sábado, 20 de fevereiro de 2016

Este é o meu Filho, o Escolhido. Escutai o que ele diz!

II Dom Quaresma (Ano C):  –  Gn 15,5- 12.17-18; Sl 27(26);Fl. 3,17-4,1; Lucas 9,28b-36



O episódio da transfiguração é narrado à luz da fé pascal, onde a glória de Jesus resplandece plenamente através da vitória sobre a morte. Moisés e Elias representam a Lei e os Profetas e já estão revestidos de glória, participando da nova condição. Pedro, João e Tiago testemunham que o caminho de Jesus realiza as promessas da salvação, em conformidade com a vontade de Deus. A conversa sobre a saída deste mundo, que Jesus iria consumar em Jerusalém (v.31), é o ápice desta revelação. O sono dos discípulos mostra a incompreensão diante do mistério de Cristo, o Messias sofredor, que passa pelo caminho da cruz para chegar à glória. Os discípulos compreenderão o sentido da saída, isto é, do êxodo, da passagem de Jesus da morte para a vida, após a ressurreição. Eles, representados por Pedro, necessitam ser iluminados pelo Senhor para testemunhar a fé a todos os que estão na planície. A voz do Pai, como no batismo, declara Jesus como Filho amado (3,22) e convida a escutá-lo. A promessa da terra e de descendência numerosa orienta Abraão a seguir o caminho da fé obediente, que mantém a esperança no Deus da aliança, fiel à sua palavra (1ª leitura). O salmo expressa a confiança de viver na presença do Senhor e de seguir seus caminhos. A 2ª leitura ressalta que somos cidadãos do céu, chamados a viver a vida nova no Senhor ressuscitado.

O caminho do discipulado supõe a compreensão da paixão e da cruz de Jesus através do acolhimento à sua palavra. Cristo realiza as promessas da salvação de forma gratuita, transformando quem o segue e o testemunha por meio do amor fraterno a serviço do Reino.

Neste domingo da transfiguração do Senhor, vamos subir a montanha com Jesus. Renovemos o nosso compromisso de escutar e praticar a Palavra do Filho Amado do Pai, que sem medo, entrega a própria vida pela redenção do mundo. Ele transformará o nosso corpo humilhado e o tornará semelhante ao seu corpo glorioso, como diz São Paulo. Transformados nele, sejamos capazes de nos comprometer com as mudanças necessárias para eliminar da face da terra todo tipo de dor, de tristeza e de miséria que desfiguram as pessoas.
(Extraído da Revista de Liturgia)

Para refletir e partilhar:
01. Você acredita que hoje as pessoas, a exemplo de Jesus, revelam sua identidade ? Por quê?
02. Como discípulo/a de Jesus você e sua comunidade têm buscando ouvir sua Palavra? 
03. Qual a palavra que mais chamou a sua atenção nesse Evangelho? Comente.


Oração 

Ó Senhor, nosso Deus,
que nos mandaste ouvir o teu Filho muito amado,
alimenta-nos sempre com a tua palavra, para que, com fé firme e pura,
tenhamos nossa alegria na glória de Cristo, por quem te pedimos,
na unidade do Espírito Santo. 
Amém.

3 comentários:

  1. Anônimo1/3/13 12:21

    Agradeço a Deus, Padre Jonas, por estas sugestões de liturgia, que nos ajuda a celebrar dignamente o Dia do Senhor. Saudades... Miriam

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  2. Não acredito que as pessoas revelem sua identidade, ao contrario da transfiguração de Jesus, as pessoas estão desfiguradas, cada uma busca seu próprio interesse, buscam um Cristo milagreiro, curandeiro que satisfaça suas necessidades.
    A Palavra de Deus é secundária diante de uma determinada emissora de televisão que manipula milhões de brasileiros invertendo valores e fazendo que os livros da Bíblia se tornem preconceituosos, que torna o certo em errado e o errado em certo. Hoje vi no facebook uma postagem onde citava uma fala do Papa Francisco, onde ele diz sobre a pena de morte e lembra um dos dez mandamentos: "não matarás" e essa pessoa diz que o papa deveria levar todos os menores infratores, assassinos, etc para morar no Vaticano, é muito decepcionante, muitas vezes perco a fé nas pessoas. Sinto-me uma estrangeira em minha comunidade, mas vale a pena não deixar de ir para ouvir "Este é o meu filho, o Escolhido. Escutem o que Ele diz"
    Celi

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  3. Excelente reflexão, Celi. Os grandes meios de comunicação em toda parte do mundo tem a sua própria agenda, quase sempre visando lucro e seus interesses ao invés da informação crítica. Por isso precisamos manter o senso crítico, divulgar o que é bom e deixar de dar audiência a q não não tem qualidade. Mais do q nunca precisamos nos manter unidos nos ideais do Reino e, como Jesus, jamais desanimar. Paz e bem. Saudoso abraço.

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