sábado, 6 de novembro de 2010

Deus não é Deus de mortos, mas de vivos! (XXXII DTC - Ano C)


Cerca de duzentos anos antes de Cristo, a partir da revolta dos Macabeus, formou-se em Israel a fé de que os justos ressuscitariam, enquanto os ímpios seriam esquecidos.  Era uma convicção muito difundida, da qual os saduceus, a aristocracia sacerdotal, preocupados com a manutenção de seus privilégios e resistentes à qualquer inovação, não partilhavam.  Para enfraquecer a influência de Jesus, apresentam um caso, baseado numa tradição de Israel – a lei do levirato (Dt 25, 5-10); quando um homem morre sem deixar filhos, seu irmão deve tomar sua mulher para dar descendência ao falecido.

A resposta de Jesus é clara: não se pode aplicar para vida de Deus as mesmas leis que regem as instituições e costumes humanos.  Os saduceus estão equivocados em sua repreensão sobre a ressurreição, pois esta não é uma repetição desta vida daqui, mas uma realidade completamente nova, ultrapassando as leis biológicas e psíquicas agora existentes, atingindo a própria realidade da vida de Deus.
A fé na ressurreição não é uma crença intelectual sobre o que vai acontencer depois da morte, mas um modo de viver a própria vida presente que nos faz, como ensinava o apóstolo Paulo aos romanos, não nos conformarmos às estruturas deste mundo, mas nos transformarmos pela renovação do coração e da mente. 
(Extraído do subsídio Dia do Senhor)
Para refletir e partilhar:
1. Como a sua fé na ressurreição ajuda você viver a vida presente?
2. Por quê projetar para a vida depois da morte a ordem social e os costumes da vida presente (como se a vida eterna fosse repetição da vida presente) pode ser perigoso? O que pensar da mulher nesta história?
3. Como a vida presente e a vida eterna estão relacionadas? No contexto atual, que força tem a afirmação de Jesus, "Deus não é Deus dos mortos"?
Oração


Ó Deus, criador da vida e protetor dos vivos.
Renova a nossa fé e ajuda-nos a trabalhar 
com perseverança para construir,
aqui na terra, o reino de justiça que aguardamos.
Atende-nos, ó nosso Deus, 
em nome de Jesus, nosso Senhor.
Amém.





Adolfo Temme
Bendigamos ao Senhor, pois eterno é seu amor.


Nenhum comentário:

Postar um comentário