XXXIII Dom TC (Ano B): – Dn 12,1-3; Sl 16(15); Hb 10,11-14.18; Mc 13,24-32.
O evangelho reflete um contexto assinalado por
conflitos, sobretudo a guerra judaica (66-73 d.C), marcada pela destruição do
templo e da cidade de Jerusalém. Renasce a tradição profética e apocalíptica,
com a esperança de um tempo novo de salvação. A manifestação gloriosa de Jesus
é descrita com a fé pascal: após a grande tribulação, verão o Filho do Homem
vindo entre nuvens com grande poder e glória. Jesus é a luz que vence as trevas
da opressão e da morte através da ressurreição. Sua presença de paz
estabelecerá definitivamente o Reino de Deus, já revelado com sua vida. A
espera da revelação plena do Reino deve ser ativa, como mostra a imagem da
figueira (cf. vv. 28-29). Os ramos verdes e as folhas que brotam são sinais da
ação de Deus nos acontecimentos da história. As palavras de Jesus não passarão,
pois seu valor é eterno. Foram guardadas pelos primeiros cristãos e permanecem
para revigorar o compromisso a serviço do Reino.
A 1ª leitura fala da esperança de salvação. A promessa
da ressurreição impele a viver a justiça em meio às perseguições, por causa da
fidelidade à aliança. Jesus, vencendo a morte pela ressurreição, realiza
plenamente a esperança da vida eterna. O/a salmista expressa a confiança no
Deus da vida que não abandona o justo na morte. A experiência da comunhão faz
vislumbrar a felicidade no Reino celeste. Cristo com uma única oferenda levou à
perfeição definitiva os que ele santifica (2ª leitura). A fé proporciona
participar da obra redentora de Cristo e viver a vida nova.
O Reino de Deus, anunciado por Jesus, deve continuar
sendo construído pela prática da solidariedade. É necessário estarmos atentos
para perceber os sinais de salvação. Deixemo-nos conduzir pelas palavras de
Cristo, para permanecermos no caminho de fidelidade a seu projeto.
(Extraído da Revista de Liturgia)
Oração
Deus da paz,
enche nossa vida com a alegria de
te servir
com um coração indiviso
e faze-nos experimentar
profundamente
a felicidade de trabalhar por ti,
criador de tudo, e por teu reino.
Por Cristo, nosso Senhor.
Amém
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