XXVI Dom TC (Ano B): – Números11,25-29; Salmo 19(18); Tiago 5,1-6; Marcos 9,38- 43.45.47-48
Os discípulos ainda não se abriram à mensagem de Jesus.
Eles tentam impedir a ação libertadora de alguém, apenas porque não pertencia
ao seu grupo. Sua fé continua insuficiente para libertar do mal e cuidar dos
doentes (9,18-19). Jesus ensina a acolher todos os que fazem o bem, dizendo:
Não o impeçais. Quem não é contra nós está a nosso favor (vv.39-40). A ação do
Espírito de Deus é sem fronteiras e desperta as pessoas para gestos solidários,
como oferecer um copo de água para beber. Jesus recompensa quem age em seu nome
e exorta a não escandalizar os pequenos, que creem nele. O valor absoluto do
Reino é simbolizado pelas imagens do pé, da mão e dos olhos. O ser humano todo
é chamado a entrar no Reino de Deus, ou seja, na vida plena, assumindo opções
coerentes com a mensagem libertadora de Jesus.
A 1ª leitura evoca a caminhada pelo deserto, quando os
setenta anciãos são investidos com a força do Espírito e se tornam cooperadores
de Moisés. Moisés reconhece a ação profética de Eldad e Medad apesar de não
pertencerem ao grupo dos anciãos: Oxalá que todo o povo do Senhor fosse profeta
(v.29). O salmo ressalta que a lei do Senhor ilumina e enriquece quem a segue.
A 2ª leitura exorta profeticamente a partilhar os bens com os necessitados, a
não explorar os trabalhadores, privando-os do salário digno para viver.
A palavra e atuação de Jesus comprometem a trabalhar
em favor da libertação de todas as formas do mal no mundo. O seguimento abre os
horizontes da comunidade para a comunhão com todos os que colocam suas vidas a
serviço da humanidade.
(Extraído da Revista de Liturgia)
Para refletir e comentar:
01. Como me relaciono com as pessoas que são diferentes de mim? E com aquelas que não pertecem ao meu grupo/pastoral, comunidade e/ou religião?
02. Reconheço que Deus também age através daqueles/as que não pertecem ao meu grupo?
03. Na comunidade, família e sociedade, procuro somar forças ou dividir e marginalizar?
Oração
Ó Deus, que mostrais vosso poder,
sobretudo no perdão e na misericórdia,
derramai sempre em nós a vossa
graça, para que,
caminhando ao encontro das vossas
promessas,
alcancemos os bens que nos
reservais.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém.