quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Ser o primeiro, ... ser o último (XXV DTC - B)

Então Jesus se sentou, chamou os Doze e disse: "Se alguém quer ser o primeiro, deverá ser o último, e ser aquele que serve a todos." (Mc 9, 35)


domingo, 13 de setembro de 2009

Renuncie... e me siga (XXIV DTC - B)

Então Jesus chamou a multidão e os discípulos. E disse: "Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. Pois, quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perde a sua vida por causa de mim e da Boa Notícia, vai salvá-la." (Mc 8, 34-35)

No Evangelho de hoje (Mc 8, 27-35), Jesus conduz seus discípulos para uma região pagã, os povoados de Cesaréia de Filipe. Esse detalhe é importante, pois não é região controlada por Herodes. Além disso, o local fica longe de Jerusalém. Com isso, temos a seguinte constatação: A resposta de “Quem é Jesus?” deve estar isenta de influência vinda da opinião pública. Deve ser coisa pessoal.

Pedro, representante da comunidades dos discípulos e discípulas de Jesus, responde precisamente: “Tu és o Messias”. A resposta de Pedro marca o ponto alto do Evangelho de Marcos e, ao mesmo tempo, o reinicio da caminhada, com humildade, porque não bastam respostas, ainda que belas. Exige-se compromisso.

Depois do anuncio da Paixão, Pedro reage duramente às palavras de Jesus. Diz o Evangelho, "Então Pedro levou Jesus para um lado e começou a repreendê-lo." O momento é grave e tenso, e parece ser uma tentação sofrida por Jesus. Ele manda o satanás Pedro passar para trás dele (33b).

É interessante que mesmo chamando-o de Satanás, Jesus crê que Pedro poderá se tornar bom seguidor, mas como toda pessoa que deseja ser discípulo de Jesus terá de aprender o seguinte: não poderá seguir um messias feito sob sua medida, feito à sua imagem e semelhança, conforme seus interesses. Mas discípulo deve se tornar à imagem e semelhança do mestre. Deve aprender a dar a sua vida, através do serviço generoso aos mais necessitados. Ser discípulo de Jesus Messias, o Servo Sofredor, é fazer as mesmas coisas que ele fez para libertar o mundo da ganância e do egoísmo que mata.

Finalmente, Jesus revela que há apenas uma forma de ganhar a vida e salvá-la: doando-a, como ele mesmo o fez: "Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. Pois, quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perde a sua vida por causa de mim e da Boa Notícia, vai salvá-la."



Para refletir/comentar:
1. Quem é Jesus para a sociedade atual? E para mim e para minha comunidade?
2. O que significa “renunciar a si mesmo” numa sociedade marcada pelo culto à imagem, pelo supérfluo, pelo luxo e pela ganância?


Cristo meu Mestre e meu irmão:
sejamos de tal modo um,
desapareça eu mesmo de tal modo em ti,
que seja sempre tu
quem ensine,
quem pregue,
quem ore,
quem serve,
quem doe.


(Adaptação de uma oração de Dom Helder Câmara).



domingo, 6 de setembro de 2009

Abra-se! (XXIII DTC – B)

Depois [Jesus] olhou para o céu, suspirou e disse: "Efatá!", que quer dizer: "Abra-se!"
O trecho do Evangelho de hoje demonstra que a ação de Jesus faz realizar o Reino de Deus no meio do povo. Na perspectiva da fé cristã, Jesus faz acontecer o que o profeta Isaias descreve na primeira leitura (Is 35, 4-7a).
"Com frequência a Bíblia descreve a situação do povo, fechado à palavra de Deus, como tendo-se tornado surdo e mudo, e assegura que a desobediência à palavra torna os lábios e os ouvidos inúteis. Quando volta uma época de obediência a Deus, imediatamente as línguas se soltam e proclamam a glória de Deus, como se todos profetizassem. Essas imagens revelam um verdade essencial: a nossa fé se apóia totalmente numa escuta da palavra de Deus e em sua vivência na prática. Ler ou proclamar a palavra de Deus significa reconhecer o primado de Deus em nossa vida. (...) O gesto de Jesus narrado pelo evangelho torna-se atual num gesto feito na Igreja para a iniciação dos catecúmenos. No rito do batismo, atualmente em vigor, o gesto do effata foi colocado no fim, entre os sinais de conclusão e de exortação. Enquanto toca os ouvidos e a boca do batizando, o celebrante diz: "O Senhor Jesus, que fez os surdos ouvirem e os mudos falarem, te conceda que possas logo ouvir a sua palavra e professar a fé para louvor e glória de Deus Pai." ... A palavra de Deus na Igreja depois do Concílio e da reforma litúrgica recuperou o lugar que compete: leitura da Bíblia, celebrações bíblicas, nova importância dada à liturgia da palavra." (Missal Dominical – Missal da Assembléia Cristã, São Paulo: Paulus, 1995, p. 1012-1013)
No meio de tantas vozes e barulhos que estamos expostos no dia-a-dia, o Evangelho de hoje nos questiona sobre o lugar que a voz – a palavra – de Deus ocupa em nossa vida pessoal, na vida da nossa comunidade e de toda a Igreja.
Para refletir/comentar:
  1. Partilhe como você e sua comunidade se relaciona com a palavra de Deus. Somos ainda surdos ou ouvintes ativos da Palavra?

Senhor Jesus,
tu que fizestes os surdos ouvirem e os mudos falarem,
abra os nossos ouvidos
para escutar a tua palavra de libertação e vida
para que assim, possamos professá-la
com nossa boca e nossa vida.
Amém.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

As coisas que saem de dentro (XXII DTC - B)

Em seguida, Jesus chamou de novo a multidão para perto dele e disse: "Escutem todos e compreendam: o que vem de fora e entra numa pessoa, não a torna impura; as coisas que saem de dentro da pessoa é que a tornam impura." (Mc 7, 14-15)