sábado, 11 de setembro de 2010

Alegrem-se comigo! (XXIV DTC - Ano C)


Hoje escutamos três parábolas de Jesus: um homem no campo e sua ovelha extraviada; uma mulher em casa e sua moeda perdida e a terceira a parábola do pai amoroso e seus dois filhos. As três parábolas, hoje proclamadas, foram contadas aos fariseus em vista de suas críticas às relações de amizade e proximidade de Jesus com os cobradores de impostos e com os pecadores públicos. Através delas, Jesus quer chamar a atenção para a misericórdia do Pai, anunciando alegria a coletores e pecadores e causando mal-estar aos fariseus, bem representados na figura do filho mais velho da terceira parábola.
Na comunidade humana, cada um é único e original, independentemente daquilo que faz ou deixa de fazer, e não pode ser excluído ou descartado. Sua falta deixa uma grande lacuna, assim como o pastor ressente a ovelha que fugiu, a dona de casa se aflige pela moeda que perdeu e o pai sofre com a ausência do filho que partiu. O filho mais velho da terceira parábola – e se esta fosse só a parábola do filho pródigo, poderia ter acabado quando o filho rebelde voltasse – tem a função de sinalizar, para todos nós, o papel que assumimos ao valorizarmos em demasia a lei e a moral, em detrimento da ternura ao necessitado, do respeito ao outro, da acolhida ao diferente.
Estas três parábolas nos ajudam a evangelizar nossas relações, tornando nossas comunidades cristãs ícones da misericórdia, escolas de compaixão, alegres testemunhas de um Deus que possui um amor de predileção pelos pequenos e uma preocupação extravagante pela pessoa na sua individualidade.
A celebração litúrgica, sendo lugar de reunião sem discriminação e de atenção às pessoas, é sacramento do cuidado de Deus para conosco. Nela, a ação do Espírito opera em nós a transformação de nossas atitudes de indiferença para uma atitude de adesão à Palavra e fidelidade aos mandamentos de Deus,  colocada em prática na relação com aqueles e aquelas que a sociedade descartou.
 (Extraído da Revista de Liturgia)
Para reflexão e partilha:

1. Como nestas parábolas e através da sua ação Jesus revela e coloca em prática a ternura e a misericórdia de Deus? 
2. De que maneira você busca manifestar o amor misericordioso de Deus?
3. A exemplo das parábolas de hoje, sua comunidade é acolhedora? Procura quem se perdeu e acolhe bem quem retorna?
Oração

Ó Deus, tu fizeste festa para nós,
pobres e pecadores, e nos deste,
 nesta celebração,
tantas provas de carinho para conosco.
Esta certeza nos anime nas lidas
e lutas desta semana e nos torne, cada vez mais
consagrados e consagradas ao teu reino.
Por Cristo, nosso Senhor.
Amém.



Misericordias domini in aeternum cantabo
(A misericórdia do Senhor, sempre, sempre eu cantarei)

Cantarei eternamente as misericórdias do Senhor.
Para sempre proclamarei a sua fidelidade.
Os céus celebram as tuas maravilhas, Senhor!
Feliz o povo que sabe louvar e bendizer e caminhar à luz do teu rosto

Um comentário:

  1. 1. Como nestas parábolas e através da sua ação Jesus revela e coloca em prática a ternura e a misericórdia de Deus?
    R. Sim. Deus é amor, e sua ternura e misericórdia são infinitas. Ele perdoa sempre, todos os nossos pecados Ele sempre tem compaixão de nós, hoje nós refletimos (aqui na nossa comunidade) a parábola do Filho Pródigo e mais uma vez vimos o amor do Pai para conosco, seu perdão e sua misericórdia.
    2. De que maneira você busca manifestar o amor misericordioso de Deus?
    R. Hoje, particularmente, eu preciso que o amor misericordioso de Deus se manifeste em mim e acalente meu coração e me perdoe por eu não ter condições de fazer seu amor se manifestar em outras pessoas através de minhas palavras ou ações.
    3. A exemplo das parábolas de hoje, sua comunidade é acolhedora? Procura quem se perdeu e acolhe bem quem retorna?
    R. Minha Comunidade é acolhedora, porém não busca aqueles que se perdem, apesar de sentir preocupação pela sua ausência, mas acolhe muito bem aquele que retorna. (Por sermos uma comunidade pequena nós conhecemos e nos cumprimentados pelo nome).
    Celi

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