32º Domingo T. C. (Ano A): Sab. 6, 12-16; Sl 63 (62); 1Ts. 4, 13-18; Mateus 25, 1-13
As dez moças da parábola, segundo o ritual de
casamento do tempo de Jesu, são uma espécie de “damas de honra”. Na noite do csamento, elas estão esperando o
noivo, que foi acertar o contrato nupcial com o pai da noiva e que vem para
conduzir a noiva à sua casa. No entanto,
o esposo demora a fechar o contrato e só chega muito tarde, quando a metade das
moças já não tem mais óleo para manter sua lâmpadas acesas.
Esta parábola, fortemente inspirada pelo Cântico dos
Cânticos e contada apenas por Mateus, serve para manter as comunidades –
representadas pelas moças – na espera amorosa da manifestação do reino. Talvez no momento em que o evangelho fosso
escrito, muitas comunidades estivessem desanimando e enfraquecendo sua
vigilância e na esperança da vinda do SEnhor. Daí a insistência: enquanto ele
não vem, é preciso estar vigilantes na expectativa desse encontro, com o óleo
preparado e o ouvido atento para escutar, na escuridão da noite, os sinais que
anunciam a sua chegada.
Não é à toa que o livro do Apocalipse termina com este
grito ansioso de espera da esposa/comunidade pela vinda do Cristo/esposo: “Vem,
Senhor Jesus!” (Ap 22, 21). Há uma
dimensão de advento que caracteriza, permanentemente, a dinâmica das
comunidades. O centro delas é o reino, para ele volta-se sua atenção, e, para
permanecer nesta atitude, elas envidam todos os esforços.
A reunião litúrgica da comunidade é a expressão-símbolo
dessa vigilância. Celebramos porque
vigiamos e vigiamos porque celebramos. Através dos dias e dos ano, essa chama
da espera do Senhor Jesus é mantida firme e acesa pelas assembléias litúrgicas,
especialmente através da eucaristia, quando a comunidade retoma a precese do
Apocalipse e proclama “Anunciamos, Senhor, a tua morte e proclamamos a tua
ressurreição, vem Senhor Jesus!”. Não é
sem razão que a vigília foi o primeiro tipo de oração das Igrejas cristãs. As comunidades se reuniam durante a noite de
sábado para acolher em oração o santo dia do domingo. E santo Agostinho assim dizia à sua
comunidade, em meadso do século IV, por ocasião da mãe de todas as vigílias, a
vigília pascal: “Esta noite, iluminada
que é de nossa santa vigília, se enche de toda claridade. Ela nos dá esta esperança que, com a Igreja
inteira, sobre toda a face da Terra, nós não seremos mais surpreendidos pela
noite quando o Senhor voltar. Pois, para
nós cristãos, viver não é outra coisa que vigiar. E vigiar é abrir-se à vida”.
(Extraído do Dia do Senhor)
Para refletir e partilhar:
01. Você sabe esperar/vigiar? Por que ou por quem você espera, faz vigília?
02. Quais são as distrações que roubam a atenção da esposa/comunidade e não a deixa vigiar pela vinda do Cristo/esposo?
03. Comente a frase de Santo Agostinho, "Vigiar é abrir-se à vida".
Oração
Senhor, fortifique-nos na
vigilância
e revigore nossa atenção
diante de todos os sinais de tua
chegada.
Por Jesus, nosso Senhor.
Amém
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