Estamos diante de um texto central do evangelho de
João. O contexto é a festa da páscoa, daí a presença de gente de fora,
“gregos”, simpatizantes do judaísmo, que vieram para participar da festa. Todos
correm atrás de Jesus (v. 19), mas ele sabe que deve, primeiro, ser exaltado na
cruz. Jesus anuncia a hora e a descreve em forma de parábola: um grão de trigo
que cai na terra e morre para produzir fruto. Os cristãos, iniciados no caminho
de Jesus, entendiam esta palavra, os gregos certamente não. Depois, vem a
explicação: quem torna a própria vida objeto último do seu compromisso anda por
caminho errado. A máxima realização humana é ser capaz de ultrapassar os
limites da própria acomodação para estar a serviço dos irmãos.
A hora de Jesus não é espetacular, coincide com a sua
exaltação, que é, antes de tudo, elevação na cruz (v.32-33). Embora João
coloque a morte de Jesus como glorificação, ele não esconde o drama humano da
sua existência, o drama da obediência ao Pai. A glorificação de Deus em Cristo
é a obediência até o fim. Esta hora de Jesus, no evangelho de João, corresponde
ao Getsêmani (cf. Mc 14,41).
Neste quinto domingo da quaresma, aproximando-nos da
páscoa, estamos face a face com o núcleo do mistério da nossa fé. Diante de
Jesus na cruz, cada um(a) se encontra sozinho(a). Ficamos diante do único
caminho que pode nos levar à plena realização humana: dizer sim ao amor que é
capaz de dar a vida, como um grão que cai na terra.
(Extraído do Dia do Senhor)
Para refletir e partilhar:
01. Você vive a vida como um sim ao amor que é capaz de dar a sua vida, como um grão que cai na terra?
02. Quais aos frutos que sua comunidade produz por viver a vida cristã como serviço e doação?
03. Quais são as pessoas que hoje te inspiram a viver esta Palavra? Como elas te inspiram?
Oração
Senhor, nosso Deus,
dá-nos a graça de caminhar com alegria
no mesmo amor que levou teu Filho
a entregar sua vida pela salvação
da humanidade.
Por Cristo, nosso Senhor.
Amém.
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