V Domingo do
Tempo Pascal (Ano C): At 14,21b-27; Sl144(145); Ap 21,1-5a; Jo 13,31- 33a.34-35.
O
evangelho faz parte dos discursos de despedida (caps. 13-17) e apresenta o novo
mandamento do amor fraterno no contexto da última ceia. O Pai é glorificado no
Filho exaltado na cruz, com sua vitória sobre a morte pela ressurreição. Como
um pai que deixa um testamento aos filhos, Jesus se dirige aos discípulos,
dizendo: Eu vos dou um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros, como eu vos
amei (13,34). Assim, o Mestre Jesus oferece um sentido novo ao mandamento do
amor ao próximo (cf. Mc 12,31; Lv 19,18), mediante a entrega da própria vida
por amor. O amor mútuo torna-se o sinal distintivo dos seguidores/as de Cristo:
Nisto conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros
(13,35). Trata- -se de um amor gratuito, recíproco, manifestado em gestos
concretos de solidariedade. Antes de manifestar o amor extremo na cruz, Jesus
ora pela fidelidade dos discípulos, para que o amor com que o Pai o amou esteja
neles, e ele mesmo esteja neles (17,26). Na 1ª leitura, Paulo e Barnabé visitam
as novas comunidades e instituem lideranças locais, para que permaneçam firmes
na fé. Concluindo a primeira viagem missionária, eles retornam à Antioquia da
Síria e narram as maravilhas que Deus realizou através deles, abrindo a porta
da fé para os gentios. O salmo é um canto de louvor a Deus, pois ele é bom e
compassivo com todas as criaturas. Deus permanece conosco, para manter vivo o
sonho de um novo céu e uma nova terra, uma nova Jerusalém (2ª leitura). A
salvação se manifesta realizando a nova criação, a vitória completa da vida
sobre a morte, o caos, a destruição.
A
entrega de Cristo por amor fortalece a nossa missão de discípulos/as diante dos
desafios e sofrimentos por causa do evangelho. Amando-nos mutuamente como Jesus
nos tem amado, cooperamos para criar um mundo novo e glorificar o Pai que veio
morar conosco.
Ao
redor das mesas da Palavra e da Eucaristia antecipamos o sonho de novos céus e
nova terra, onde não haverá luto, nem choro, nem dor. Com fé anunciamos a uma
só voz a morte do Senhor, proclamamos sua ressurreição com a certeza de sua
vinda definitiva.
(Extraído da Revista de Liturgia)
Oração
Deus, Pai de bondade, que nos redimistes e adotastes como filhos e filhas,
concedei aos que creem no Cristo a liberdade verdadeira e a herança eterna.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém.