sábado, 22 de fevereiro de 2014

Amai os vossos inimigos.



No evangelho, Jesus lembra a lei da retribuição equitativa: Olho por olho, dente por dente (v.38; Ex 21,24;) para propor uma nova justiça. Mostra que a força do amor solidário é capaz de interromper toda forma de violência. Indica ações capazes de afirmar a dignidade e a igualdade, não a submissão passiva diante de situações opressoras. Manifesta também solidariedade ao necessitado, ao pobre, que chega a penhorar até o próprio manto (cf. Ex 22,25- 26). Jesus, com palavras e ações misericordiosas, revela a plenitude da Lei. Evocando a “Lei da Santidade” (cf. Lv 17 a 26), ele apresenta a regra fundamental: Sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito (v.48). A imitação de Deus, na sua perfeição ou santidade, concretiza-se no amor manifestado também ao inimigo. Trata-se de um amor gratuito e desinteressado, que supera a restrição à religião e à raça. Deste modo vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus (v.45). O amor sem distinção possibilita fazer a experiência de filhos/as, reproduzindo na terra a bondade do Pai celeste, que faz nascer o seu sol sobre maus e bons e faz cair a chuva sobre justos e injustos. O amor leva a superar o espírito de hostilidade, a vingança, o ódio e o rancor, para construir a fraternidade (Lv 19,17-18). O salmo convida a bendizer o Senhor porque ele é misericordioso e compassivo, em consequência de sua aliança.

A 2ª leitura destaca que pertencemos a Cristo e Cristo é de Deus (v.23). Mediante sua vida, morte e ressurreição, Jesus Cristo tornou-se o fundamento sobre o qual é construído o novo templo de Deus. A presença do Espírito de Deus santifica e mantém unida a comunidade eclesial.

Deus Pai nos oferece o sol de sua bondade para que possamos construir um mundo novo, onde reina o amor fraterno e o perdão. Como discípulos/as de Cristo, somos chamados a manifestar em nossa vida a perfeição de Deus expressa no amor a toda a humanidade.
(Extraído da Revista de Liturgia)

Oração

Ó Deus compassivo e clemente, lento na cólera e rápido no perdão,
que acabas com o armamentoe renuncias a toda violência, vem em nosso socorro:
Desarma-nos no mais profundo de nós mesmos!
Faze da paz verdadeira o critério de nosso sentir, julgar, pensar e agir!
Torna-nos ricos em misericórdia.
Por Cristo, nosso Senhor. 
Amém.