sábado, 22 de outubro de 2011

“Amarás o Senhor... Amarás ao teu próximo.”



O evangelho de hoje nos situa diante de uma pergunta muito importante não apenas para os judeus, como também para nós, cristãos: o maior mandamento. É importante para nós, seguidores de Jesus, porque o mandamento nos reporta à prática evangélica.

A resposta de Jesus, fundamentada na Escritura, une dois mandamentos já conhecidos e praticados pelos judeus. O primeiro é amar a Deus (Dt 6,5), que resume a vocação própria de Israel, a razão de sua existência. Em Cristo, essa vocação estendeu-se a todos nós, chamados a amar a Deus no Filho amado. Ele nos ensinou o caminho de acesso a Deus Pai, no amor e na doação de sua vida integralmente. O segundo é amar o próximo como a si mesmo (Lv 19,18), cujo fundamento é Deus, que ama o ser humano. A realização desse mandamento faz parte da vocação de Israel e, em Jesus, chegou à plenitude, porque Cristo amou o próximo não como a si mesmo, mas como o Pai o ama. Deu-se totalmente ao outro como se dava totalmente ao Pai e como o Pai se dava a ele. Sem reservas. Por isso, ao unir os dois mandamentos e defini-los como vontade de Deus expressa na totalidade da Escritura (Lei e Profetas), Jesus apresenta uma novidade à sua época e a nós.

Jesus quer ressaltar que o mais importante para cumprir a vontade de Deus não é o muito fazer, seja por Deus, seja pelos irmãos. O importante é ser para o outro, como ele próprio foi para Deus e para o próximo. Toda a sua vida e missão traduziram quem ele é: o Filho amado. Toda a sua ação em prol do outro foi baseada no amor filial, fonte de sua existência.

Toda a Escritura (Lei e Profetas) testemunha que a realização da vontade de Deus está no cumprimento do duplo mandamento de amar a Deus e o próximo. Tudo o mais, nossos afazeres, nossas devoções etc. só têm sentido se nascem desse mandamento.
 (Extraído da revista Vida Pastoral)

Para refletir e partilhar:
01. Por que ainda se separa o amor a Deus e o amor ao próximo? Esta separação tem algum sentido para a/o cristã/o?
02. Como Jesus amou a Deus e ao próximo?
03. Como você e sua comunidade buscam conciliar o "amar a Deus" com o "amar o próximo"? 


Oração 

Ó Deus da vida, dá-nos, a cada dia,
a graça de amar te com um coração puro, indiviso,
e te servir com alegria nas/os irmãs/os.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém


Um comentário:

  1. 01. Por que ainda se separa o amor a Deus e o amor ao próximo? Esta separação tem algum sentido para a/o cristã/o?
    R. Na minha opinião quem diz que ama a Deus e ignora o próximo, na verdade ama somente a si mesmo, não é possível amar a Deus sem amar o próximo.
    02. Como Jesus amou a Deus e ao próximo?
    R. Jesus amou a Deus fazendo a Sua vontade, e ao próximo doando-se inteiramente a ele.
    03. Como você e sua comunidade buscam conciliar o "amar a Deus" com o "amar o próximo"?
    R. Participando da vida do próximo, ajudando-o na dificuldade e participando de suas alegrias, há também o próximo de passagem, quando o encontramos em momentos de sofrimento: em hospitais, em acidentes, em catástrofes, é ajudando esse desconhecido que podemos dizer “eu amo a Deus e o próximo como a mim mesmo”.
    Celi

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