Aprofundando os textos bíblicos: Isaías 66,18-21; Jesus, caminhando para Jerusalém, atravessa cidades e povoados e enquanto ensina alguém lhe pergunta: Senhor, são poucos os que se salvam? (v.23). Mediante palavras e ações, Jesus revela a salvação de Deus, destinada a todas as pessoas. Ele exorta a empenhar todas as forças na busca do Reino. Esforçai-vos por entrar pela porta estreita (v.24). Os que se comprometem com a proposta de libertação de Jesus, entram pela porta estreita. A condição para viver em comunhão com o Senhor é a prática da justiça (v.27). Virão muitos do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e tomarão lugar à mesa no Reino de Deus (v.29). A Boa Nova de Jesus desfaz os limites estabelecidos por privilégios, pertença étnica, cultural ou religiosa. Mas ele espera o esforço da fé, transformado em amor fraterno e solidário, como resposta à sua palavra, como exigência para participar do seu banquete.
Na 1ª leitura, o profeta mantém viva a esperança do povo na reconstrução das cidades e da vida. Após o exílio na Babilônia, ele ajuda os repatriados a não se fecharem em seu egoísmo, pois Deus oferece a salvação a todos os povos. A esperança, o sonho messiânico é congregar num só povo todas as nações dispersas, desde o tempo da torre de Babel (Gn 11).
A 2ª leitura mostra que Deus, na sua solicitude paternal, conduz a vida e a história da humanidade com amor. Como um Pai, ele educa os filhos que ama. O Senhor corrige a quem ele ama (v.6; cf. Pr 3,12).
A confiança em Deus, a fidelidade aos seus ensinamentos fortalece a fé, produz frutos de paz e de justiça. Deus oferece a salvação gratuitamente, mas espera a nossa resposta, o nosso compromisso com os valores do evangelho. Ele nos educa como um Pai para que possamos crescer na fé e no amor solidário. Somos chamados a participar do banquete do Reino, cooperando para que todos tenham vida plena.
Para refletir e partilhar:
1. Qual é o critério fundamental para entrar na porta estreita?
2. Partilhe o trecho do Evangelho que mais gostou e porque.
Oração
Ó Deus, força dos fracos,
tu unes o teu povo com o laço do teu amor.
Dá a teus filhos e filhas a graça de cumprir teus mandamentos
e ter o coração fixo nas tuas promessas,
e, assim, viver na alegria plena que Jesus Cristo,
teu filho, veio nos trazer.
Por ele, nós te pedimos,
na unidade do Espírito Santo.
Amém