O evangelho de hoje, embora continuação da passagem
proclamada domingo passado, apresenta uma mudança de linguagem e de ênfase. As
metáforas utilizadas não vêm mais da natureza, como a imagem da videira e dos
ramos, mas da convivência humana, com seus dinamismos de obedecer, amar,
estabelecer amizades, alegrar-se, etc. O contraste, antes estabelecido entre
estar unido/não estar unido, transfere-se para o nível social: a diferença de
relação entre o senhor e o escravo e a relação entre amigos.
A insistência de Jesus é para que estreitemos ainda
mais os laços de comunhão com ele. Seguir Jesus é entrar em sua intimidade, é
ser de sua casa, é saber o que ele faz. Ele provou a doçura da comunhão com o
Pai e se propõe a viver esse nível de relação com seus discípulos. A boa nova
que nos vem desta palavra é o próprio Senhor ressuscitado que nos revela: o Pai
tão próximo de nossa vida a ponto de se fazer nosso amigo.
Nesta celebração, adoremos o Senhor na alegria de
participar do convívio de sua casa. Aceitemos o convite de viver uma entrega
total e fiel a ele. Que ele derrame o seu Espírito em nossos corações, para que
possamos viver isso de modo bem concreto em tudo o que fazemos e somos.
(Extraído da Revista de Liturgia)
Para refletir e partilhar:
1. Como você experimenta o amor de Deus? Em quais pessoas você o experimenta?
2. Como você busca viver o mandamento do amor?
Oração
Deus da vida,
dá-nos a graça de vivermos profundamente
estes dias de alegria em que festejamos
a ressurreição de Cristo,
para que a nossa vida corresponda sempre mais
àquilo que na fé celebramos.
Por Cristo, nosso Senhor.
Amém.