sábado, 29 de dezembro de 2012

' Meus olhos viram a tua salvação!'

Domingo da Sagrada Família – Ecl 3,3-7.14-17a; Sl 128(127); Col 3,12-21; Lucas 2,41-52



O evangelho deste domingo chama a nossa atenção para a relação de Jesus com o Pai, sinalizando que sua missão ultrapassa os limites da família a que pertence. Aos 12 anos, tendo atingido a maturidade ele vai em peregrinação a Jerusalém. Após o término da festa, permanece em Jerusalém e os pais voltam para procurá-lo. Depois de três dias, o encontram no templo, sentado entre os mestres da Lei, participando ativamente do ensinamento. As pessoas ficavam maravilhadas com a sabedoria de Jesus. Ao vê- -lo, Maria disse: Filho, por que agiste assim conosco? A resposta de Jesus é um anúncio de sua identidade: Por que me procuravam? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai? (v.49). O Filho está envolvido com as coisas do Pai, pois foi enviado para realizar a sua vontade. Jesus desce com os pais para Nazaré e era obediente a eles. Maria guardava todas estas coisas no coração (v.51). Como discípula, ela conserva os acontecimentos para compreender a missão do Filho. Jesus ia crescendo em sabedoria, idade e graça diante de Deus e dos homens (v.52), seguindo as etapas normais do crescimento humano.

A 1ª leitura orienta as relações familiares, lembrando aos filhos o dever de honrar pai e mãe, conforme ensina o quarto mandamento (cf. Ex 20,12; Dt 5,16). No salmo, a fidelidade aos ensinamentos do Senhor leva a trilhar os seus caminhos de felicidade. Que o Senhor te abençoe cada dia de tua vida. A 2ª leitura exorta a revestir-se das virtudes e atitudes essenciais para seguir o caminho da vida nova. Coloca o amor como vínculo da perfeição, pois leva a formar um só corpo em Cristo, solidificado por sua palavra.

A Sagrada Família de Nazaré cumpre seus compromissos religiosos e ilumina as relações entre pais e filhos, sendo modelo para todos os lares. Maria conserva no coração a palavra e os acontecimentos, acolhendo com fé o plano de amor do Pai que se revela no Filho..
 (Extraído da Revista de Liturgia)


Oração 

Ó Deus de bondade, a santa família de Nazaré
é para todos nós um exemplo de obediência à tua vontade.
Dá-nos a graça de vivermos em nossos lares
a mesma comunhão de fé que uniu a família de Nazaré.
Assim irmanados pelos laços do amor,
possamos morar sempre em tua casa, com todos os que te são fiéis.
Por Cristo, nosso Senhor.
Amém

sábado, 15 de dezembro de 2012

Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem




As pessoas que estão à margem acolhem a palavra de Deus anunciada por João. Que devemos fazer? - perguntam as multidões, os publicanos e os soldados. João, seguindo a tradição dos profetas antigos, mostra que a conversão consiste em praticar a justiça e a fraternidade (cf. vv.10-14). A atuação de João faz renascer a expectativa da vinda do Messias. Mas João é o precursor e se considera inferior ao escravo mais humilde, encarregado de desatar as correias das sandálias. O batismo de João simboliza a conversão e prepara para receber o definitivo em Jesus. Como Messias, Jesus batizará no Espírito Santo e no fogo, realizando as promessas de salvação. A imagem da pá, separando os grãos de trigo da palha, acentua o sentido radical do anúncio profético. Jesus traz a Boa Nova da salvação, transformando as situações que impedem o crescimento do Reino. Sua presença libertadora proporciona alegria e paz, sobretudo às pessoas marginalizadas.

Sofonias, na 1ª leitura, convida à alegria e ao júbilo, pois o Senhor manifestou a salvação. A sentença foi revogada e foram afastados os que causaram destruição e exílio. A ação de Deus consola e encoraja: Não temas, pois o Senhor está no meio de ti. O cântico de Isaías é uma ação de graças ao Senhor que possibilita beber no manancial da salvação. A 2ª leitura exorta a testemunhar o evangelho com alegria e bondade, pois o Senhor está próximo. É necessário confiar no Senhor em oração, súplica e ação de graças.

Este é o domingo da alegria, sinaliza que o Senhor está próximo. Sua salvação já está atuando em nosso meio pela ação do Espírito Santo. O precursor do Messias nos chama a uma conversão autêntica, manifestada com frutos de justiça e de fraternidade.

(Extraído da Revista de Liturgia)

Para refletir e partilhar:
01. O que mais chama atenção no Evangelho? Qual é a palavra que mais se destaca para você? Por quê?
02. Que categorias de pessoas procuram João Batista? O que João responde a cada uma?
03. Como que João Batista, sua vida simples, seus gestos e suas palavras nos preparam para o Natal que se aproximam?
04. E nós, o que devemos fazer? Como ter uma vida simples num mundo marcado pelo desejo de comprar e possuir as coisas?

Oração 

Ó Deus do universo,
tu vês o teu povo preparando,
fervoroso, o Natal do Senhor.
Dá-nos a graça de trilhar com alegria
o caminho que ele nos abriu
e celebrar sempre o teu louvor
Por Cristo Jesus, nosso Senhor!
Amém. 


sábado, 8 de dezembro de 2012

Preparai o caminho do Senhor!


II Dom do Advento (Ano C):  – Br 5,1-9; Sl 126(125); Fl 1,4-6.8-11; Lucas 3,1-6

No evangelho, João Batista é chamado a preparar o caminho do Senhor, num tempo histórico bem determinado (vv.1-2). O seu chamado recorda o do profeta Jeremias (cf. Jr 1,1). Como profeta de Deus e precursor do Messias, João começa seu ministério no deserto e inaugura o novo êxodo anunciando o cumprimento das promessas em Jesus. Ele percorre a região do Jordão e sua palavra profética convida à conversão. O seu batismo expressa a disposição interior de trilhar o caminho novo da salvação. Sua missão prepara o povo para acolher o Reino de Deus, revelado plenamente em Jesus. Lembrando a mensagem profética do segundo Isaías, que havia sustentado a esperança dos exilados, João é a voz que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas. Trata-se de uma mudança radical para acolher o dom gratuito da salvação, oferecido a todas as pessoas em Cristo.

Na 1ª leitura, Jerusalém, iluminada pela luz do Senhor, veste o manto da justiça e recebe um nome novo: Paz da justiça e glória da piedade. Com a esperança do segundo Isaías, Baruc descreve a nova estrada no deserto, transformada pelo Senhor, que guia para um novo êxodo com sua justiça e misericórdia. O salmo 126(125) celebra a alegria e a gratidão pela volta dos exilados. A memória das intervenções de Deus suscita a esperança no presente. Paulo, na 2ª leitura, eleva a ação de graças a Deus pela participação dos filipenses no anúncio do evangelho. Com a ternura de Cristo Jesus, ele suplica que o amor cresça sempre mais, em todo conhecimento e experiência, para discernir o que é melhor.

O apelo à conversão propõe a mudança de mentalidade e de atitudes, para seguir com radicalidade o projeto de Deus a serviço da vida. Um novo céu e uma nova terra surgem a partir da transformação do nosso coração em Cristo pela mediação da Palavra.

(Extraído da Revista de Liturgia)


Para refletir e partilhar:
01. O que chamou a atenção no Evangelho? Qual a missão de João Batista? Que montanhas e vales são estes que precisam ser nivelados?
02. O que precisa de conversão em você, na sua família, na Igreja e na sociedade?
03. Qual Qual é a boa-nova que nos vem desta palavra? Onde encontramos no Evangelho uma palavra de esperança?
04. Que exemplo nos dá João Batista? Há pessoas como ele nos dias de hoje? Quem são?


Oração 

Ó Deus amigo da humanidade,
pela boca de João Batista anunciaste ao teu povo a boa-nova de Jesus Cristo,
como salvador e amigo dos pobres.
Vem em socorro de nossa pobreza e escuta o clamor que elevamos a ti,
em comunhão com tantos que sofrem e que esperam a tua libertação.
Derrama sobre nós o teu Espírito e consagra-nos como mensageiros de boas notícias
 para o teu povo que espera a plena manifestação de Jesus Cristo nosso salvador.
Amém.