terça-feira, 31 de março de 2015

Semana Santa









Ó Senhor, Deus da Vida
dá-nos a graça de caminhar
com fé e alegria
no mesmo amor
que levou teu Filho
a entregar sua vida
pela salvação da humanidade.
Por Cristo Nosso Senhor.
Amém.





sábado, 21 de março de 2015

Se o grão de trigo que cai na terra não morre...

V Dom Quaresma (Ano B):  –  Jr 31,31-34; Sl 50(51); Hb 5,7-9; Jo 12,20-33.


Estamos diante de um texto central do evangelho de João. O contexto é a festa da páscoa, daí a presença de gente de fora, “gregos”, simpatizantes do judaísmo, que vieram para participar da festa. Todos correm atrás de Jesus (v. 19), mas ele sabe que deve, primeiro, ser exaltado na cruz. Jesus anuncia a hora e a descreve em forma de parábola: um grão de trigo que cai na terra e morre para produzir fruto. Os cristãos, iniciados no caminho de Jesus, entendiam esta palavra, os gregos certamente não. Depois, vem a explicação: quem torna a própria vida objeto último do seu compromisso anda por caminho errado. A máxima realização humana é ser capaz de ultrapassar os limites da própria acomodação para estar a serviço dos irmãos.

A hora de Jesus não é espetacular, coincide com a sua exaltação, que é, antes de tudo, elevação na cruz (v.32-33). Embora João coloque a morte de Jesus como glorificação, ele não esconde o drama humano da sua existência, o drama da obediência ao Pai. A glorificação de Deus em Cristo é a obediência até o fim. Esta hora de Jesus, no evangelho de João, corresponde ao Getsêmani (cf. Mc 14,41).

Neste quinto domingo da quaresma, aproximando-nos da páscoa, estamos face a face com o núcleo do mistério da nossa fé. Diante de Jesus na cruz, cada um(a) se encontra sozinho(a). Ficamos diante do único caminho que pode nos levar à plena realização humana: dizer sim ao amor que é capaz de dar a vida, como um grão que cai na terra.  
(Extraído do Dia do Senhor)

Para refletir e partilhar:
01. Você vive a vida como um sim ao amor que é capaz de dar a sua vida, como um grão que cai na terra?
02. Quais aos frutos que sua comunidade produz por viver a vida cristã como serviço e doação?
03. Quais são as pessoas que hoje te inspiram a viver esta Palavra? Como elas te inspiram?


Oração 

Senhor, nosso Deus,
dá-nos a graça de caminhar com alegria
no mesmo amor que levou teu Filho
a entregar sua vida pela salvação da humanidade.
Por Cristo, nosso Senhor.
Amém.




sábado, 14 de março de 2015

“Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele.”


IV Dom Quaresma (Ano B):    2Cr 36,14-16.19-23; Sl 136(137); Ef 2,4-10; Jo 3,14-21.


A conversa de Jesus com Nicodemos assume a conotação de um diálogo com o judaísmo oficial de Jerusalém no tempo em que o evangelho de João foi escrito, depois da exclusão dos cristãos da sinagoga. Mostra que “os mestres em Israel”, apesar do entendimento que têm das Escrituras, pouco entendem sobre o reino e não nasceram da água e do Espírito (v. 5), sinais, para os cristãos, da iniciação no caminho de Jesus pelo batismo. Nicodemos está diante da chance única de fazer o caminho de um novo nascimento. Sozinho não pode entender, precisa receber a revelação de Jesus, aquele que vem do alto para tornar-se “filho da humanidade” e que foi exaltado na cruz.

João recorre ao Antigo Testamento para mostrar que, do mesmo modo que no tempo de Moisés, a serpente foi um sinal de libertação para o povo no deserto, para a comunidade cristã este sinal é Jesus, crucificado e glorificado. Ao mesmo tempo ele é o dom do amor de Deus à humanidade. Deus envia o seu Filho para que a humanidade tenha, já nesta terra, a vida eterna. No confronto com ele, o mundo se divide em duas categorias: os que aceitam a sua luz e os que a rejeitam pelo medo de encarar a própria vida na sua luminosidade. É um julgamento.

