sábado, 8 de novembro de 2014

“Destruí este Templo, e em três dias eu o levantarei”.


Festa da Basílica de Latrão: Ez 47,1-2.8-9.12; Sl 45(46); 1Cor 3,9c-11.16-17; Jo 2,13-22.

Por ocasião da festa da Páscoa, a cidade de Jerusalém se enchia de peregrinos. A Páscoa era, para os judeus, a festa principal, pois nela o povo recordava a libertação da escravidão do Egito. No tempo de Jesus, o povo ia a Jerusalém para essa celebração festiva. Contudo, a Páscoa deixara de ser uma festa popular e de vida por ser manipulada pelas lideranças religiosas, econômicas e políticas daquele tempo. O povo vai a Jerusalém para celebrar a libertação, mas o que lá encontra é a maior exploração. (...)
Jesus não concorda com essa situação. João nos mostra Jesus usando um chicote. Toca os animais e os vendedores para fora do templo. Manda que os vendedores de pombas tirem aquilo dali. (...) Com esse gesto, Jesus inaugura os tempos do Messias. Zacarias previa um tempo em que o culto estaria plenamente isento da exploração do povo. Para João, esse tempo chegou com Jesus. A partir de agora ninguém mais poderá, mesmo que o faça em nome de Deus, defender um culto ou religião que sejam coniventes com a exploração do povo. (...)

Os dirigentes, que se sentem lesados pelo gesto de Jesus, reagem. Eles o querem intimidar: “Que sinal nos mostras para agir assim?” (v. 18). Jesus lhes responde que sua morte e ressurreição serão o grande sinal: “Destruam este templo, e em três dias eu o levantarei” (v. 19). Temos aqui o centro do evangelho deste dia. Jesus não só aboliu os sacrifícios do templo de Jerusalém, mas decreta que o novo templo será o seu corpo, morto e ressuscitado. (...)

O evangelho mostra que Jesus não compactua com uma religião que se torna simples fator econômico, explora e massacra os pobres. Ainda que se diga que isso é em nome de Deus, são coisas que não se sustentam diante da prática de Jesus e merecem acabar. A exploração da fé ingênua das pessoas termina à medida que essa fé deixa de ser tão ingênua e assume verdadeiramente Jesus como o centro.

A comunidade bem centrada em Jesus e coerente com seus ensinamentos e sua prática supera as tensões e adversidades e se torna santuário, fonte de vida para todos.

(Fonte: Vida Pastoral).

Oração 

Ó Deus, que edificais o vosso templo eterno com pedras vivas e escolhidas,
difundi na vossa Igreja o Espírito que lhe destes para que o vosso povo cresça sempre mais,
construindo a Jerusalém celeste.
Por Cristo, Senhor Nosso. Amém.




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