XVII Dom TC (Ano B): – 2Reis
4-42-44; Salmo 145(144); Efésios 4,1-6; João 6,1-15
O relato da multiplicação dos pães, narrado também pelos
outros evangelistas, tem a finalidade de suscitar a fé em Jesus que realizava
sinais de salvação, sobretudo em favor dos doentes. A alusão à Páscoa, a festa
dos judeus, mostra Jesus como o novo cordeiro pascal, que oferece a vida para
alimentar a humanidade. A compaixão de Jesus, que vê a grande multidão
necessitada ir ao seu encontro, suscita o comprometimento dos discípulos: Onde
vamos comprar pão para que eles possam comer? (v.5). Jesus leva os discípulos a
compreenderem que ele é o grande sinal do Pai, o pão vivo descido dos céus para
dar a vida. Os gestos de tomar os pães, dar graças e distribuir (vv.10-11) são
os mesmos que Jesus realizou na última ceia e acentuam que o pão distribuído é
sinal de sua vida doada por amor. Com sua ação salvadora, os cinco pães de cevada
e os dois peixes multiplicam-se e alimentam a multidão.
Eliseu, na 1ª leitura, sacia a fome de muitas pessoas
com apenas alguns pãezinhos. Esse fato é associado à fartura do tempo
messiânico, realizada em Jesus Cristo. O/a salmista expressa a confiança no
Senhor, pois ele fornece o alimento e sacia todo ser vivo com fartura. A 2ª
leitura exorta a vivermos a unidade no amor, pois formamos um só corpo,
sustentados pela mesma fé e esperança no Deus, Pai de todos.
A abundância, não a falta de alimentos ou a fome,
caracteriza a presença do Reino de Deus revelada em Jesus. Seu exemplo nos
impele a abrir o coração ao amor e à fraternidade universal, comprometendo-nos
com seu projeto para que todos tenham vida plena.
Oração
Ó Deus, nossa força e nossa
esperança,
tu santificas as nossas vidas com
a ternura do teu Espírito.
Derrama sobre nós a tua
misericórdia
para que, guiados e conduzidos
por ti, pratiquemos a justiça na terra
e testemunhemos firmemente o teu
reino.
Por Cristo nosso Senhor.
Amém.
Amém.
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