 A quaresma nos coloca diante do gesto supremo do amor de Deus realizado na existência humana de Jesus. Diante do seu gesto, não podemos ficar indiferentes. A sua luz revela a nossa verdade, e então, dependendo da escolha que fizermos, entramos na vida ou no apagamento de uma vida sem sentido, que se arrasta centrada em nossos pequenos interesses. Trata-se de agir movido por Deus, o que significa amor concreto, cada dia, como Jesus que amou sempre e até o fim.
(Extraído do Dia do Senhor)
Oração 

Ó Pai, fonte de luz e de vida,
por teu filho Jesus Cristo
reconciliaste a humanidade dividida.
Arranca de nós toda a sombra de tristeza
e liberta-nos totalmente para que caminhemos cheios de alegria
para as festas pascais que se aproximam.
Por Cristo, nosso Senhor. 
Amém.

terça-feira, 10 de março de 2015

“O zelo por tua casa me consumirá”.


III Dom Quaresma (Ano B):  –  Ex 20,1-17; Sl 18(19); 1Cor 1,22-25; Jo 2,13-25.


A proximidade da páscoa, com o seu grande consumo de animais, fazia com que o átrio do templo de Jerusalém se convertesse em um estábulo. Além disso, para o tributo do templo, o povo tinha que trocar dinheiro. Neste contexto e contra esses abusos, Jesus, continuando a tradição dos grandes profetas do povo de Israel, desde Natã até Jeremias, de desconfiança e crítica profética ao templo, realizou uma ação simbólica para expressar um oráculo e uma palavra de Deus. Assim, ele cumpriu a profecia de Zc 14,21, que anunciava o dia em que não haveria mais mercadores no templo do Senhor. O gesto de Jesus é apresentado como o anúncio da superação do templo e da introdução de uma nova compreensão de culto a Deus, baseado na obediência ao Pai. O lugar da verdadeira adoração de Deus não será mais o templo de Jerusalém, comprometido com os poderes do mundo, mas o templo do seu corpo martirizado e glorificado.

O(a) discípulo(a) de Jesus é convidado(a), na quaresma, a retomar este núcleo central da relação com Deus, a aliança com o Cristo, nova morada de Deus entre o seu povo. A prática de seus ensinamentos, em continuidade com o proclamado e o anunciado no domingo passado ( "Este é meu filho amado, escutem o que ele diz!"), torna-se a nova forma de adorarmos a Deus e constitui a essência do culto cristão. Como não cessavam de lembrar os pais da Igreja, "a prática da justiça constitue os sacrifícios que fazemos a Deus; o afastamento dos crimes, a forma com que nos reconciliamos com Deus; tirar um homem do perigo que lhe ameaça, a vítima mais preciosa que podemos imolar a Deus, de forma que, quanto mais se é justo, mais se é religioso" (Minúcio Félix).

Dessa forma, a comunidade dos que creem em Jesus, como corpo de Cristo, é o novo templo de Deus. E a assembleia da comunidade reunida para a celebração torna-se o lugar de realização desta adoração em espírito e verdade, onde ressoa a palavra do evangelho e onde se faz a memória subversiva da prática de Jesus, que não se apegou à sua vida, mas se deu em serviço de amor a seus irmãos.
(Extraído do Dia do Senhor)
Para refletir e partilhar:
01. Como a frase, "... Quanto mais se é justo, mais se é religioso." Como isso ocorre na vida da Jesus? E na sua? 
02. O que significa praticar a justiça no mundo de hoje?
03. Como você entende a frase, "o zelo por tua casa me consumirá"?

Oração 

Ó Deus, fonte de todo bem,
quiseste que dedicássemos este tempo quaresmal
à fraternidade, à oração e à renúncia de nós mesmos,
para que, fazendo morrer o pecado em nós,
fôssemos, por tua misericórdia, recriados para uma vida nova.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém.