do reino de Deus, independente dos jogos políticos e das artimanhas do poder. A resposta de Jesus não justifica, como muitos podem deduzir, a separação entre um mundo profano e um mundo sagrado, o de Deus e do César. Nem, como muitos no seu tempo esperavam, um governo teocrático, que subjuga tudo à tirania dos chefes religiosos. Jesus parece querer um outro ponto diferente, tanto da separação total entre Deus e César, como da fusão indiscriminada entre os dois mundos.

O que o Senhor afirma com clareza, tanto no seu jeito de responder frente ao ardil que lhe armaram, quanto no conteúdo material de sua resposta, é a profunda liberdade do discípulo do reino que, em todo o momento, precisa construir seu caminho de fidelidade a Deus. Suas opções não são determinadas por César – e não importa que sejam contra ou a favor dele -, mas total e plenamente subordinadas a Deus.

Este difícil e árduo caminho da consciência cristã, que precisa exercer, a toda hora, a virtude do discernimento para manter a obediência a Deus, encontra, na liturgia, uma fonte de alimentação. A palavra de Deus dada ao batizado(a) na assembléia litúrgica atua como a formadora da sua consciência e lhe fornece os critérios para que possa julgar e decidir no cotidiano, a fim de que Deus receba a sua parte e seu quinhão.
 (Extraído do Dia do Senhor)

Para refletir e partilhar:
1. A exemplo de Jesus, você já se viu numa situação de conflito por causa de suas convicções religiosas? Partilhe. Como você se sentiu? Onde você buscou forças para não esmorecer?
2. O que significa hoje para a/o cristã/o o apelo de Jesus "Dai a Deus o que é de Deus"? 
3. A sua comunidade e família apoiam o seu compromisso com o Reino de Deus? Compartilhe.


Oração

Ó Deus da vida,
dá-nos, a cada dia,
a graça de estar sempre a teu dispor
e te servir com um coração indiviso.
Por Cristo, nosso Senhor.
Amém. 



Um comentário:

  1. 1 A exemplo de Jesus, você já se viu numa situação de conflito por causa de suas convicções religiosas? Partilhe. Como você se sentiu? Onde você buscou forças para não esmorecer?
    R. Sim. Recentemente, uma pessoa conhecida na comunidade, falava sobre espiritismo, eu disse que acreditava no evangelho, ela me respondeu que o evangelho foi escrito por homens, achei muito forte suas palavras, fiquei chocada, abalada mesmo. Busquei forças no próprio evangelho.
    2. O que significa hoje para a/o cristã/o o apelo de Jesus "Dai a Deus o que é de Deus"?
    R. Para mim “Daí a Deus o que é de Deus” são: os pobres, os excluídos, os que praticam o bem, enfim o povo que sofre e vive a margem da sociedade refém de maus políticos.
    3. A sua comunidade e família apoiam o seu compromisso com o Reino de Deus? Compartilhe.
    R. Sim. Tanto minha família, como minha comunidade tem comprometimento com o Reino de Deus.
    Celi

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